Era uma quarta-feira de 1997 e chovia há sete dias em Bogotá, ininterruptamente – quase nada se comparado àqueles quatro anos, onze meses e dois dias de dilúvio em uma vila há muito extinta, história contada de geração em geração há tanto tempo que já havia quem duvidasse de sua veracidade. No leito do hospital, uma mulher de meia idade sussurra baixinho uma oração enquanto dá à luz à sua caçula.
Com três irmãos homens e quatorze cachorros em casa, Sofia cresceu acostumada ao barulho e desenvolveu uma excepcional habilidade de reconhecer nuances em cada latido. Em pouco tempo, passou a decifrar até mesmo os cães vizinhos – o louco da cidade acreditava piamente que a menina, com seus olhos negros e cachos perfeitos, saltitando entre os bichos, era na verdade a reencarnação da deusa mitológica Diana.
Talvez seja também pelo constante caos domiciliar que ela tenha apreciado a mudança para Bucaramanga, aos seis anos de idade. Sua residência era próxima da casa em que Simón José Antonio de la Santísima Trinidad Bolívar y Palacios Ponte-Andrade y Blanco instalou a primeira sede do governo nacional, e Sofia decorou seu nome logo no primeiro passeio pela cidade.
Aos 11 anos, já sabia ler em quatro línguas, além do espanhol: inglês, francês, grego antigo e romeno. Todo o esforço era visto com bons olhos pelo pai, que já imaginava Sofia como representante internacional de sua empresa de artesanato em madeira – ideia que surgiu a partir de um peixinho dourado, comprado pela família em uma casa de pulgas e que ninguém soube dizer bem a origem.
Iguarán, Ternera, Del Carpio, Buendía… Soledad. Qualquer um desses pode ser seu sobrenome, e ainda assim possivelmente nenhum o é. Falo de uma Colômbia e de uma Sofia que desconheço — exceto pelas palavras de Gabo, no primeiro caso, e por uma voz tímida a princípio, mas que vai ganhando confiança em um arquivo de áudio de pouco mais de um minuto, no segundo. A Sofia que é sim de carne e osso e que (des)conheci de forma no mínimo curiosa.
Explico: como parte de uma parceria entre a Universidade Tecnológica Federal do Paraná e a Universidad de La Sabana, professores brasileiros foram enviados no início deste ano para a capital colombiana, com o objetivo de ensinar português por aquelas bandas. E, sendo amiga de uma dessas professoras (digam oi para a Caroline Santos, ali embaixo!), fui intimada a participar.
Sabe aqueles áudios que escutamos em aulas de línguas, em que um sujeito se apresenta, fala da própria rotina, do que gosta e do que não gosta? Pois é, eu fui uma dessas vozes — uma tarefa mais difícil do que parece. Falar sobre si mesmo é simples somente antes de apertar o botão play do gravador — depois, meu amigo, só faltou eu esquecer meu próprio nome. Gaguejei, falei rápido demais (e, logo depois, devagar demais), pareci Stephen Hawking lendo um texto. Para falar de forma espontânea e cumprindo os objetivos do exercício proposto, precisei de umas quinze tentativas.
Achei bem curioso que pessoas a mais de quatro mil quilômetros de distância escutariam a minha voz e saberiam um punhado de informações sobre mim – justo eu, que sempre me perguntei se os dados desses áudios são reais ou se os locutores estão apenas lendo textos escritos pelos editores do material didático. O segundo caso deve ser o mais comum, penso eu, mas naquele momento eu mesma era transformada em personagem. Imaginem qual não foi a minha surpresa, portanto, ao receber uma resposta.
A ideia de os alunos criarem réplicas para mim e para as demais vozes participantes do exercício foi da Carol, é claro – o que não diminuiu a sensação de certa proximidade com a minha interlocutora. Depois de receber o arquivo, decidi pesquisar um pouco mais sobre a Colômbia e reler “Cem Anos de Solidão”, o clássico de Gabriel García Márquez – até então minha única conexão com o país. Também repeti que me chamo “Najara” por um bom tempo, imitando toscamente um sotaque espanhol.
Muito prazer, Sofia. Perdoe-me se este não é um porta-retrato acurado de quem você realmente é, e sim de como você foi pintada em minha cabeça – mas algum perfil é diferente?
