Brasil. Um país cheio de histórias, das mais belas as mais chocantes. Um país cheio de pessoas, que vieram e que vão para todos os lugares. Um país tão rico e tão acostumado a contornar problemas, um país único. Desde o momento em que o europeu desembarcou por aqui começamos a receber diferentes influências e pessoas de vários lugares do mundo. A nossa grande sacada foi absorver, e não rejeitar, novas culturas. E isso se reflete nos nossos hábitos e na nossa história.
E quem disso isso tudo foi a própria música brasileira. Samba, choro, baião, jazz, rock. Europa, África, América. Tudo está aqui e tudo está misturado. Por exemplo, o que é o Jazz Brasileiro?
Em 1964 nascia uma das maiores instituições da música brasileira: o Zimbo Trio. Amilton Godoy, piano, Luiz Chaves, contra-baixo, e Rubinho Barsotti, bateria, formaram um trio de músicos excepcionais que caminhavam entre o erudito e o popular de uma forma completamente natural. Numa época onde alguns gênios da Bossa Nova e da MPB produziam clássicos, o Zimbo Trio se propos a fazer música brasileira de qualidade.
Primeira coisa: música brasileira. Você já escutou aquela história de que Blues de verdade é só o dos Estados Unidos? Então, isso funciona da mesma forma com a música brasileira: quantos gringos sabem tocar um samba de verdade? Ou seja, a música brasileira está no brasileiro. Ela está no jeito de tocar, na pulsação, na levada. Agora juntamos isso a capacidade de mistura do Brasil. Daí temos um samba com pegada jazz, que alterna choro e baião, tudo isso com muita liberdade, agilidade e naturalidade.
É a mistura que só o Brasil faz. “Garota de Ipanema“, por exemplo. Um clássico daqueles que só o nome da música já evoca a melodia, um samba no jeito de andar e falar. E o que o Zimbo Trio fez? Misturou tudo. A bateria do Rubinho já mostra que a pegada é bem diferente, muito mais jazz. O baixo e o piano também caminham livremente pela música. É jazz, é samba, é Brasil.
https://www.youtube.com/watch?v=6-cfcF1djRE
Foi em 1964 que o Zimbo Trio lançou o primeiro disco de uma extensa e influente discografia. O disco homônio revela não só a extraordinária competencia dos gênios que formavam o trio, mas também a riqueza da nossa música. Instrumental, o disco apresenta versões únicas de alguns clássicos. São gênios visitando gênios. “Só Por Amor”, “Berimbau”, “Inútil Paisagem”, e outras belas canções.
https://www.youtube.com/watch?v=GelGSJVbvKg
Não que seja fácil – na verdade costuma ser difícil – mas vivemos num país que consegue absorver e transformar todas as culturas sem nunca perder a sua identidade. Essa mistura de sons não é exclusividade da Bossa Nova. O roque brasileiro fez isso brilhantemente, também. A variedade de ritmos e sons espalhados pelo país já mostra a diversidade da nossa cultura. É muita riqueza, e é uma riqueza que só nós sabemos criar e lapidar.
ZIMBO TRIO – disco completo – 1964
EXTRA: Eu, enquanto simples curtidor de música, recomendo esse documentário para ouvir de quem realmente entende do negócio. Com a participação ilustríssima do mestre Hamilton de Godoy, 40 minutos de muita, muita música .
E aí, curtiu os sons? Explore os links e desvende mais músicas! Tem alguma dica de discão ou sonzeira? Comente! A música boa é infinita 🙂
Até semana que vem!
Data de Lançamento: 21 de novembro
Retrato de um Certo Oriente, dirigido por Marcelo Gomes e inspirado no romance de Milton Hatoum, vencedor do Prêmio Jabuti, explora a saga de imigrantes libaneses no Brasil e os desafios enfrentados na floresta amazônica. A história começa no Líbano de 1949, onde os irmãos católicos Emilie (Wafa’a Celine Halawi) e Emir (Zakaria Kaakour) decidem deixar sua terra natal, ameaçada pela guerra, em busca de uma vida melhor. Durante a travessia, Emilie conhece e se apaixona por Omar (Charbel Kamel), um comerciante muçulmano. Contudo, Emir, tomado por ciúmes e influenciado pelas diferenças religiosas, tenta separá-los, o que culmina em uma briga com Omar. Emir é gravemente ferido durante o conflito, e Emilie é forçada a interromper a jornada, buscando ajuda em uma aldeia indígena para salvar seu irmão. Após a recuperação de Emir, eles continuam rumo a Manaus, onde Emilie toma uma decisão que traz consequências trágicas e duradouras. O filme aborda temas como memória, paixão e preconceito, revelando as complexas relações familiares e culturais dos imigrantes libaneses em um Brasil desconhecido e repleto de desafios.
