O texto contém spoilers.
Não é um texto de resenha, não acho que seja uma série que precise disso. É um texto pessoal sobre alguém que já passou pelos dois lados da fita: ser a Hannah Benker e ser uma das 13 razões.
Desde o dia 31 de março o assunto suicídio está sendo debatido entre todos. Seja no Facebook, na roda de amigos ou em sua própria cabeça. No último dia 31, a Netflix lançou a série “13 Reasons Why“, baseada no livro homônimo do autor americano Jay Asher.
Para quem não sabe, a trama conta a história de Hannah Baker, uma adolescente de uma cidade qualquer dos Estados Unidos que se suicidou após ter sofrido bullying por parte dos amigos do Ensino Médio. Hannah deixa uma caixa com fitas cassete onde conta os 13 motivos que a levou a fazer o que fez – além de instruções do que se deve ser feito. A série completa pode ser vista na Netflix.
Dê o player na música abaixo e leia, No final do texto, uma frase da canção irá simplificar muita coisa.
Você está vivendo sua vida, assim como Hannah e quando vê, tudo começa a sair do controle, mas o pior é que não é tudo de uma vez, são aos poucos, são ações, são pessoas. Quando se olha em volta, tudo desmoronou e se tem a impressão de que o mundo está contra você.
“Você aponta a câmera para a maioria das pessoas e elas sorriem. Você não vê o que realmente são. Só vê suas máscaras. Elas posam, elas praticamente fingem”
Quando se está do lado da fita em que você é a Hannah, tende-se a achar que ninguém te ouve, que ninguém ao menos se importa com você. Você some, ninguém sente falta, reaparece, nem diferença fez.
O show continua e você precisa fingir que a vida está bem, que está tudo bem. Você tem medo, medo de agir ou de falar com alguém, medo de confrontar todos os erros que estão te fazendo achar que a vida dos outros sem a sua presença é indiferente ou a melhor solução para aquele momento.
As pessoas te dizem: “você está tão bem, tão feliz“, mas ninguém sabe a força que um sorriso tem de esconder alguma coisa. Por dentro, estamos um lixo e nos achando um lixo humano.
Temos a impressão que quando você está do lado A da fita, o mundo sabe disso e parece que todos querem te mostrar que sabem disso. São frases, são ações ou a falta delas que nos fazem achar que chegou a hora de fazer alguma coisa.
Chegamos ao ponto de achar que você não deve qualquer resposta ao mundo e que chegar ao ponto extremo é a melhor solução para o momento. Eu cheguei.
“Queria que existisse um botão para avançar sua vida pelas partes de merda e passar direto para as partes boas”
Tive medo, graças a Deus eu tive medo. Talvez eu ser medroso tenha me mantido vivo e e com a ideia de reconstruir tudo aos poucos, tentando deixar a vida como as pessoas acham que é: perfeita.
Você está de um lado e para virar a fita são dois segundos, são dois milésimos.
Terminando o 13º episódio, podemos sentir a dor que a personagem principal teve ao lembrar os 13 porquês, os 13 motivos de humilhação que ela teve que passar e reviver enquanto seguia com a vontade de acabar com sua vida.
Uma cena em específico, entre tantas, me marcou:
Imaginem que horrível, morrer ali, sozinho.
Você busca que alguém te ouça, que alguém perceba que não está tudo bem e que te salve. Muitas vezes essa ajuda não chega e sangramos até morrer.
Talvez esse tenha sido o meu medo, ver que o mundo não estava em momento algum do meu lado. Ter a afirmação, de que você é um nada e que ir ou ficar, não fazia diferença.
Obrigado medo, você me salvou de algo que eu não sei se seria o certo a fazer.
Como na série, vivemos em uma sociedade que se esconder atrás de um celular é a arma perfeita para tudo. Estar protegido pela tela a faz maior e melhor que qualquer um.
Talvez estejamos errando em saber que ali, na nossa roda de amigos, temos uma Hannah Banker e que não fazemos nada, seja por medo de assumir uma responsabilidade ou pela comodidade de achar que alguém fará alguma coisa.
