Não há como negar, a trilogia é um grande sucesso. Com mais de quarenta milhões de cópias vendidas em trinta e sete países, o primeiro livro se torna filme e praticamente todas as pessoas que ouviram falar da história, têm uma opinião forte sobre o assunto, seja positiva ou negativa.
Homens e mulheres dão declarações efusivas sobre Christian Grey. Um homem que amarra, bate, faz contratos sobre seus comportamentos sexuais, oferece dores físicas como prazer. Porém, oferece um mundo luxuoso, é cuidadoso, preocupado, atencioso, generoso, lindo, sedutor, focado, empresário bem sucedido, entre outras qualidades que ele apresenta.
“Fifty shades of Grey”, a tradução correta seria, “As cinquenta sombras de Grey”. Carl Jung define sombra como: “a coisa que uma pessoa não tem desejo de ser”. Segundo a Psicologia Analítica, a sombra é a parte primitiva da natureza humana. Nela contêm todas aquelas atividades e desejos que podem ser considerados imorais e violentos, aqueles que a sociedade, e até nós mesmos, não queremos e podemos aceitar. Ela nos leva a ter comportamentos que normalmente não nos permitiríamos ter. Todos os seres humanos carregam uma sombra, e quanto menos ela está incorporada na vida consciente do sujeito, mais negra e densa ela é. Ou seja, quanto mais a pessoa ignorar sua parte sombria, pior a sombra ficará. Se um aspecto da sombra é consciente, sempre se tem a oportunidade de corrigi-la. Porém se for reprimida, jamais será corrigida e pode irromper subitamente em um momento de inconsciência.
“Todo mundo carrega uma sombra, e quanto menos ela está incorporada na vida consciente do indivíduo, mais negra e densa ela é” (Jung)
As sombras de Christian Grey são seus desejos em causar dor, causar humilhação, ser sádico. E ele consegue incorporar sua sombra em sua personalidade, dando vazão a ela quando é permitido, sem nenhum tipo de descontrole. Já quem tenta a todo custo esconder e rejeitar essa sombra, acabam por ter comportamentos violentos e descontrolados em algum momento da vida.
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Conversando com uma grande amiga, ela me mostrou seu ponto de vista sobre o motivo do filme ter feito tanto sucesso entre as mulheres. Muitas mulheres estão adormecidas, vivem sem um propósito, sem ser autêntica com suas vontades, em um relacionamento morno. Muitas sofrem de “desinteresse pela própria vida”. E quando uma chicotada acontece, acorda esse corpo. Ela passa a sentir. Sente dor, mas sente. Sente-se viva, desperta. A dor acorda um corpo adormecido. Ela volta à vida.
O que causa revolta em alguns é que se trata de um romance sadomasoquista e machista. Estávamos acostumados com protagonistas fortes, independentes, autossuficientes. E Anastácia nos aparece frágil, tímida, virgem, submissa. Como a maioria das mulheres, por isso tanta identificação.
É muito bonito a mulher se apresentar como forte, inabalável, independente, autossuficiente, batalhadora, multitarefas, e tudo aquilo que as feministas querem que as mulheres sejam, mas será que elas realmente sentem-se bem assim? A mulher que não deseja ser assim é expulsa do clube das mulheres incríveis, é julgada pelas amigas e sente vergonha em ser diferente. Por isso ninguém se assume como frágil, carente, insegura, submissa. E então um livro desses vira um dos livros mais vendidos da história. É porque tem alguma coisa de errado na sociedade.
Anastásia Steele representa o arquétipo da mulher comum, Ela é uma jovem de classe média, tímida, desajeitada, tem autoestima baixa e é virgem. É estudiosa, inteligente sem ser genial, gosta de livros clássicos, é sagaz, bonita, mas não exuberante, é teimosa, mas também submissa. Sente-se levemente ofuscada por sua amiga. Ela é a mulher com quem a maioria das mulheres pode se identificar.
O que eu vejo é uma troca de interesses em que ambos estão bem conscientes do que acontece. E qual relacionamento não é uma troca? Qual não causa dor? Quando nos relacionamos com alguém, fazemos um balanço dos prós e contra que a pessoa traz consigo. Avaliamos o custo benefício da relação e decidimos ficar ou não.
Ouvi muita gente dizer que a personagem Anastácia era muito jovem e foi manipulada. É tão fácil não assumir a responsabilidade sobre a própria vida e culpar o outro, não é? É muito bom ter quem culpar quando as coisas não dão certo. Não sentimos culpa, e nos acomodamos. E assim vivemos uma vida que não queremos e culpamos o outro por isso.
Christian Grey representa o arquétipo do homem perfeito. Ele é bonito, alto, empresário multibilionário, extremamente bem sucedido, competente, trabalhador, culto, inteligente, educado, cortês, misterioso, com segredos importantes a serem desvendadas, uma infância sofrida e uma vida para ser salva.
Não vejo o que acontece como abuso, nem manipulação, pois é consensual. Há regras bem claras que podem ser aceitas ou não. E Anastácia pede para que tudo aquilo aconteça. Pede para sentir dor.
