Querida, Zoe é um desserviço à carreira de Sadie Sink

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Todos estão sujeitos a fazer um filme horrível. Mas era de se acreditar que no auge de Stranger Things Sadie Sink escolheria melhor seus projetos. Com um roteiro piegas e um elenco sofrido, a única qualidade de Querida, Zoe é os seus impressionantemente longos 94 minutos.

Em Querida, Zoe, conhecemos Tess (Sadie Sink), uma adolescente que tem sua vida virada de cabeça para baixo após a trágica morte de sua irmã mais nova. Para fugir de sua realidade, Tess se muda para a casa de seu pai, do outro lado da cidade. Com a mudança, a protagonista começa a redescobrir a vida apesar do luto.

Como qualquer filme B de sessão da tarde, o longa dirigido por Green Wells é básico, previsível e cheio de exageros. A ideia da morte de uma criança ofuscada por uma tragédia nacional e os efeitos dela na sua família tem tudo para ser intrigante e emocionante, mas de alguma forma o filme não consegue fazer isso.

A motivação de nenhum dos personagens é clara e qualquer sinal de exposição é banhado a muitas e inacabáveis lágrimas de crocodilo. Com isso, apesar de o trabalho de Theo Rossi e Jessica Capshaw serem decentes, é impossível levar os pais da garota a sério.

E mais uma vez Sadie Sink interpresa uma adolescente revoltada. A repetição começa a tolir o desempenho da atriz, principalmente quando ela parece só aceitar esse tipo de trabalho. Mesmo tendo apresentado todas as nuances de talento em outros projeto, em Querida, Zoe Sink parece um disco arranhado e entrega uma performance monótona e previsível.

Até a trilha sonora é básica. Mesmo sendo um filme lançado para streaming, o descaso com a produção ainda é latente. Uma coleção de músicas gratuitas do YouTube embalam o drama medíocre escrito por Marc Lhormer e Melissa Martin.

Por Deyse Carvalho
17/04/2023 18h46

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