Bárbara Nhiemetz é curitibana, tem 24 anos e começou a tatuar há 10 anos. Desde cedo ela tem uma forte relação com as artes, o que é fácil de perceber ao entrar no estúdio que ela montou na própria casa. São diversas pilhas de desenhos organizadas em pastas, esboços e tatuagens prontas pendurados na parede (e alguns quadros de pintura também) e vários tipos de lápis e canetas que estão sempre ao alcance para a próxima inspiração. Afinal, uma ideia não tem hora certa para surgir. Tudo isso se encontra na pequena sala onde Bárbara se dedica ao trabalho. Nesse mesmo espaço ela iniciou em outubro de 2015 um projeto chamado “Cores Que Acolhem”, com o qual ela faz tatuagens de graça em pessoas que têm cicatrizes devido a algum tipo de câncer.
A criadora do projeto já teve algumas experiências em relação à doença. A mãe dela, por exemplo, teve câncer de mama, e seu filho, que hoje tem um ano e três meses, retirou três tumores quando tinha dois meses de vida. Depois de ajudar a família, Bárbara se fortaleceu e quis colocar em prática uma ideia inspiradora que já tinha em mente há algum tempo: ajudar outras pessoas que passaram pela mesma situação por meio da tatuagem. “É uma necessidade minha de ajudar as pessoas fazendo o que eu mais amo”, explica Bárbara.
Mas como a tatuagem pode ajudar uma pessoa com câncer?
Bárbara já tinha atendido pessoas com câncer antes de concretizar o projeto. Ela explica que, na época que ela começou a carreira, não havia muitas mulheres que tatuavam na região. Dessa forma, muitas mulheres que tinham câncer de mama a procuravam porque se sentiam mais à vontade para mostrar suas cicatrizes a uma mulher. Nesses serviços, Bárbara começou a reparar na reação das pessoas toda vez que uma tatuagem ficava pronta. Segundo ela, era um lindo momento perceber o quanto elas se sentiam melhores e felizes, como se a marca do câncer tivesse sumido por completo. Essa reação é o que Bárbara chama de “momento do espelho”. “As pessoas entravam cabisbaixas, mas, depois que elas terminavam de fazer a tatuagem e se olhavam no espelho, aquilo mudava totalmente. Era um momento de superação”. A tatuadora lembra que um aspecto que ela sempre gostou em relação a tatuagem é que ela renova a autoestima das pessoas. E esse fenômeno não é diferente para seus pacientes que venceram o câncer. “A minha mãe, por exemplo, usou durante 15 anos roupas de gola alta porque ela tinha vergonha de mostrar que tinha um espaço no lugar do seio, pois ela é mastectomizada totalmente. Depois que ela fez a tatuagem, usa mais roupas decotadas porque ela se sente à vontade e as pessoas reparam direto na tatuagem”, conta.
Um dos diferenciais do projeto é que o trabalho vai além da tatuagem. Graças à repercussão, várias pacientes entraram em contato com a criadora do Cores Que Acolhem, não para um simples agendamento, mas também para compartilhar suas experiências. Bárbara faz questão de conhecer um pouco da história de cada um que a procura. Esse contato é importante não só para a criação do desenho, mas também para que as pessoas possam externar suas emoções. A sensibilidade é uma parte essencial do projeto, pois o emocional de uma pessoa que enfrentou o câncer pode ficar abalado. Diante disso, o objetivo é fazer com que a sessão se torne uma memória agradável. “Eu acho que, quando você está tatuando uma pessoa, você está doando um pouquinho de si mesmo para o outro levar pelo resto da vida”.
As expectativas que Bárbara tem para o projeto são grandes. Seu maior sonho para o Cores Que Acolhem é poder atender dentro do Hospital Erasto Gaertner numa parceria, no sentido de ampliar o projeto e também retribuir os que ajudaram a mãe dela no hospital.
Cores Que Acolhem é um projeto sem fins lucrativos e Bárbara arca com todas as despesas necessárias para a realização da tatuagem. Se uma pessoa tiver o interesse em ajudar o projeto de alguma forma, doações como papel toalha, máscaras, luvas, galão de água e produtos de limpeza são bem-vindas. O contato pode ser feito pela página do projeto no Facebook.