Quando vemos é tarde demais.
“Mas nenhum amigo meu tirou a vida“. Isso não nos defende dos erros que cometemos no dia a dia. Quando você menos esperar, a pessoa que você achava que estava vivendo uma vida perfeita, escondia mais segredos que qualquer um.
Quando nos damos conta, nossos amigos estão doentes, estão internados precisando de ajuda, estão “sobrevivendo dia após dia” e nós não fizemos nada.
São questões de segundos que uma pessoa pode tirar a vida e são questões de segundos que podemos agir e fazer que ela tire essa ideia da cabeça. Não tenha vergonha de dizer “eu te amo“, não tenha medo de ser inoportuno e perguntar se realmente está tudo bem, não tenha preguiça de querer ouvir ou não tenha qualquer sentimento que a proteja de um erro que se possa cometer no futuro. Não queira viver com a culpa.
Fique atento aos sinais, muitas vezes deixamos na expectativa que alguém entenda. E nunca ache que é um “drama”, talvez a escuridão interna é maior do que podemos imaginar.
“Você parece muito bem aqui embaixo, mas você não está bem de verdade”
Sign Of The Times
Data de Lançamento: 12 de dezembro
Em A Última Sessão, acompanhamos o menino Samay em sua descoberta do mundo mágico do cinema. Nessa história sensível, em uma cidade no interior da Índia, o menino de 9 anos assiste um filme no Galaxy Cinema e sua vida muda completamente e uma paixão feroz começa. Samay passa a faltar às aulas do colégio e a roubar um pouco de dinheiro da casa de chá de seu pai para assistir filmes. Com um desejo enorme de se tornar cineasta, Samay conhece Fazal, o projecionista do cinema e os dois fazem um acordo: Samay traz para Fazal as deliciosas comidas preparadas por sua mãe, enquanto Fazal permite que Samay veja infinitos filmes todos os dias na sala de projeção. Uma amizade profunda é forjada pelos dois e, logo, é colocada a teste graças a escolhas difíceis e transformações nacionais importantes. Agora, para perseguir seu sonho, Samay deve deixar tudo o que ama e voar para encontrar o que mais deseja.
Data de Lançamento: 12 de dezembro
Em Marcello Mio, Chiara (Chiara Mastroianni), filha dos icônicos Marcello Mastroianni e Catherine Deneuve (Catherine Deneuve), é uma atriz que vive um verão de intensa crise existencial. Insatisfeita com sua própria vida, ela começa a se questionar sobre sua identidade e, em um momento de desespero, afirma a si mesma que preferiria viver a vida de seu pai, uma lenda do cinema, do que enfrentar a sua realidade. Determinada, Chiara começa a imitar Marcello em tudo: veste-se como ele, adota seu jeito de falar, respira como ele. Sua obsessão é tamanha que, com o tempo, as pessoas ao seu redor começam a entrar nessa sua estranha transformação, passando a chamá-la de Marcello. Em um jogo de espelhos entre passado e presente, Marcello Mio explora a busca por identidade, legado e o impacto da fama na vida pessoal de uma mulher perdida em sua própria sombra.
Data de Lançamento: 11 de dezembro
O grupo de K-pop NCT DREAM apresenta sua terceira turnê mundial nesse concerto-documentário único. Gravada no icônico Gocheok Sky Dome, em Seul, a apresentação reúne um espetáculo vibrante, com coreografias e performances extraordinárias. O filme ainda conta com cenas de bastidores, mostrando o esforço depositado para dar vida a um show dessa magnitude. O concerto se baseia na história do Mystery Lab, um conceito cunhado pelo grupo. NCT DREAM Mystery Lab: DREAM( )SCAPE dá o testemunho de uma grandiosa turnê.
