Imagine um mundo sem Spotify, sem YouTube. Não é o apocalipse, é só o início dos anos 2000, época em que o consumo de música era bem diferente do que temos hoje. Havia uma limitação em relação a aquilo que era ouvido, pois a maioria das pessoas ouvia o que tocava nas rádios, na MTV. Em 2003, surgiu uma série de televisão que se tornou rapidamente um fenômeno cultural, e deu espaço a um gênero que tinha público, mas que era pouco escutado por não ter uma plataforma para se difundir – o indie rock. Sim, estou contando a história do drama adolescente The OC, que entrou ao catálogo do Globoplay na última semana!
Essa história que eu relato acima é como o criador da série, Josh Schwartz, conta a respeito de como a trilha sonora se tornou protagonista da série durante sua exibição original. Ele falou sobre isso e outras curiosidades de bastidores no primeiro episódio do podcast “Welcome To The OC, Bitches!”, estrelado por duas atrizes do elenco original da série – Rachel Bilson, que interpretou a Summer, e Melinda Clarke, que fez o papel de Julie (para quem quer ampliar ainda mais seu olhar sobre a série, vale a pena conferir!). De fato, muitas músicas que integram a trilha do seriado se tornaram tão emblemáticas que facilmente reconhecemos – foi só ler a notícia de que a série estaria disponível novamente que já comecei a ouvir a música tema, “California”, do Phantom Planet. O espaço ganhou tanto destaque que lançou ao público geral bandas como The Killers, debutou singles de grandes artistas como U2 e Beck, e lançou seis trilhas sonoras ao longo das quatro temporadas.
Vamos a um rápido background para você conhecer de quem estamos falando, caso ainda não esteja familiarizado com a série. O teen drama foi criado por Josh Schwartz (Gossip Girl, Chuck), estrelado por Ben McKenzie (Gotham, Southland), Adam Brody (Single Parents, Sr. e Sra. Smith, Gilmore Girls), Mischa Barton (Starcrossed, The Hills: New Beginnings), Rachel Bilson (Hart of Dixie, Jumper), Chris Carmack (Grey’s Anatomy, Nashville), Peter Gallagher (Grace and Frankie, Zoey’s Extraordinary Playlist), e tantos outros. Os quatro protagonistas, na época, viram sua popularidade explodir, tornando-se instantaneamente it girls e it boys. O drama adolescente retratava a história de quatro jovens em meio a rica vizinhança de Newport Beach, em Orange County – OC – como é chamada a região sul do estado da Califórnia.
Já nos primeiros minutos podemos perceber a importância da trilha sonora. Na cena de abertura, Ryan (McKenzie) e seu irmão mais velho estão em Chino, uma cidade retratada como mais simples e “barra-pesada”, e decidem roubar um carro. Eles são perseguidos pela polícia e pegos. Na prisão, Ryan conhece Sandy Cohen (Gallagher), um defensor público que percebe o potencial de Ryan apesar de sua vida sem perspectivas. Por não ter antecedentes, Ryan é solto, e vai para casa com sua mãe. Lá, acaba por ser expulso, e recorre a única pessoa que lhe ofereceu uma chance – Sandy. Ao entrar na BMW do advogado, a música tema começa a tocar – nesse episódio, inclusive, é a única vez em que podemos ouvi-la praticamente na íntegra – e acompanha a mudança da paisagem, que deixa de ser humilde e urbana e passa para a luxuosa beira-mar e mansões de Newport Beach.
A supervisão musical da série é assinada por Alexandra Patsavas, que já trabalhou em muitos outros títulos que amamos – A Saga Crepúsculo, Grey’s Anatomy, Gossip Girl e Supernatural são alguns exemplos. A música sempre teve papel representativo na obra, e foi ganhando ainda mais espaço ao longo dos episódios. Bandas indie começaram a fazer participações especiais, e a série ganhou até mesmo um clube – The Bait Shop – para poder agregar apresentações musicais com ainda mais frequência em meio a trama. O primeiro dos seis álbuns da trilha sonora original está disponível na íntegra no Spotify, mas é possível encontrar as músicas dos demais individualmente.
Entre alguns destaques, podemos mencionar covers de grandes artistas – como “Maybe I’m Amazed”, de Paul McCartney, interpretada por Jem, e “Champagne Supernova”, do Oasis, por Matt Pond PA – feita especialmente para a série. Patsavas contou em entrevista para o site IGN que as compilações – ou mixtapes – foram feitas para acompanhar a experiência da série. E isso de fato acontece. É muito marcante como as canções são usadas com perspicácia e sensibilidade, e ao ouvir as músicas, somos transportados diretamente pras cenas e emoções em que foram utilizadas. A tão famosa “Hallelujah”, original de Leonard Cohen, tocou ao longo de todas as temporadas, em diversas versões, sempre marcando momentos importantes da trajetória de Ryan e Marissa (Barton).
