Nos últimos dias, onde tudo parece ser assustador no Brasil, você se depara com um disco e um cantor que passam uma calmaria e uma esperança. Conversei com Silva, um capixaba de 30 anos que volta a Curitiba, neste sábado para uma apresentação inédita no palco da Ópera de Arame, neste sábado (13).
“Como a gente vai ser brasileiro?”, é a pergunta que Silva faz nos primeiros segundos de seu novo álbum, batizado exatamente daquilo que muitos fingem ignorar ser, “Brasileiro”.
Como chegar neste álbum? Como chegar e jogar na cara de todo mundo o quão brasileiro é necessário ser. Antes deste disco, Silva lançou em 2016, o CD “Silva Canta Marisa”, o qual nem precisa de explicação. Segundo o músico, o contato direto com Marisa Monte, fez seu lado musical brasileiro aflorar “eu cantava no shows muito Tim Maia, Novos Baianos, Peninha e isso me fez parar e olhar direito para o nosso cenário musical, o que acabou incentivando este novo projeto”, comenta em entrevista por telefone, no qual parecia que o mundo se encontrava numa paz necessária.
Silva não vem a Curitiba há quatro anos, e assim, a capital não presenciou a turnê “Silva canta Marisa”, questionado sobre o que o público pode esperar do show na Ópera de Arame ou se teremos algumas músicas de Marisa ele revela contente, “o show Brasileiro é um espetáculo que eu canto tudo que já toquei, então tem Marisa, tem músicas do Júpiter, de todas as minhas fases, mas eu fiz que todas essas canções se conversassem entre as novas, então não ficou um show coletânea, ficou um show bonito de se ver”.
Com a música “Fica Tudo Bem”, a qual muitos devem ter ouvido falar de Silva pela primeira vez, a canção lançada com a participação de Anitta, ganhou as rádios e espaços aos quais o cantor não havia atingido. O clipe lançado em junho já conta com mais de 19 milhões de visualizações no YouTube.
“Eu fiz a música pensando na voz dela e ela aceitou na hora. No dia seguinte estávamos conversando sobre o clipe. A Anitta é maravilhosa. E ter a presença dela foi expandir o meu trabalho para todo o tipo de gente”, revela meio perdido (de um jeito bom em toda história) ao contar feliz sobre a parceria.
Silva conta que em certa entrevista foi intitulado como “cantor MPB/indie” e estranhou a dominação, “Mas que rótulo é esse? Se eu chegar na livraria vai ter esse rótulo? Não que me incomode, mas acho engraçado essa delimitação que fazem”.
Ele revela que mais novo fazia com que sua música fosse de nicho “no começo eu achava bacana, achava legal. Isso te limita. E voltando a participação da Anitta, ela me abriu portas e digo isso para minha cabeça mesmo. Já me falaram o termo ‘música boa’, é música boa pra quem? Isso é muito relativo. E Anitta pra mim, é a maior brasileira do momento”.
Quando comenta sobre o disco “Brasileiro”, o cantor dá uma cutucada em cantores que vivem de mostrar status em redes sociais, “eu não sou cantor de só me importar com foto no Instagram, eu fico pesquisando sobre música o tempo todo e é isso que diferencia em todo o álbum”.
A última vez que Silva esteve em Curitiba, foi em 2014, na Virada Cultural e agora volta para a Ópera de Arame, um dos palcos mais imponentes internacionalmente. O que o cantor mostra de ansiedade para este novo show? A resposta vem entusiasmada “eu mudei muito de lá pra cá, é um povo caloroso por mais que digam que não, então quero sentir isso de novo”.
A conversa que deveria durar dez minutos, durou vinte. Ele não queria desligar e muito menos eu. Foi uma paz e uma calmaria, que em momentos como os atuais, era só o que queria viver. Então te faço esse convite, viva essa paz e essa calmaria por alguns minutos. O show “Brasileiro” acontece neste sábado (13), a partir das 21h, na Ópera de Arame. Os ingressos estão à venda pela Evenbrite e leitores do Curitiba Cult têm 60% de desconto no valor da inteira.
Quando: 13 de outubro de 2018 (sábado)
Onde: Ópera de Arame (R. João Gava, 970)
Horário: 21h
Quanto: os ingressos variam de R$32 a R$140, de acordo com o setor e modalidade. Leitores do Curitiba Cult têm 60% de desconto!