Tão parecido com mulheres que são traídas e pedem para o parceiro relatar nos mínimos detalhes tudo o que aconteceu… Isso também é pedir para sentir dor. Ou mulheres que insistem em um relacionamento falido, isso é querer sentir dor. Ou então querer saber dos detalhes da vida de um ex namorado. Estamos sempre procurando a dor, de uma forma ou de outra.
A trama está longe de ser um relacionamento saudável, mas cada um sabe das suas sombras e seus impulsos. Cada um escolhe o relacionamento em que quer estar.
E quem nunca procurou sentiu dor em um relacionamento que atire a primeira pedra.
Data de Lançamento: 27 de junho
Divertidamente 2 marca a sequência da famosa história de Riley (Kaitlyn Dias). Com um salto temporal, a garota agora se encontra mais velha, com 13 anos de idade, passando pela tão temida pré-adolescência. Junto com o amadurecimento, a sala de controle mental da jovem também está passando por uma demolição para dar lugar a algo totalmente inesperado: novas emoções. As já conhecidas, Alegria (Amy Poehler), Tristeza (Phyllis Smith), Raiva (Lewis Black), Medo (Tony Hale) e Nojinho (Liza Lapira), que desde quando Riley é bebê, eles predominam a central de controle da garota em uma operação bem-sucedida, tendo algumas falhas no percurso como foi apresentado no primeiro filme. As antigas emoções não têm certeza de como se sentir e com agir quando novos inquilinos chegam ao local, sendo um deles a tão temida Ansiedade (Maya Hawke). Inveja (Ayo Edebiri), Tédio (Adèle Exarchopoulos) e Vergonha (Paul Walter Hauser) integrarão juntos com a Ansiedade na mente de Riley, assim como a Nostalgia (June Squibb) que aparecerá também.
Data de Lançamento: 04 de julho
Ainda Temos o Amanhã situa-se na Itália, em uma Roma do pós-guerra dos anos 1940. Dividida entre o otimismo da libertação e as misérias, está Delia (Paola Cortellesi), uma mulher dedicada, esposa de Ivano (Valério Mastandrea) e mãe de três filhos. Esses são os papéis que a definem e ela está satisfeita com isso. Enquanto seu marido Ivano age como o chefe autoritário da família, Delia encontra consolo em sua amiga Marisa (Emanuela Fanelli). A família se prepara para o noivado da filha mais velha, Marcella (Romana Maggiora Vergano), que vê no casamento uma saída para uma vida melhor. Delia recebe uma dose de coragem extra para quebrar os padrões familiares tradicionais e aspira a um futuro diferente, talvez até encontrar a sua própria liberdade. Tudo isso após a mesma receber uma carta misteriosa. Entre segredos e reviravoltas, este drama emocionante explora o poder do amor e da escolha em tempos difíceis.
Data de Lançamento: 04 de julho
Entrevista com o Demônio é um longa-metragem de terror que conta sobre o apresentador de um programa de televisão dos anos 70, Jack Delroy (David Dastmalchian), que está tentando recuperar a audiência do seu programa, resultado da sua desmotivação com o trabalho após a trágica morte de sua esposa. Desesperado por recuperar o seu sucesso de volta, Jack planeja um especial de Halloween de 1977 prometendo e com esperanças de ser inesquecível. Mas, o que era para ser uma noite de diversão, transformou-se em um pesadelo ao vivo. O que ele não imaginava é que está prestes a desencadear forças malignas que ameaçam a sua vida e a de todos os envolvidos no programa, quando ele recebe em seu programa uma parapsicóloga (Laura Gordon) para mostrar o seu mais recente livro que mostra a única jovem sobrevivente de um suicídio em massa dentro de uma igreja satã, Lilly D’Abo (Ingrid Torelli). A partir desse fato, o terror na vida de Jack Delroy foi instaurado. Entrevista com o Demônio entra em temas complexos como a fama, culto à personalidade e o impacto que a tecnologia pode causar, tudo isso em um ambiente sobrenatural.
https://www.youtube.com/watch?v=JITy3yQ0erg&ab_channel=SpaceTrailers
Data de Lançamento: 04 de julho
Nesta sequência, o vilão mais amado do planeta, que virou agente da Liga Antivilões, retorna para mais uma aventura em Meu Malvado Favorito 4. Agora, Gru (Leandro Hassum), Lucy (Maria Clara Gueiros), Margo (Bruna Laynes), Edith (Ana Elena Bittencourt) e Agnes (Pamella Rodrigues) dão as boas-vindas a um novo membro da família: Gru Jr., que pretende atormentar seu pai. Enquanto se adapta com o pequeno, Gru enfrenta um novo inimigo, Maxime Le Mal (Jorge Lucas) que acaba de fugir da prisão e agora ameaça a segurança de todos, forçando sua namorada mulher-fatal Valentina (Angélica Borges) e a família a fugir do perigo. Em outra cidade, as meninas tentam se adaptar ao novo colégio e Valentina incentiva Gru a tentar viver uma vida mais simples, longe das aventuras perigosas que fez durante quase toda a vida. Neste meio tempo, eles também conhecem Poppy (Lorena Queiroz), uma surpreendente aspirante à vilã e os minions dão o toque que faltava para essa nova fase.