Outros destaques ficam por conta da banda Rooney, a primeira a estrelar na série, já na primeira temporada. Já a segunda contou com participações de mandas como Modest House, Death Cab for Cutie (a banda favorita do Seth) e até The Killers. Com o aumento da popularidade da série, as participações foram tornam-se cada vez mais mainstream – e palco não só para pequenos artistas indie, mas também outdoor para os grandes. A música “Sometimes You Can’t Make it On Your On”, do U2, teve seu debut na série, assim como “Cool”, da Gwen Stefani. Dá para acreditar que “Fix You”, do Coldplay, tocou pela primeira vez no penúltimo episódio da segunda temporada de The OC?
Imperdível para todos os fãs de música e dramas adolescentes (todos nós?). Sei que qualquer detalhe que eu contar não é bem spoiler, mas não vou entrar em nuances da trama para que quem não conhece possa ter a experiência de sobreviver ao fim da terceira temporada. Mas, aproveito a oportunidade para listar algumas músicas incríveis que fazem parte do Mix 1 – vem comigo?
1. “Paint the Silence” – South
A gente nunca esquece o CD que o crush gravou especialmente pra você, né? Tá, gravar CDs é tão anos 2000, mas dá para compartilhar a playlist? Pois essa música da banda de rock inglesa está na trilha que Marissa faz especialmente para Ryan – “The Model House Mix CD”, e aparece em dois momentos bem marcantes da série.
2. “The Way We Get By” – Spoon
A banda indie americana natural de Austin empresta seu som para aquela cena perfeita – sol, praia, Ryan e Seth passeando pelo calçadão. Aquela música que encaixa perfeitamente para começar bem o dia.
3. “Dice” – Finley Quaye, William Orbit
A música foi hit na época, em especial por sua aparição na trilha da série. Marca um momento importante dos protagonistas – e voltou a aparecer na série Chuck, do mesmo criador de The O.C., em um paralelo com o episódio do seriado original.
Data de Lançamento: 12 de dezembro
Em A Última Sessão, acompanhamos o menino Samay em sua descoberta do mundo mágico do cinema. Nessa história sensível, em uma cidade no interior da Índia, o menino de 9 anos assiste um filme no Galaxy Cinema e sua vida muda completamente e uma paixão feroz começa. Samay passa a faltar às aulas do colégio e a roubar um pouco de dinheiro da casa de chá de seu pai para assistir filmes. Com um desejo enorme de se tornar cineasta, Samay conhece Fazal, o projecionista do cinema e os dois fazem um acordo: Samay traz para Fazal as deliciosas comidas preparadas por sua mãe, enquanto Fazal permite que Samay veja infinitos filmes todos os dias na sala de projeção. Uma amizade profunda é forjada pelos dois e, logo, é colocada a teste graças a escolhas difíceis e transformações nacionais importantes. Agora, para perseguir seu sonho, Samay deve deixar tudo o que ama e voar para encontrar o que mais deseja.
Data de Lançamento: 12 de dezembro
Em Marcello Mio, Chiara (Chiara Mastroianni), filha dos icônicos Marcello Mastroianni e Catherine Deneuve (Catherine Deneuve), é uma atriz que vive um verão de intensa crise existencial. Insatisfeita com sua própria vida, ela começa a se questionar sobre sua identidade e, em um momento de desespero, afirma a si mesma que preferiria viver a vida de seu pai, uma lenda do cinema, do que enfrentar a sua realidade. Determinada, Chiara começa a imitar Marcello em tudo: veste-se como ele, adota seu jeito de falar, respira como ele. Sua obsessão é tamanha que, com o tempo, as pessoas ao seu redor começam a entrar nessa sua estranha transformação, passando a chamá-la de Marcello. Em um jogo de espelhos entre passado e presente, Marcello Mio explora a busca por identidade, legado e o impacto da fama na vida pessoal de uma mulher perdida em sua própria sombra.
