A proposta de redação do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) abriu um poço de chorume tão grande que precisamos parar tudo e falar sobre algumas coisas. Os quase sete milhões de candidatos tiveram que dissertar sobre “A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira” – o que, queira você ou não, é um avanço tremendo em uma sociedade que aceita que, em uma cidade como Curitiba, três mulheres sejam estupradas a cada dois dias e, 6,49 feminicídios em cada 100 mil mulheres aconteçam no estado do Paraná. Observando os comentários sobre a proposta de redação, li alguns absurdos que, independente do nosso esforço de explicar, as pessoas continuam escrevendo. Para você não errar mais, segue uma listinha de seis coisas que você precisa aprender e entender antes de soltar o verbo no seu facebook. Porque, por mais que você ache que o anonimato te proteja, burrice ainda pega mal.
A gente até entende o que você quer dizer, mas essa frase não faz o menor sentido. É como se você dissesse – Não sou loira, sou uma abóbora, ou qualquer outra frase desconexa. O primeiro erro é falar que não é feminista como se isso fosse alguma doença ou que as pessoas pensem que você odeia homens. Não é por ai. Segundo, ser humanista não é nada disso que você está pensando! O humanismo é uma corrente filosófica que coloca o ser humano e a racionalidade no centro do pensamento. Imagine se as pessoas que escrevem isso souberem que humanistas são ateus ou agnósticos. Haja água benta.
Dos mesmos criadores de “não sou feminista, sou humanista” o clássico “não sou feminista, sou feminina”. Eu nem sei nem o que as pessoas querem dizer com isso, mas não pude deixar de incluir. Só pensar em o que “ser feminina” significa já demonstra que você precisa do feminismo mais do que ninguém.
Juro que até dói escrever esta – acho que existem poucas coisas tão erradas quanto esta palavra. Dizer isto é, no mínimo, desconhecer a própria história. Chamar feministas de feminazis é querer rebaixar o movimento de luta por igualdade e transformá-lo em um conjunto de mulheres descontroladas (para não dizer coisa pior). Comparar nazismo e feminismo é comparar exclusão com inclusão. Se a ideia é silenciar as vozes das mulheres que ousam, não vai adiantar.
Não, não pode. Poderia parar por aqui, mas acho que vale explicar que o machismo não está na nossa sociedade apenas na forma da violência física contra a mulher. Machismo é violência – física, psicológica, patrimonial, econômica, simbólica. Não é porque você não bate em mulher que você não é violento, amigo. Não espere que você vá receber os parabéns por lutar contra os seus “instintos” (que é outra balela). Humilhar, ameaçar, pressionar, reforçar estereótipos, constranger ou tentar diminuir uma mulher pelo fato de ser mulher é violência SIM. E machuca uma sociedade inteira.
Não sei quantas vezes ainda vamos ter que repetir isto, mas feminismo não é o antônimo de machismo. Ser feminista não é defender que as mulheres são superiores – ou pelo menos não todas as vertentes do movimento. Ser machista é subestimar o gênero feminino e buscar a supremacia do masculino e ser feminista é buscar a igualdade entre os gêneros. Simples assim. Não importa se esta é a sua opinião. E se é a sua opinião, está pensando errado desde o começo.
Li vários argumentos de que temos que discutir todos os tipos de violência, não só a da mulher. Ninguém está dizendo que homem não sofre com violência. Aliás, o jovem negro é o que mais morre neste país – não que as pessoas que comentam isto estejam preocupadas com isso, já que a fórmula “negro = bandido e bandido bom é bandido morto” parece funcionar genialmente bem nesta sociedade e promove um massacre todos os dias nas ruas do país. Mas, sofrer violência única e simplesmente pelo seu gênero os homens não sofrem. Agora, apanhar por ser mulher, ah migas, isso acontece aos montes. E ser estuprada por ser mulher. E ser abusada por ser mulher. E ganhar menos por ser mulher. E morrer por ser mulher. E não importa quanto chororô vocês fizerem, isso não vai deixar de ser verdade.
Portanto, leia e pesquise antes de destilar seu ódio nas redes sociais. Nossos olhos e nosso coração agradecem. Porque, depois de tanta luta e alegria em ver o Brasil discutindo um tema tão importante, a última coisa que a gente quer é explicar pela milésima vez o que já devia estar mais que claro na cabeça da sociedade.
Data de Lançamento: 12 de dezembro
Em A Última Sessão, acompanhamos o menino Samay em sua descoberta do mundo mágico do cinema. Nessa história sensível, em uma cidade no interior da Índia, o menino de 9 anos assiste um filme no Galaxy Cinema e sua vida muda completamente e uma paixão feroz começa. Samay passa a faltar às aulas do colégio e a roubar um pouco de dinheiro da casa de chá de seu pai para assistir filmes. Com um desejo enorme de se tornar cineasta, Samay conhece Fazal, o projecionista do cinema e os dois fazem um acordo: Samay traz para Fazal as deliciosas comidas preparadas por sua mãe, enquanto Fazal permite que Samay veja infinitos filmes todos os dias na sala de projeção. Uma amizade profunda é forjada pelos dois e, logo, é colocada a teste graças a escolhas difíceis e transformações nacionais importantes. Agora, para perseguir seu sonho, Samay deve deixar tudo o que ama e voar para encontrar o que mais deseja.