Fotos: Robison Moreira
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Data de Lançamento: 21 de novembro
Retrato de um Certo Oriente, dirigido por Marcelo Gomes e inspirado no romance de Milton Hatoum, vencedor do Prêmio Jabuti, explora a saga de imigrantes libaneses no Brasil e os desafios enfrentados na floresta amazônica. A história começa no Líbano de 1949, onde os irmãos católicos Emilie (Wafa’a Celine Halawi) e Emir (Zakaria Kaakour) decidem deixar sua terra natal, ameaçada pela guerra, em busca de uma vida melhor. Durante a travessia, Emilie conhece e se apaixona por Omar (Charbel Kamel), um comerciante muçulmano. Contudo, Emir, tomado por ciúmes e influenciado pelas diferenças religiosas, tenta separá-los, o que culmina em uma briga com Omar. Emir é gravemente ferido durante o conflito, e Emilie é forçada a interromper a jornada, buscando ajuda em uma aldeia indígena para salvar seu irmão. Após a recuperação de Emir, eles continuam rumo a Manaus, onde Emilie toma uma decisão que traz consequências trágicas e duradouras. O filme aborda temas como memória, paixão e preconceito, revelando as complexas relações familiares e culturais dos imigrantes libaneses em um Brasil desconhecido e repleto de desafios.
Data de Lançamento: 21 de novembro
A Favorita do Rei é um drama histórico inspirado na vida de Jeanne Bécu, filha ilegítima de uma costureira humilde, que alcança o auge da corte francesa como amante oficial do rei Luís XV. Jeanne Vaubernier (interpretada por Maïwenn) é uma jovem ambiciosa que, determinada a ascender socialmente, utiliza seu charme para escapar da pobreza. Seu amante, o conde Du Barry (Melvil Poupaud), enriquece ao lado dela e, ambicionando colocá-la em um lugar de destaque, decide apresentá-la ao rei. Com a ajuda do poderoso duque de Richelieu (Pierre Richard), o encontro é orquestrado, e uma conexão intensa surge entre Jeanne e Luís XV (Johnny Depp). Fascinado por sua presença, o rei redescobre o prazer da vida e não consegue mais se imaginar sem ela, promovendo-a a sua favorita oficial na corte de Versailles. No entanto, esse relacionamento escandaloso atrai a atenção e o desagrado dos nobres, provocando intrigas e desafios que Jeanne terá de enfrentar para manter sua posição privilegiada ao lado do monarca.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Em A Linha da Extinção, do diretor Jorge Nolfi, nas desoladas Montanhas Rochosas pós-apocalípticas, um pai solteiro e duas mulheres corajosas se veem forçados a deixar a segurança de seus lares. Unidos por um objetivo comum, eles embarcam em uma jornada repleta de perigos, enfrentando criaturas monstruosas que habitam esse novo mundo hostil. Com o destino de um menino em suas mãos, eles lutam não apenas pela sobrevivência, mas também por redenção, descobrindo a força da amizade e o poder da esperança em meio ao caos. Essa aventura épica revela o que significa ser família em tempos de desespero.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Baseado no musical homônimo da Broadway, Wicked é o prelúdio da famosa história de Dorothy e do Mágico de Oz, onde conhecemos a história não contada da Bruxa Boa e da Bruxa Má do Oeste. Na trama, Elphaba (Cynthia Erivo) é uma jovem do Reino de Oz, mas incompreendida por causa de sua pele verde incomum e por ainda não ter descoberto seu verdadeiro poder. Sua rotina é tranquila e pouco interessante, mas ao iniciar seus estudos na Universidade de Shiz, seu destino encontra Glinda (Ariana Grande), uma jovem popular e ambiciosa, nascida em berço de ouro, que só quer garantir seus privilégios e ainda não conhece sua verdadeira alma. As duas iniciam uma inesperada amizade; no entanto, suas diferenças, como o desejo de Glinda pela popularidade e poder, e a determinação de Elphaba em permanecer fiel a si mesma, entram no caminho, o que pode perpetuar no futuro de cada uma e em como as pessoas de Oz as enxergam.
Data de Lançamento: 20 de novembro
No suspense Herege, Paxton (Chloe East) e Barnes (Sophie Thatcher) são duas jovens missionárias que dedicam seus dias a tentar atrair novos fiéis. No entanto, a tarefa se mostra difícil, pois o desinteresse da comunidade é evidente. Em uma de suas visitas, elas encontram o Sr. Reed (Hugh Grant), um homem aparentemente receptivo e até mesmo inclinado a converter-se. Contudo, a acolhida amistosa logo se revela um engano, transformando a missão das jovens em uma perigosa armadilha. Presas em uma casa isolada, Paxton e Barnes veem-se forçadas a recorrer à fé e à coragem para escapar de um intenso jogo de gato e rato. Em meio a essa luta desesperada, percebem que sua missão vai muito além de recrutar novos seguidores; agora, trata-se de uma batalha pela própria sobrevivência, na qual cada escolha e cada ato de coragem serão cruciais para escapar do perigo que as cerca.