Você sabia que mesmo não sendo a mais antiga das capitais, Curitiba – com seus 326 anos – é cheia de histórias para contar? O centro da cidade é composto por três “mini centros”: o histórico, o cívico e o comercial. O Curitiba Cult preparou um roteiro que vai te ajudar a explorar o primeiro deles, casa de espaços culturais que já foram palco da história do estado.
O percurso tem pouco mais de um quilômetro e passa pelo Solar do Barão, Museu Alfredo Andersen, pela Catedral Basílica de Curitiba e o Paço da Liberdade. O roteiro foi feito para ser percorrido a pé e durante uma tarde. Nesse pouco tempo, você consegue visitar pontos turísticos e culturais da cidade, conhecer personagens dela e a melhor parte: sem pagar nada!
Solar do Barão
Construído em 1880 por Ildefôncio Pereira Correia, também conhecido como Barão do Serro Azul, o Solar foi casa da família Correia até sua venda em 1912 para o exército. O lugar serviu de acomodação para os militares até a metade da década de 1970, quando foi adquirido pela Prefeitura de Curitiba.
Por conta da ligação do Barão com gravuras – foi o fundador da primeira gráfica do Paraná – , e da demanda de artistas da cidade por um espaço próprio para a produção e venda de obras, a prefeitura cedeu o local para essas funções. Inicialmente, funcionava o museu, a loja, as salas de exposição, a reserva técnica, a biblioteca e a gráfica da fundação cultural.
Hoje, o Solar é aberto à visitação pública, e também para visitas educativas de escolas e universidades.
Para os geeks de plantão, o espaço também é sede da Gibiteca de Curitiba e da Biblioteca do Solar. Na biblioteca, é possível encontrar catálogos, revistas e materiais documentais. Por lá, os visitantes podem bater um papo com Josiane Baratto, especialista na história do Barão que adora bater um papo e fofocar sobre a vida do Barão do Serro Azul. O Solar é aberto de segunda a sexta-feira das 9h às 12h e 13h às 18h (3ª a 6ª feira) e 12h às 18h os finais de semana e feriados.
Museu Casa Alfredo Andersen
O museu leva o nome do artista naturalista norueguês Alfred Andersen, que se apaixonou por uma descendente de índios Carijó em uma viagem ao litoral do Paraná e decidiu ficar no Brasil desde então. Depois de uma década em Paranaguá, onde trabalhou fazendo afrescos e autorretratos, ele se mudou para a capital curitibana com o apoio do governo local.
Por ser naturalista, recebeu muitas críticas. Na obra Lavadeiras, o artista foi reprovado por pintar araucárias em chamas no plano de fundo da paisagem.
O museu é aberto à visitação pública de segunda a sexta-feira das 9h às 12h e das 14h às 18h.
Catedral Basílica de Curitiba
Quem nunca se perguntou quais histórias contam a grande igreja que fica no coração da cidade? A gente pode te ajudar a descobrir!
A Catedral Basílica Menor de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais foi construída no local de fundação da cidade, em frente à Praça Tiradentes. De acordo com a tradição oral curitibana, o cacique Tindiquera teria fincado uma vara no chão e exclamado o nome da futura capital paranaense em 1654.
Caminhando lado a lado com a história de Curitiba, a igreja se tornou catedral – sede da Cátedra do Arcebispo Curitibano – em 1892 com a ordem do Papa Leão XII. Em 1993, se tornou basílica e recebeu o título pelas mãos do Papa João Paulo II.
A igreja é aberta a visitação pública espontânea e fica aberta nas segundas-feiras de 11h às 19h e, de terça-feira a domingo, de 7h às 19h. Também realiza visitas guiadas mensalmente e visitas com grupos fechados de até 20 pessoas. Os dias de visitas mensais são divulgados na página nas redes sociais da Catedral.
Paço da Liberdade
Sabia que o Paço já foi sede da Prefeitura de Curitiba? Esse pedacinho de informação e muito mais você aprende visitando o que hoje é ponto turístico da nossa cidade. Lá, onde hoje funciona uma biblioteca e um centro cultural, um dia já foi a sede do poder executivo curitibano. Inaugurado em 1916 pelo prefeito Cândido de Abreu, o Paço foi construído para ser a prefeitura da cidade. Com a mudança de local da prefeitura em 1969, o espaço ficou fechado por três anos até se tornar o Museu Paranaense em 2002.
No centro cultural, além da biblioteca, conta com cinema, sala de exposições, livraria e também recebe apresentações musicais. Também oferece pelo Sesc oficinas de idiomas e educação patrimonial, além de cursos online no site do Paço.
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