Nesta quarta-feira (24) acontece a última edição do projeto Cena HQ no Teatro da CAIXA, às 20h. A HQ escolhida para a apresentação final foi a webcomic “Infância do Brasil” do desenhista José Aguiar, que estará presente no evento para um debate sobre a encenação da obra. A entrada é gratuita e os ingressos podem ser retirados a partir das 19h, na bilheteria do Teatro da Caixa.
O Cena HQ é uma realização da Vigor Mortis e Quadrinhofilia. Desde 2012 foram 40 obras encenadas, conquistando o reconhecimento nacional. O Curitiba Cult entrevistou José Aguiar, que também é um dos criadores do Cena HQ , sobre o fim do projeto, eventos culturais e sua nova webcomic A Infância do Brasil. Confira:
CC: O Cena HQ, um projeto que desde 2009 promove a leitura cênica de HQs, chega ao fim no dia 24. Por que o projeto está se encerrando agora? Como foi essa experiência de acompanhar o trabalho do Cena HQ nesses seis anos?
José Aguiar: Na verdade, em 2009 surgiu o “piloto”, quando o Paulo Biscaia Filho fez uma leitura da minha HQ Folheteen num evento literário. Juntamos forças e apresentamos um projeto para o edital de ocupação da Caixa e, em 2012, o Cena HQ estreou, ficando em cartaz mensalmente desde então. Infelizmente neste ano nosso patrocínio não foi renovado e nos despediremos do Teatro da Caixa, que nos abrigou carinhosamente durante quatro temporadas. Mas isso não é o fim do projeto. Buscamos agora novos parceiros, patrocinadores e espaços para retomar o Cena HQ em breve. A ideia formou plateia cativa que lotou o teatro e conquistou prêmios pelo Brasil. É um evento único que queremos levar adiante. Concluímos essa fase do Cena HQ com 40 obras encenadas de autores curitibanos, nacionais e estrangeiros. Apresentamos ao público diferentes gerações de autores, propostas, gêneros e formatos de quadrinhos. Tudo através do trabalho de grandes diretores e atores da cena curitibana atual. Um verdadeiro projeto transmídia em que nunca faltou novidade. Nem público fiel.
CC: Você pretende criar ou organizar mais projetos culturais como esse no futuro?
José Aguiar: Eu já tenho no currículo diversos eventos culturais que vão desde a cocriação da Gibicon, exposições como a Tesouros da Grafipar e o Ciclo de Quadrinhos das Livrarias Curitiba, que retorna em abril. Então não consigo ficar parado. Mas com certeza pretendo, além de retomar o Cena HQ, criar novos formatos. Enquanto isso, sigo minha carreira de autor de quadrinhos, que é minha prioridade. Estou concluindo a webcomic A Infância do Brasil e a graphic novel Coisas de Adornar Paredes, além de publicar minhas minhas tiras Folheteen e Nada Com Coisa Alguma no Curitiba Apresenta e jornal Gazeta do Povo. Enfim, a cabeça está sempre fervilhando com projetos. Convido a todos a acompanhar as novidades em meu site quadrinhofilia.
CC: Como você avalia o cenário curitibano em relação ao incentivo de projetos e eventos culturais atualmente?
José Aguiar: Devido ao atual cenário econômico, está mais difícil de captar recursos via leis de incentivo. Inclusive os editais estão se tornando mais restritivos, o que não facilita o trabalho dos produtores culturais. Especialmente aos que estão iniciando. Infelizmente a captação de recursos com empresas sem a ferramenta de editais, patrocínio direto, não é uma realidade. Estamos presos aos editais, que não saem com a regularidade que gostaríamos.
CC: A última apresentação do Cena HQ terá como tema um dos seus projetos mais recentes: a webcomic A Infância do Brasil (que atualmente se encontra no quarto capítulo, séc XIX). Na narrativa, qual foi o seu objetivo ao retratar a infância no Brasil através dos séculos?
José Aguiar: Meu objetivo maior sempre foi refletir o presente a partir de nosso passado. Quis mostrar nossa história sob uma perspectiva diferente e escolhi a infância. Falo de anônimos, não de personalidades históricas. Tampouco falo do aspecto lúdico de ser criança. Não se tratam de histórias leves, mas sobre como nossa sociedade mudou na medida em que mudaram nossas perspectivas do que é ser criança. Cada capítulo se passa num século diferente, desde nosso “descobrimento” abordando assuntos como o parto, o abandono, o trabalho, a escravidão, entre outro tópicos que tangenciam cada período abordado. E no fim sempre nos remetemos ao presente, para que o leitor reflita sobre o que mudou ou não em mais de quinhentos anos de história. No site www.ainfanciadobrasil.com.br também é possível ler gratuitamente a versão comentada, sendo possível saber curiosidades e contexto histórico de tudo o que acontece na minha ficção, que contou com a consultoria de uma historiadora para garantir a máxima fidelidade possível aos fatos documentados sobre cada época.
Encerrar o Cena HQ com minha obra não foi planejado, mas simbolicamente fecha um ciclo, que iniciou lá atrás, com a leitura do meu Folheteen, e termina com uma reflexão sobre o Brasil de hoje, onde tantos projetos culturais como o nosso encontram dificuldades em ter continuidade.
CC: Haverá um debate/bate-papo com você depois da encenação da Infância do Brasil no dia 24?