Data de Lançamento: 12 de dezembro
Em Marcello Mio, Chiara (Chiara Mastroianni), filha dos icônicos Marcello Mastroianni e Catherine Deneuve (Catherine Deneuve), é uma atriz que vive um verão de intensa crise existencial. Insatisfeita com sua própria vida, ela começa a se questionar sobre sua identidade e, em um momento de desespero, afirma a si mesma que preferiria viver a vida de seu pai, uma lenda do cinema, do que enfrentar a sua realidade. Determinada, Chiara começa a imitar Marcello em tudo: veste-se como ele, adota seu jeito de falar, respira como ele. Sua obsessão é tamanha que, com o tempo, as pessoas ao seu redor começam a entrar nessa sua estranha transformação, passando a chamá-la de Marcello. Em um jogo de espelhos entre passado e presente, Marcello Mio explora a busca por identidade, legado e o impacto da fama na vida pessoal de uma mulher perdida em sua própria sombra.
Data de Lançamento: 11 de dezembro
O grupo de K-pop NCT DREAM apresenta sua terceira turnê mundial nesse concerto-documentário único. Gravada no icônico Gocheok Sky Dome, em Seul, a apresentação reúne um espetáculo vibrante, com coreografias e performances extraordinárias. O filme ainda conta com cenas de bastidores, mostrando o esforço depositado para dar vida a um show dessa magnitude. O concerto se baseia na história do Mystery Lab, um conceito cunhado pelo grupo. NCT DREAM Mystery Lab: DREAM( )SCAPE dá o testemunho de uma grandiosa turnê.
Data de Lançamento: 12 de dezembro
Queer é um filme de drama histórico dirigido por Luca Guadagnino, baseado na obra homônima de William S. Burroughs e inspirado em Adelbert Lewis Marker, um ex-militar da Marinha dos Estados Unidos. A trama segue a vida de Lee (Daniel Craig), um expatriado americano que se encontra na Cidade do México após ser dispensado da Marinha. Lee vive entre estudantes universitários americanos e donos de bares que, como ele, sobrevivem com empregos de meio período e benefícios do GI Bill, uma lei que auxiliou veteranos da Segunda Guerra Mundial. Em meio à vida boêmia da cidade, Lee conhece Allerton (Drew Starkey), um jovem por quem desenvolve uma intensa paixão. O filme explora temas de solidão, desejo e a busca por identidade em um cenário pós-guerra, com uma ambientação que retrata fielmente a atmosfera da Cidade do México nos anos 1950.
Data de Lançamento: 12 de dezembro
A Different Man, é um thirller psicológico, dirigido e roteirizado por Aaron Schimberg, terá a história focada no aspirante a ator Edward (Sebastian Stan), no qual é submetido a passar por um procedimento médico radical para transformar de forma completa e drástica a sua aparência. No entanto, o seu novo rosto dos sonhos, da mesma forma rápida que veio se foi, uma vez que o mesmo se torna em um grande pesadelo. O que acontece é que, por conta da sua nova aparência, Edward perde o papel que nasceu para interpretar. Desolado e sentindo o desespero tomar conta, Edward fica obcecado em recuperar o que foi perdido.
Data de Lançamento: 12 de dezembro
As Polacas é um drama nacional dirigido por João Jardim e selecionado para o Festival do Rio de 2023. O filme é inspirado na história real das mulheres que chegaram ao Brasil vindas da Polônia em 1867 com a esperança de uma vida melhor. Fugindo da perseguição aos judeus e da guerra na Europa, o longa acompanha a saga de Rebeca (Valentina Herszage), uma fugitiva polonesa que vem ao Brasil com o filho, Joseph, para reencontrar o esposo e começar a vida do zero. Porém, as promessas caem por terra quando, ao chegar no Rio de Janeiro, a mulher descobre que o marido morreu e, agora, está sozinha em um país desconhecido. Até que seu caminho cruza com o de Tzvi (Caco Ciocler), um dono de bordel envolvido com o tráfico de mulheres que faz de Rebeca seu novo alvo. Refém de uma rede de prostituição, Rebecca se alia às outras mulheres na mesma situação para lutar por liberdade.
Data de Lançamento: 12 de dezembro
Do aclamado diretor Alejandro Monteverde, conhecido por Som da Liberdade, Cabrini, narra a extraordinária jornada de Francesca Cabrini (Cristiana Dell’Anna), uma imigrante italiana que chega a Nova York em 1889. Enfrentando um cenário de doenças, crimes e crianças abandonadas, Cabrini não se deixa abater. Determinada a mudar a realidade dos mais vulneráveis, ela ousa desafiar o prefeito hostil em busca de moradia e assistência médica. Com seu inglês precário e saúde fragilizada, Cabrini utiliza sua mente empreendedora para construir um império de esperança e solidariedade. Acompanhe a ascensão dessa mulher audaciosa, que, enfrentando o sexismo e a aversão anti-italiana da época, se torna uma das grandes empreendedoras do século XIX, transformando vidas e deixando um legado de compaixão em meio à adversidade.
Data de Lançamento: 12 de dezembro
Em Kraven – O Caçador, acompanhamos a história de origem de um dos vilões da franquia Homem-Aranha. De origem russa, Kraven (Aaron Taylor-Johnson) vem de um lar criminoso e de uma família de caçadores. Seus poderes nascem de uma força sobrenatural e super humana que o faz um oponente destemido e habilidoso. A relação complexa com seu pai Nicolai Kravinoff (Russell Crowe) o leva para uma jornada de vingança e caos para se tornar um dos maiores e mais temidos caçadores de sua linhagem. De frente para questões familiares, Kraven mostra sua potência nesse spin-off.