Data de Lançamento: 12 de dezembro
Queer é um filme de drama histórico dirigido por Luca Guadagnino, baseado na obra homônima de William S. Burroughs e inspirado em Adelbert Lewis Marker, um ex-militar da Marinha dos Estados Unidos. A trama segue a vida de Lee (Daniel Craig), um expatriado americano que se encontra na Cidade do México após ser dispensado da Marinha. Lee vive entre estudantes universitários americanos e donos de bares que, como ele, sobrevivem com empregos de meio período e benefícios do GI Bill, uma lei que auxiliou veteranos da Segunda Guerra Mundial. Em meio à vida boêmia da cidade, Lee conhece Allerton (Drew Starkey), um jovem por quem desenvolve uma intensa paixão. O filme explora temas de solidão, desejo e a busca por identidade em um cenário pós-guerra, com uma ambientação que retrata fielmente a atmosfera da Cidade do México nos anos 1950.
Data de Lançamento: 12 de dezembro
A Different Man, é um thirller psicológico, dirigido e roteirizado por Aaron Schimberg, terá a história focada no aspirante a ator Edward (Sebastian Stan), no qual é submetido a passar por um procedimento médico radical para transformar de forma completa e drástica a sua aparência. No entanto, o seu novo rosto dos sonhos, da mesma forma rápida que veio se foi, uma vez que o mesmo se torna em um grande pesadelo. O que acontece é que, por conta da sua nova aparência, Edward perde o papel que nasceu para interpretar. Desolado e sentindo o desespero tomar conta, Edward fica obcecado em recuperar o que foi perdido.
Data de Lançamento: 12 de dezembro
As Polacas é um drama nacional dirigido por João Jardim e selecionado para o Festival do Rio de 2023. O filme é inspirado na história real das mulheres que chegaram ao Brasil vindas da Polônia em 1867 com a esperança de uma vida melhor. Fugindo da perseguição aos judeus e da guerra na Europa, o longa acompanha a saga de Rebeca (Valentina Herszage), uma fugitiva polonesa que vem ao Brasil com o filho, Joseph, para reencontrar o esposo e começar a vida do zero. Porém, as promessas caem por terra quando, ao chegar no Rio de Janeiro, a mulher descobre que o marido morreu e, agora, está sozinha em um país desconhecido. Até que seu caminho cruza com o de Tzvi (Caco Ciocler), um dono de bordel envolvido com o tráfico de mulheres que faz de Rebeca seu novo alvo. Refém de uma rede de prostituição, Rebecca se alia às outras mulheres na mesma situação para lutar por liberdade.
Data de Lançamento: 12 de dezembro
Do aclamado diretor Alejandro Monteverde, conhecido por Som da Liberdade, Cabrini, narra a extraordinária jornada de Francesca Cabrini (Cristiana Dell’Anna), uma imigrante italiana que chega a Nova York em 1889. Enfrentando um cenário de doenças, crimes e crianças abandonadas, Cabrini não se deixa abater. Determinada a mudar a realidade dos mais vulneráveis, ela ousa desafiar o prefeito hostil em busca de moradia e assistência médica. Com seu inglês precário e saúde fragilizada, Cabrini utiliza sua mente empreendedora para construir um império de esperança e solidariedade. Acompanhe a ascensão dessa mulher audaciosa, que, enfrentando o sexismo e a aversão anti-italiana da época, se torna uma das grandes empreendedoras do século XIX, transformando vidas e deixando um legado de compaixão em meio à adversidade.
Data de Lançamento: 12 de dezembro
Em Kraven – O Caçador, acompanhamos a história de origem de um dos vilões da franquia Homem-Aranha. De origem russa, Kraven (Aaron Taylor-Johnson) vem de um lar criminoso e de uma família de caçadores. Seus poderes nascem de uma força sobrenatural e super humana que o faz um oponente destemido e habilidoso. A relação complexa com seu pai Nicolai Kravinoff (Russell Crowe) o leva para uma jornada de vingança e caos para se tornar um dos maiores e mais temidos caçadores de sua linhagem. De frente para questões familiares, Kraven mostra sua potência nesse spin-off.