Psycho Carnival chega a sua 18.ª edição

Quatro dias curtindo o som dos mais relevantes nomes da cena psychobilly mundial. É o que oferece a 18.ª edição do Psycho Carnival, um dos mais tradicionais eventos alternativos do Carnaval brasileiro, que em 2017 terá seis bandas por noite, de 24 a 27 de fevereiro. Nomes lendários, que ajudaram o moldar o estilo tal qual é hoje, como as britânicas The Meteors e Long Tall Texans; a americana Phantom Rockers e as brasileiras Sick Sick Sinners, As Diabatz, Ovos Presley, Hillbilly Rawhide, Crazy Horses, Krappulas são algumas das atrações que subirão ao palco do Jokers Pub, em Curitiba. Os ingressos estão à venda e é possível comprar o ticket por noite ou pacotes para 3 ou 4 noites de shows.

“Meteors são conhecidos como os reis do psycho e são importantíssimos para a cena e para a formação do que hoje chamamos de psychobilly, praticamente forjaram o estilo”, explica Vlad Urban, produtor do evento, sobre a banda que considera “provavelmente a mais importante do Psychobilly”. “Formada em 1980, segue muito ativa e todo ano lança disco”, completa.

Igual importância tem a também britânica Long Tall Texans, banda da segunda onda do Psychobilly. “Vem lá de 1984, também uma formação histórica que pegou o olho do furacão da criação do gênero”, explica Urban. Ainda entre as atrações internacionais estão a americana Phantom Rockers, de volta ao Psycho Carnival, e a argentina Jinetes Fantasmas, representando muito bem o psychobilly sul americano.

Entre as brasileiras estão as pratas da casa As Diabatz, que voltam aos palcos depois de uma parada em 2015; e Hillbilly Rawride e No Milk Today, que tocam na Festa do Esquenta, preparando o palco para a noitada tríplice do Psycho Carnival.

Também de Curitiba, a Sick Sick Sinners, uma das formações brasileiras mais presentes na cena mundial, que acaba de voltar de outra rodada de shows internacionais, e a Ovos Presley, que não para de tocar Brasil afora, mantendo a irreverência e a pegada forte que levou a banda para o topo do psychobilly nacional. No meio das feras experientes sempre tem espaço para as novas gerações, ressalta Vlad Urban. Este ano estão representadas pelo Mongo, Fritz da Puta, Surf Aliens e Zabilly.

18 anos

A primeira edição do Psycho Carnival foi em 2000. Ao longo destes 18 anos, muitas bandas e festivais aconteceram e acabaram. Em Curitiba, que chegou a ter mais de 10 festivais de música em um ano, só o Psycho Carnival sobreviveu, sem paradas. Com ou sem apoio público, produtores, artistas e plateia nunca deixaram a bola cair e o resultado é este: ao chegar a sua 18ª edição é um dos mais importantes eventos alternativos do carnaval brasileiro e o mais importante da cidade. Com sua caminhada, o festival firmou também bases para o Psychobilly no Brasil. E também se tornou uma ‘marca’ de Curitiba, abrindo portas. “Ele tem uma cara de festival de segmento, mas é importante lembrar a conexão da cidade com o estilo. E que ao longo destas 18 edições ele foi contribuindo para colocar as bandas de Curitiba como protagonistas da cena não só do Brasil, mas do mundo também”, argumenta o produtor.

Para a edição comemorativa o palco não poderia ser outro, senão o Joker Pub, ‘casa’ do Psycho Carnival há anos. No jogo, o coringa (Jokers em inglês) tem o poder de assumir o papel de qualquer carta. Há treze anos na noite curitibana o Jokers cumpre esse papel sendo tudo ao mesmo tempo: bar, pub, restaurante, boate, casa de shows, museu e galeria de arte. Atende várias tribos musicais da cidade, da música celta ao rock’n’roll, passando pelo samba, blues, soul, folk music e, claro, Psychobilly/rockabilly. Afinal, como diz Vlad Urban, “o Psychobilly/rockabilly não sai de moda e continua ativo e forte, independente da última tendência”. E o Psycho Carnival segue firme acompanhando tudo de perto, trazendo também as novas bandas para aprender com os melhores do mundo e alimentando uma cena que se encontra em Curitiba, a cada Carnaval.