Para começar essa coluna, prepara a língua. Precisa “rolar” o “R” com vontade para falar o nome da artista que dá vida a esse texto nesta semana – R-r-r-osalía, para ser fiel à pronúncia original do nome da cantora espanhola. Rosalía lança nesta sexta, 18, o novo e terceiro álbum, MOTOMAMI, e entrega uma variedade de gêneros e, ao mesmo tempo, coesão, que irá embalar com perfeição o fim de semana (e muitos outros que estão por vir).
MOTOMAMI é uma energia – como a artista definiu em entrevista ao programa Jimmy Fallon na última semana. A cada batida das 16 faixas do álbum, ela reinventa o pop e coloca assinatura própria nas canções. A artista, que começou como cantora de flamenco, cresceu e evoluiu em seu estilo próprio, e ultrapassou barreiras ao alcançar as mais diversas sonoridades. A dualidade – o lado agressivo em MOTO, e a vulnerabilidade em MAMI, são destacados ao longo de todo o trabalho.
Também na semana passada, ela estreou no prestigiado programa americano Saturday Night Live ao apresentar duas canções do álbum – “LA FAMA”, que no álbum é em parceria com The Weeknd – e “CHICKEN TERIYAKI”. Na primeira, ela faz um elo perfeito entre a sonoridade clássica e, ao mesmo tempo, moderna. Na seguinte, entrega o que há de melhor – a batida perfeita.
O alcance internacional da artista ganhou grande proporção com o álbum “El Mal Querer”, de 2018, no qual misturou o flamenco com eletrônico e pop. Ao compará-lo com o novo, o álbum parece apenas a porta de entrada para um universo rico que ela ainda viria a apresentar. A fama trouxe com a possibilidade de arriscar sem medo, experimentar e impressionar. E é isso que a artista entrega no novo trabalho.
Ao New York Times, Rosalía diz que a intenção é sempre única: “ouvir algo que nunca ouvi antes”. Em meio aos “sick beats”, o ritmo ganha fôlego com baladas como “HENTAI”, que enfatizam o timbre delicioso da voz da cantora. A raiz flamenca entra em cena com “BULERÍAS”, e o rap minimalista prevalece em “MOTOMAMI”. “CUUUUuuuuuute” é uma viagem por si só, não tem como ficar parado.
Tão bom ver as diversas facetas e possibilidades do pop, que podem vir de qualquer lugar e falar qualquer língua.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Retrato de um Certo Oriente, dirigido por Marcelo Gomes e inspirado no romance de Milton Hatoum, vencedor do Prêmio Jabuti, explora a saga de imigrantes libaneses no Brasil e os desafios enfrentados na floresta amazônica. A história começa no Líbano de 1949, onde os irmãos católicos Emilie (Wafa’a Celine Halawi) e Emir (Zakaria Kaakour) decidem deixar sua terra natal, ameaçada pela guerra, em busca de uma vida melhor. Durante a travessia, Emilie conhece e se apaixona por Omar (Charbel Kamel), um comerciante muçulmano. Contudo, Emir, tomado por ciúmes e influenciado pelas diferenças religiosas, tenta separá-los, o que culmina em uma briga com Omar. Emir é gravemente ferido durante o conflito, e Emilie é forçada a interromper a jornada, buscando ajuda em uma aldeia indígena para salvar seu irmão. Após a recuperação de Emir, eles continuam rumo a Manaus, onde Emilie toma uma decisão que traz consequências trágicas e duradouras. O filme aborda temas como memória, paixão e preconceito, revelando as complexas relações familiares e culturais dos imigrantes libaneses em um Brasil desconhecido e repleto de desafios.
Data de Lançamento: 21 de novembro
A Favorita do Rei é um drama histórico inspirado na vida de Jeanne Bécu, filha ilegítima de uma costureira humilde, que alcança o auge da corte francesa como amante oficial do rei Luís XV. Jeanne Vaubernier (interpretada por Maïwenn) é uma jovem ambiciosa que, determinada a ascender socialmente, utiliza seu charme para escapar da pobreza. Seu amante, o conde Du Barry (Melvil Poupaud), enriquece ao lado dela e, ambicionando colocá-la em um lugar de destaque, decide apresentá-la ao rei. Com a ajuda do poderoso duque de Richelieu (Pierre Richard), o encontro é orquestrado, e uma conexão intensa surge entre Jeanne e Luís XV (Johnny Depp). Fascinado por sua presença, o rei redescobre o prazer da vida e não consegue mais se imaginar sem ela, promovendo-a a sua favorita oficial na corte de Versailles. No entanto, esse relacionamento escandaloso atrai a atenção e o desagrado dos nobres, provocando intrigas e desafios que Jeanne terá de enfrentar para manter sua posição privilegiada ao lado do monarca.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Em A Linha da Extinção, do diretor Jorge Nolfi, nas desoladas Montanhas Rochosas pós-apocalípticas, um pai solteiro e duas mulheres corajosas se veem forçados a deixar a segurança de seus lares. Unidos por um objetivo comum, eles embarcam em uma jornada repleta de perigos, enfrentando criaturas monstruosas que habitam esse novo mundo hostil. Com o destino de um menino em suas mãos, eles lutam não apenas pela sobrevivência, mas também por redenção, descobrindo a força da amizade e o poder da esperança em meio ao caos. Essa aventura épica revela o que significa ser família em tempos de desespero.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Baseado no musical homônimo da Broadway, Wicked é o prelúdio da famosa história de Dorothy e do Mágico de Oz, onde conhecemos a história não contada da Bruxa Boa e da Bruxa Má do Oeste. Na trama, Elphaba (Cynthia Erivo) é uma jovem do Reino de Oz, mas incompreendida por causa de sua pele verde incomum e por ainda não ter descoberto seu verdadeiro poder. Sua rotina é tranquila e pouco interessante, mas ao iniciar seus estudos na Universidade de Shiz, seu destino encontra Glinda (Ariana Grande), uma jovem popular e ambiciosa, nascida em berço de ouro, que só quer garantir seus privilégios e ainda não conhece sua verdadeira alma. As duas iniciam uma inesperada amizade; no entanto, suas diferenças, como o desejo de Glinda pela popularidade e poder, e a determinação de Elphaba em permanecer fiel a si mesma, entram no caminho, o que pode perpetuar no futuro de cada uma e em como as pessoas de Oz as enxergam.
Data de Lançamento: 20 de novembro
No suspense Herege, Paxton (Chloe East) e Barnes (Sophie Thatcher) são duas jovens missionárias que dedicam seus dias a tentar atrair novos fiéis. No entanto, a tarefa se mostra difícil, pois o desinteresse da comunidade é evidente. Em uma de suas visitas, elas encontram o Sr. Reed (Hugh Grant), um homem aparentemente receptivo e até mesmo inclinado a converter-se. Contudo, a acolhida amistosa logo se revela um engano, transformando a missão das jovens em uma perigosa armadilha. Presas em uma casa isolada, Paxton e Barnes veem-se forçadas a recorrer à fé e à coragem para escapar de um intenso jogo de gato e rato. Em meio a essa luta desesperada, percebem que sua missão vai muito além de recrutar novos seguidores; agora, trata-se de uma batalha pela própria sobrevivência, na qual cada escolha e cada ato de coragem serão cruciais para escapar do perigo que as cerca.