José Aguiar: Sim, esse é nosso formato. Ao término de cada apresentação o autor é convidado para subir ao palco para debater com o diretor, elenco e plateia sobre a encenação e obra. Assim podemos destrinchar a obra ainda no calor da empolgação da leitura. Normalmente eu sou o mediador. Desta vez serei a “vítima”. Ou seja, será uma noite inesquecível por muitos motivos! Aguardamos todos lá, mas cheguem cedo pois os ingressos são gratuitos e esgotam logo.
Quando: 24 de fevereiro (quarta-feira)
Onde: Teatro CAIXA Cultural – Rua Conselheiro Laurindo 280
Horário: 20h
Quanto: Gratuito. Os ingressos podem ser retirados a partir das 19h no dia do evento na bilheteria.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Retrato de um Certo Oriente, dirigido por Marcelo Gomes e inspirado no romance de Milton Hatoum, vencedor do Prêmio Jabuti, explora a saga de imigrantes libaneses no Brasil e os desafios enfrentados na floresta amazônica. A história começa no Líbano de 1949, onde os irmãos católicos Emilie (Wafa’a Celine Halawi) e Emir (Zakaria Kaakour) decidem deixar sua terra natal, ameaçada pela guerra, em busca de uma vida melhor. Durante a travessia, Emilie conhece e se apaixona por Omar (Charbel Kamel), um comerciante muçulmano. Contudo, Emir, tomado por ciúmes e influenciado pelas diferenças religiosas, tenta separá-los, o que culmina em uma briga com Omar. Emir é gravemente ferido durante o conflito, e Emilie é forçada a interromper a jornada, buscando ajuda em uma aldeia indígena para salvar seu irmão. Após a recuperação de Emir, eles continuam rumo a Manaus, onde Emilie toma uma decisão que traz consequências trágicas e duradouras. O filme aborda temas como memória, paixão e preconceito, revelando as complexas relações familiares e culturais dos imigrantes libaneses em um Brasil desconhecido e repleto de desafios.
Data de Lançamento: 21 de novembro
A Favorita do Rei é um drama histórico inspirado na vida de Jeanne Bécu, filha ilegítima de uma costureira humilde, que alcança o auge da corte francesa como amante oficial do rei Luís XV. Jeanne Vaubernier (interpretada por Maïwenn) é uma jovem ambiciosa que, determinada a ascender socialmente, utiliza seu charme para escapar da pobreza. Seu amante, o conde Du Barry (Melvil Poupaud), enriquece ao lado dela e, ambicionando colocá-la em um lugar de destaque, decide apresentá-la ao rei. Com a ajuda do poderoso duque de Richelieu (Pierre Richard), o encontro é orquestrado, e uma conexão intensa surge entre Jeanne e Luís XV (Johnny Depp). Fascinado por sua presença, o rei redescobre o prazer da vida e não consegue mais se imaginar sem ela, promovendo-a a sua favorita oficial na corte de Versailles. No entanto, esse relacionamento escandaloso atrai a atenção e o desagrado dos nobres, provocando intrigas e desafios que Jeanne terá de enfrentar para manter sua posição privilegiada ao lado do monarca.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Em A Linha da Extinção, do diretor Jorge Nolfi, nas desoladas Montanhas Rochosas pós-apocalípticas, um pai solteiro e duas mulheres corajosas se veem forçados a deixar a segurança de seus lares. Unidos por um objetivo comum, eles embarcam em uma jornada repleta de perigos, enfrentando criaturas monstruosas que habitam esse novo mundo hostil. Com o destino de um menino em suas mãos, eles lutam não apenas pela sobrevivência, mas também por redenção, descobrindo a força da amizade e o poder da esperança em meio ao caos. Essa aventura épica revela o que significa ser família em tempos de desespero.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Baseado no musical homônimo da Broadway, Wicked é o prelúdio da famosa história de Dorothy e do Mágico de Oz, onde conhecemos a história não contada da Bruxa Boa e da Bruxa Má do Oeste. Na trama, Elphaba (Cynthia Erivo) é uma jovem do Reino de Oz, mas incompreendida por causa de sua pele verde incomum e por ainda não ter descoberto seu verdadeiro poder. Sua rotina é tranquila e pouco interessante, mas ao iniciar seus estudos na Universidade de Shiz, seu destino encontra Glinda (Ariana Grande), uma jovem popular e ambiciosa, nascida em berço de ouro, que só quer garantir seus privilégios e ainda não conhece sua verdadeira alma. As duas iniciam uma inesperada amizade; no entanto, suas diferenças, como o desejo de Glinda pela popularidade e poder, e a determinação de Elphaba em permanecer fiel a si mesma, entram no caminho, o que pode perpetuar no futuro de cada uma e em como as pessoas de Oz as enxergam.
Data de Lançamento: 20 de novembro
No suspense Herege, Paxton (Chloe East) e Barnes (Sophie Thatcher) são duas jovens missionárias que dedicam seus dias a tentar atrair novos fiéis. No entanto, a tarefa se mostra difícil, pois o desinteresse da comunidade é evidente. Em uma de suas visitas, elas encontram o Sr. Reed (Hugh Grant), um homem aparentemente receptivo e até mesmo inclinado a converter-se. Contudo, a acolhida amistosa logo se revela um engano, transformando a missão das jovens em uma perigosa armadilha. Presas em uma casa isolada, Paxton e Barnes veem-se forçadas a recorrer à fé e à coragem para escapar de um intenso jogo de gato e rato. Em meio a essa luta desesperada, percebem que sua missão vai muito além de recrutar novos seguidores; agora, trata-se de uma batalha pela própria sobrevivência, na qual cada escolha e cada ato de coragem serão cruciais para escapar do perigo que as cerca.