Vendas: Evenbrite
Data de Lançamento: 21 de novembro
Retrato de um Certo Oriente, dirigido por Marcelo Gomes e inspirado no romance de Milton Hatoum, vencedor do Prêmio Jabuti, explora a saga de imigrantes libaneses no Brasil e os desafios enfrentados na floresta amazônica. A história começa no Líbano de 1949, onde os irmãos católicos Emilie (Wafa’a Celine Halawi) e Emir (Zakaria Kaakour) decidem deixar sua terra natal, ameaçada pela guerra, em busca de uma vida melhor. Durante a travessia, Emilie conhece e se apaixona por Omar (Charbel Kamel), um comerciante muçulmano. Contudo, Emir, tomado por ciúmes e influenciado pelas diferenças religiosas, tenta separá-los, o que culmina em uma briga com Omar. Emir é gravemente ferido durante o conflito, e Emilie é forçada a interromper a jornada, buscando ajuda em uma aldeia indígena para salvar seu irmão. Após a recuperação de Emir, eles continuam rumo a Manaus, onde Emilie toma uma decisão que traz consequências trágicas e duradouras. O filme aborda temas como memória, paixão e preconceito, revelando as complexas relações familiares e culturais dos imigrantes libaneses em um Brasil desconhecido e repleto de desafios.
Data de Lançamento: 21 de novembro
A Favorita do Rei é um drama histórico inspirado na vida de Jeanne Bécu, filha ilegítima de uma costureira humilde, que alcança o auge da corte francesa como amante oficial do rei Luís XV. Jeanne Vaubernier (interpretada por Maïwenn) é uma jovem ambiciosa que, determinada a ascender socialmente, utiliza seu charme para escapar da pobreza. Seu amante, o conde Du Barry (Melvil Poupaud), enriquece ao lado dela e, ambicionando colocá-la em um lugar de destaque, decide apresentá-la ao rei. Com a ajuda do poderoso duque de Richelieu (Pierre Richard), o encontro é orquestrado, e uma conexão intensa surge entre Jeanne e Luís XV (Johnny Depp). Fascinado por sua presença, o rei redescobre o prazer da vida e não consegue mais se imaginar sem ela, promovendo-a a sua favorita oficial na corte de Versailles. No entanto, esse relacionamento escandaloso atrai a atenção e o desagrado dos nobres, provocando intrigas e desafios que Jeanne terá de enfrentar para manter sua posição privilegiada ao lado do monarca.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Em A Linha da Extinção, do diretor Jorge Nolfi, nas desoladas Montanhas Rochosas pós-apocalípticas, um pai solteiro e duas mulheres corajosas se veem forçados a deixar a segurança de seus lares. Unidos por um objetivo comum, eles embarcam em uma jornada repleta de perigos, enfrentando criaturas monstruosas que habitam esse novo mundo hostil. Com o destino de um menino em suas mãos, eles lutam não apenas pela sobrevivência, mas também por redenção, descobrindo a força da amizade e o poder da esperança em meio ao caos. Essa aventura épica revela o que significa ser família em tempos de desespero.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Baseado no musical homônimo da Broadway, Wicked é o prelúdio da famosa história de Dorothy e do Mágico de Oz, onde conhecemos a história não contada da Bruxa Boa e da Bruxa Má do Oeste. Na trama, Elphaba (Cynthia Erivo) é uma jovem do Reino de Oz, mas incompreendida por causa de sua pele verde incomum e por ainda não ter descoberto seu verdadeiro poder. Sua rotina é tranquila e pouco interessante, mas ao iniciar seus estudos na Universidade de Shiz, seu destino encontra Glinda (Ariana Grande), uma jovem popular e ambiciosa, nascida em berço de ouro, que só quer garantir seus privilégios e ainda não conhece sua verdadeira alma. As duas iniciam uma inesperada amizade; no entanto, suas diferenças, como o desejo de Glinda pela popularidade e poder, e a determinação de Elphaba em permanecer fiel a si mesma, entram no caminho, o que pode perpetuar no futuro de cada uma e em como as pessoas de Oz as enxergam.
Data de Lançamento: 20 de novembro
No suspense Herege, Paxton (Chloe East) e Barnes (Sophie Thatcher) são duas jovens missionárias que dedicam seus dias a tentar atrair novos fiéis. No entanto, a tarefa se mostra difícil, pois o desinteresse da comunidade é evidente. Em uma de suas visitas, elas encontram o Sr. Reed (Hugh Grant), um homem aparentemente receptivo e até mesmo inclinado a converter-se. Contudo, a acolhida amistosa logo se revela um engano, transformando a missão das jovens em uma perigosa armadilha. Presas em uma casa isolada, Paxton e Barnes veem-se forçadas a recorrer à fé e à coragem para escapar de um intenso jogo de gato e rato. Em meio a essa luta desesperada, percebem que sua missão vai muito além de recrutar novos seguidores; agora, trata-se de uma batalha pela própria sobrevivência, na qual cada escolha e cada ato de coragem serão cruciais para escapar do perigo que as cerca.