Ilustração: Carybé
Data de Lançamento: 27 de junho
Divertidamente 2 marca a sequência da famosa história de Riley (Kaitlyn Dias). Com um salto temporal, a garota agora se encontra mais velha, com 13 anos de idade, passando pela tão temida pré-adolescência. Junto com o amadurecimento, a sala de controle mental da jovem também está passando por uma demolição para dar lugar a algo totalmente inesperado: novas emoções. As já conhecidas, Alegria (Amy Poehler), Tristeza (Phyllis Smith), Raiva (Lewis Black), Medo (Tony Hale) e Nojinho (Liza Lapira), que desde quando Riley é bebê, eles predominam a central de controle da garota em uma operação bem-sucedida, tendo algumas falhas no percurso como foi apresentado no primeiro filme. As antigas emoções não têm certeza de como se sentir e com agir quando novos inquilinos chegam ao local, sendo um deles a tão temida Ansiedade (Maya Hawke). Inveja (Ayo Edebiri), Tédio (Adèle Exarchopoulos) e Vergonha (Paul Walter Hauser) integrarão juntos com a Ansiedade na mente de Riley, assim como a Nostalgia (June Squibb) que aparecerá também.
Data de Lançamento: 04 de julho
Ainda Temos o Amanhã situa-se na Itália, em uma Roma do pós-guerra dos anos 1940. Dividida entre o otimismo da libertação e as misérias, está Delia (Paola Cortellesi), uma mulher dedicada, esposa de Ivano (Valério Mastandrea) e mãe de três filhos. Esses são os papéis que a definem e ela está satisfeita com isso. Enquanto seu marido Ivano age como o chefe autoritário da família, Delia encontra consolo em sua amiga Marisa (Emanuela Fanelli). A família se prepara para o noivado da filha mais velha, Marcella (Romana Maggiora Vergano), que vê no casamento uma saída para uma vida melhor. Delia recebe uma dose de coragem extra para quebrar os padrões familiares tradicionais e aspira a um futuro diferente, talvez até encontrar a sua própria liberdade. Tudo isso após a mesma receber uma carta misteriosa. Entre segredos e reviravoltas, este drama emocionante explora o poder do amor e da escolha em tempos difíceis.
Data de Lançamento: 04 de julho
Entrevista com o Demônio é um longa-metragem de terror que conta sobre o apresentador de um programa de televisão dos anos 70, Jack Delroy (David Dastmalchian), que está tentando recuperar a audiência do seu programa, resultado da sua desmotivação com o trabalho após a trágica morte de sua esposa. Desesperado por recuperar o seu sucesso de volta, Jack planeja um especial de Halloween de 1977 prometendo e com esperanças de ser inesquecível. Mas, o que era para ser uma noite de diversão, transformou-se em um pesadelo ao vivo. O que ele não imaginava é que está prestes a desencadear forças malignas que ameaçam a sua vida e a de todos os envolvidos no programa, quando ele recebe em seu programa uma parapsicóloga (Laura Gordon) para mostrar o seu mais recente livro que mostra a única jovem sobrevivente de um suicídio em massa dentro de uma igreja satã, Lilly D’Abo (Ingrid Torelli). A partir desse fato, o terror na vida de Jack Delroy foi instaurado. Entrevista com o Demônio entra em temas complexos como a fama, culto à personalidade e o impacto que a tecnologia pode causar, tudo isso em um ambiente sobrenatural.
https://www.youtube.com/watch?v=JITy3yQ0erg&ab_channel=SpaceTrailers
Data de Lançamento: 04 de julho
Nesta sequência, o vilão mais amado do planeta, que virou agente da Liga Antivilões, retorna para mais uma aventura em Meu Malvado Favorito 4. Agora, Gru (Leandro Hassum), Lucy (Maria Clara Gueiros), Margo (Bruna Laynes), Edith (Ana Elena Bittencourt) e Agnes (Pamella Rodrigues) dão as boas-vindas a um novo membro da família: Gru Jr., que pretende atormentar seu pai. Enquanto se adapta com o pequeno, Gru enfrenta um novo inimigo, Maxime Le Mal (Jorge Lucas) que acaba de fugir da prisão e agora ameaça a segurança de todos, forçando sua namorada mulher-fatal Valentina (Angélica Borges) e a família a fugir do perigo. Em outra cidade, as meninas tentam se adaptar ao novo colégio e Valentina incentiva Gru a tentar viver uma vida mais simples, longe das aventuras perigosas que fez durante quase toda a vida. Neste meio tempo, eles também conhecem Poppy (Lorena Queiroz), uma surpreendente aspirante à vilã e os minions dão o toque que faltava para essa nova fase.