Data de Lançamento: 21 de novembro
A Favorita do Rei é um drama histórico inspirado na vida de Jeanne Bécu, filha ilegítima de uma costureira humilde, que alcança o auge da corte francesa como amante oficial do rei Luís XV. Jeanne Vaubernier (interpretada por Maïwenn) é uma jovem ambiciosa que, determinada a ascender socialmente, utiliza seu charme para escapar da pobreza. Seu amante, o conde Du Barry (Melvil Poupaud), enriquece ao lado dela e, ambicionando colocá-la em um lugar de destaque, decide apresentá-la ao rei. Com a ajuda do poderoso duque de Richelieu (Pierre Richard), o encontro é orquestrado, e uma conexão intensa surge entre Jeanne e Luís XV (Johnny Depp). Fascinado por sua presença, o rei redescobre o prazer da vida e não consegue mais se imaginar sem ela, promovendo-a a sua favorita oficial na corte de Versailles. No entanto, esse relacionamento escandaloso atrai a atenção e o desagrado dos nobres, provocando intrigas e desafios que Jeanne terá de enfrentar para manter sua posição privilegiada ao lado do monarca.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Em A Linha da Extinção, do diretor Jorge Nolfi, nas desoladas Montanhas Rochosas pós-apocalípticas, um pai solteiro e duas mulheres corajosas se veem forçados a deixar a segurança de seus lares. Unidos por um objetivo comum, eles embarcam em uma jornada repleta de perigos, enfrentando criaturas monstruosas que habitam esse novo mundo hostil. Com o destino de um menino em suas mãos, eles lutam não apenas pela sobrevivência, mas também por redenção, descobrindo a força da amizade e o poder da esperança em meio ao caos. Essa aventura épica revela o que significa ser família em tempos de desespero.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Baseado no musical homônimo da Broadway, Wicked é o prelúdio da famosa história de Dorothy e do Mágico de Oz, onde conhecemos a história não contada da Bruxa Boa e da Bruxa Má do Oeste. Na trama, Elphaba (Cynthia Erivo) é uma jovem do Reino de Oz, mas incompreendida por causa de sua pele verde incomum e por ainda não ter descoberto seu verdadeiro poder. Sua rotina é tranquila e pouco interessante, mas ao iniciar seus estudos na Universidade de Shiz, seu destino encontra Glinda (Ariana Grande), uma jovem popular e ambiciosa, nascida em berço de ouro, que só quer garantir seus privilégios e ainda não conhece sua verdadeira alma. As duas iniciam uma inesperada amizade; no entanto, suas diferenças, como o desejo de Glinda pela popularidade e poder, e a determinação de Elphaba em permanecer fiel a si mesma, entram no caminho, o que pode perpetuar no futuro de cada uma e em como as pessoas de Oz as enxergam.
Data de Lançamento: 20 de novembro
No suspense Herege, Paxton (Chloe East) e Barnes (Sophie Thatcher) são duas jovens missionárias que dedicam seus dias a tentar atrair novos fiéis. No entanto, a tarefa se mostra difícil, pois o desinteresse da comunidade é evidente. Em uma de suas visitas, elas encontram o Sr. Reed (Hugh Grant), um homem aparentemente receptivo e até mesmo inclinado a converter-se. Contudo, a acolhida amistosa logo se revela um engano, transformando a missão das jovens em uma perigosa armadilha. Presas em uma casa isolada, Paxton e Barnes veem-se forçadas a recorrer à fé e à coragem para escapar de um intenso jogo de gato e rato. Em meio a essa luta desesperada, percebem que sua missão vai muito além de recrutar novos seguidores; agora, trata-se de uma batalha pela própria sobrevivência, na qual cada escolha e cada ato de coragem serão cruciais para escapar do perigo que as cerca.