Quem não tem masters caça com novo masters

foto: Divulgação

Já pensou ter seu trabalho preso para sempre em uma gravadora na qual não faz o menor sentido para você como artista ser representado? Que contratos em sua grande maioria são chatos, extensos e cheio de juridiquês a gente sabe, mas são eles que firmam entre as partes todos os detalhes de uma negociação ou da forma como um serviço será executado. 

Você assim como eu deve ter acompanhado nos últimos anos o trabalho que Taylor Swift vem executando na regravação de seus antigos álbuns, certo? Acontece que Taylor, quando assinou contrato com sua primeira gravadora Big Machine Records vendeu suas gravações originais dando a ela o direito de usar, fruir e dispor das canções sem ter que pedir qualquer autorização para a cantora, lembrando claro, que nunca sem fazer a devida menção. Acontece que Swift ainda detém o direito sobre as letras e suas composições, o que ela perdeu foram a gravações em si ou do inglês os “masters” (os arquivos originais gravados em algum tipo de mídia). 

Com toda certeza ter que regravar seu próprio trabalho gera uma sensação de dúvida frente ao sucesso das “novas” obras e em alguns casos essa é a única saída para recuperar o controle de uma música, afinal um contrato foi assinado e nele tudo ficou estabelecido, inclusive a possibilidade de regravações. Felizmente no caso de Taylor isso não aconteceu, oito das suas canções ocupando a lista das 100 mais ouvidas da Billboard na semana do lançamento.

Em 2021, Taylor já relançou “Fearless” e “Red” e a promessa é lançar canções que não época não foram lançadas – tanto que seu último lançamento, o Red, conta com 30 músicas. Taylor, publicou em uma de suas redes sociais que  negociou com a Universal Music Group um acordo que beneficiasse a todos os artistas da gravadora e disse ainda que vê isso como um sinal de mudança positiva para os criadores. 

Então, sempre que estiver diante de um contrato, tenha sempre o apoio de um advogado da área que ira te auxiliar e negociar cláusulas que não fizerem sentido durante a execução do contrato. Um bom contrato nunca sai caro e ele será sempre a melhor ferramenta de negociação e acordo.

Por Felipe Nunes Leite
25/11/2021 15h41

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