Data de Lançamento: 11 de dezembro
O grupo de K-pop NCT DREAM apresenta sua terceira turnê mundial nesse concerto-documentário único. Gravada no icônico Gocheok Sky Dome, em Seul, a apresentação reúne um espetáculo vibrante, com coreografias e performances extraordinárias. O filme ainda conta com cenas de bastidores, mostrando o esforço depositado para dar vida a um show dessa magnitude. O concerto se baseia na história do Mystery Lab, um conceito cunhado pelo grupo. NCT DREAM Mystery Lab: DREAM( )SCAPE dá o testemunho de uma grandiosa turnê.
Data de Lançamento: 12 de dezembro
Queer é um filme de drama histórico dirigido por Luca Guadagnino, baseado na obra homônima de William S. Burroughs e inspirado em Adelbert Lewis Marker, um ex-militar da Marinha dos Estados Unidos. A trama segue a vida de Lee (Daniel Craig), um expatriado americano que se encontra na Cidade do México após ser dispensado da Marinha. Lee vive entre estudantes universitários americanos e donos de bares que, como ele, sobrevivem com empregos de meio período e benefícios do GI Bill, uma lei que auxiliou veteranos da Segunda Guerra Mundial. Em meio à vida boêmia da cidade, Lee conhece Allerton (Drew Starkey), um jovem por quem desenvolve uma intensa paixão. O filme explora temas de solidão, desejo e a busca por identidade em um cenário pós-guerra, com uma ambientação que retrata fielmente a atmosfera da Cidade do México nos anos 1950.
Data de Lançamento: 12 de dezembro
A Different Man, é um thirller psicológico, dirigido e roteirizado por Aaron Schimberg, terá a história focada no aspirante a ator Edward (Sebastian Stan), no qual é submetido a passar por um procedimento médico radical para transformar de forma completa e drástica a sua aparência. No entanto, o seu novo rosto dos sonhos, da mesma forma rápida que veio se foi, uma vez que o mesmo se torna em um grande pesadelo. O que acontece é que, por conta da sua nova aparência, Edward perde o papel que nasceu para interpretar. Desolado e sentindo o desespero tomar conta, Edward fica obcecado em recuperar o que foi perdido.
Data de Lançamento: 12 de dezembro
As Polacas é um drama nacional dirigido por João Jardim e selecionado para o Festival do Rio de 2023. O filme é inspirado na história real das mulheres que chegaram ao Brasil vindas da Polônia em 1867 com a esperança de uma vida melhor. Fugindo da perseguição aos judeus e da guerra na Europa, o longa acompanha a saga de Rebeca (Valentina Herszage), uma fugitiva polonesa que vem ao Brasil com o filho, Joseph, para reencontrar o esposo e começar a vida do zero. Porém, as promessas caem por terra quando, ao chegar no Rio de Janeiro, a mulher descobre que o marido morreu e, agora, está sozinha em um país desconhecido. Até que seu caminho cruza com o de Tzvi (Caco Ciocler), um dono de bordel envolvido com o tráfico de mulheres que faz de Rebeca seu novo alvo. Refém de uma rede de prostituição, Rebecca se alia às outras mulheres na mesma situação para lutar por liberdade.
Data de Lançamento: 12 de dezembro
Do aclamado diretor Alejandro Monteverde, conhecido por Som da Liberdade, Cabrini, narra a extraordinária jornada de Francesca Cabrini (Cristiana Dell’Anna), uma imigrante italiana que chega a Nova York em 1889. Enfrentando um cenário de doenças, crimes e crianças abandonadas, Cabrini não se deixa abater. Determinada a mudar a realidade dos mais vulneráveis, ela ousa desafiar o prefeito hostil em busca de moradia e assistência médica. Com seu inglês precário e saúde fragilizada, Cabrini utiliza sua mente empreendedora para construir um império de esperança e solidariedade. Acompanhe a ascensão dessa mulher audaciosa, que, enfrentando o sexismo e a aversão anti-italiana da época, se torna uma das grandes empreendedoras do século XIX, transformando vidas e deixando um legado de compaixão em meio à adversidade.
Data de Lançamento: 12 de dezembro
Em Kraven – O Caçador, acompanhamos a história de origem de um dos vilões da franquia Homem-Aranha. De origem russa, Kraven (Aaron Taylor-Johnson) vem de um lar criminoso e de uma família de caçadores. Seus poderes nascem de uma força sobrenatural e super humana que o faz um oponente destemido e habilidoso. A relação complexa com seu pai Nicolai Kravinoff (Russell Crowe) o leva para uma jornada de vingança e caos para se tornar um dos maiores e mais temidos caçadores de sua linhagem. De frente para questões familiares, Kraven mostra sua potência nesse spin-off.