Profissão: qual é o meu verdadeiro caminho…

Dizem os especialistas em contagem do tempo, que passamos quase metade das nossas vidas dormindo, e se seguirmos nessa linha de pensamento, quase que a outra metade dela, trabalhando. Então, nada mais justo do que termos a melhor cama, e estarmos no melhor emprego possível, já que nos sobra pouco tempo para as demais tarefas.

E você? É feliz com seu trabalho? Conseguiu se realizar na sua profissão?

É muito comum ouvirmos de quem já passou dos cinqüenta, ou esta próximo a se aposentar, frases como: -“Logo que me aposentar, vou fazer o que eu realmente quero”. Mas porque precisou esperar a aposentadoria para trabalhar em algo que lhe desse verdadeira satisfação? Por que passou a vida inteira trabalhando com algo que não lhe trazia alegria? Por mais estranha que possa parecer esta resposta, as pessoas na maioria das vezes acabam afirmando: -“Eu não podia”…

Se analisarmos a escolha de nossas profissões, veremos que na grande maioria delas, ele é feita através de lealdades aos nossos Sistemas Familiares e as suas necessidades e exigências. Sistemas familiares em que os antepassados sofreram perseguições, injustiças e assassinatos, precisam de muito advogados para honrar e sanar os sofrimentos destes antepassados. Assim como sistemas onde as pessoas foram proibidas de estudar ou o acesso ao estudo lhes foi negado, algum descendente irá trabalhar por décadas como professor, mesmo sem ter conscientemente escolhido esta profissão, até que a alma de todos do sistema esteja satisfeita. Então, logo após a aposentadoria, poderá realmente trabalhar no que desejava.

Sistemas fechados ou demasiados rígidos podem igualmente exigir dos descendentes que sigam as mesmas profissões de seus antecessores, como forma de provar que também podem ser prósperos. Esse é o caso de famílias onde gerações e gerações são de médicos, juizes, ou grandes proprietários de terras e gado, por exemplo.

Mas as exigências do sistema Familiar não são uma determinação do destino, uma maldição ou obrigação incontestável. Como afirma o ditado: aos distraídos, o destino.  Caso você esteja aberto a dialogar com tua história, e decidir tomar seu próprio rumo, a tempo, autoconhecimento e conhecimento sobre sua ancestralidade podem te ajudar a decidir com sucesso qual é a sua verdadeira vocação profissional, sem correr o risco de continuar trabalhando apenas para a cura de seu Sistema.

Observe com carinho e amor quais eram as atividades profissionais de seus pais, avós e bisavós, que tipo de atividades econômicas eles realizavam, e se possível, quais eram seus hobbys, e até mesmo os desejos não realizados. Analise se é possível, após a junção de todas estas atividades, concluir por uma que sintetize a todas elas. Observe como você se sente frente a possibilidade de trabalhar neste ramo, nesta profissão. Você se sentiria confortável neste trabalho? Seria leve e duradouro? Seria divertido e satisfatório? Caso ainda esteja em dúvida, não se aprece, este processo é uma jornada e pode levar tempo. Mas, se dos teus lábios brotou um sorriso e no peito um suspiro de satisfação, parabéns, você acabou de acessar a Força das Raízes! Siga com coragem, teu sucesso será inevitável!

Por Kelly Von Knoblauch
15/08/2021 14h41