A sexta-feira está agitada, repleta de lançamentos. Estreou nesta sexta-feira “NDA”, da Billie Eilish – quinta música do seu segundo álbum de estúdio; “Permission to Dance”, do BTS, canção que acompanha o CD físico do single “Butter”, e “Stay”, colaboração de The Kid LAROI com Justin Bieber. Isso é uma certeza de muitos views no YouTube, além de uma movimentação geral na Hot 100 e Global 200 – paradas semanais da Billboard que medem a popularidade das canções nos Estados Unidos e no mundo, respectivamente.
Inclusive, você já ouviu “Permission to Dance”? Está perfeita!
Mas… você se lembra quem estava em primeiro lugar há 20 anos?
Os resultados da lista da semana são publicados todas as segundas-feiras – no momento, quem domina a parada americana é “Butter”, do BTS, seguida por “Good 4 U”, de Olivia Rodrigo e “Kiss Me More”, de Doja Cat Feat. SZA. Já a Global 200 é liderada por Olivia, seguida de “Bad Habits” de Ed Sheeran e BTS. A parada leva em consideração as vendas físicas e digitais das músicas, além do número de vezes que está sendo executada nas rádios e nos serviços de streaming. Mas foi em 1958 – há exatos 63 anos – que a parada principal da Billboard foi publicada pela primeira vez. “Poor Little Boy”, de Ricky Nelson, leva a medalha de ouro, lugar ocupado por mais de 1,1 mil músicas diferentes desde então.
Mas as paradas da Billboard têm uma história divertida. Antes disso da Hot 100, a popularidade das músicas era medida por três paradas diferentes que estavam dentro do “Honor Roll of Hits” da Billboard. A primeira contabilizava as vendas físicas em lojas; a segunda, por sua vez, marcava as mais tocadas pelos “jockeys” – os DJs das rádios. Por último, as músicas mais tocadas nos jukeboxes. Essa era a mais representativa das gerações mais jovens, já que havia resistência por parte das rádios em tocar músicas de gêneros como o rock, por exemplo. A criação da Hot 100 marcou a criação de uma parada que unificou todos os gêneros musicais em uma só lista.
Ainda existem muitas barreiras – alguns gêneros sentem dificuldade em transitar para a parada principal, mesmo nos dias de hoje. As métricas vão acompanhando a evolução dos tempos e as mudanças na forma de consumir música – são muitas mudanças e novas regras a fim de deixar a lista o mais fiel possível em relação a realidade. Sem dúvida, mesmo com diversos questionamentos sobre seus métodos, acompanhar as paradas da Billboard de cada época é uma forma bem bacana de analisar os cenários e cultura de cada geração.
Em setembro de 2020, entraram em cena duas importantes novas paradas – a Global 200 e a Global 200 Excl. U.S., que cobre todos os territórios, exceto os Estados Unidos. Com essas duas listas, a revista começa a reconhecer a importância dos mercados fora do eixo americano, e busca representar a real popularidade das músicas ao redor de todo o mundo.
Mas, a pergunta que não quer calar é: você lembra o que você ouvia há 20 anos? Aqui em Curitiba o clima devia estar bem frio, mas é justamente em julho – verão no hemisfério norte – que acontecem os principais lançamentos musicais do ano. Você está preparado para lembrar quem estava tocando sem parar no seu mp3 player em julho de 2001? Sim, mp3 player, pois a primeira versão do iPod só veio ao mundo em outubro do mesmo ano (risos cringe). Vamos?
Semana de 14 de julho de 2001
A música do cantor de R&B foi grande sucesso no ano, e garantiu o primeiro Grammy de Usher, vencedor na categoria “Best Male R&B Performance”.
Primeiro single do álbum de estreia da banda de rock alternativo americana Lifehouse, a música subiu aos poucos nas paradas – foi lançada quase um ano antes, em setembro de 2000. Foi a música de maior sucesso da carreira do grupo.
Um hino é um hino, não é mesmo? A música, originalmente lançada em 1974, ganhou nova versão nas vozes deste quarteto icônico de cantoras, feita especialmente para a trilha sonora do filme Moulin Rouge!. Passou cinco semanas no topo da principal parada da Billboard.
Colaboração da rapper com a cantora Gwen Stefani, a canção foi a música de Eve mais bem sucedida na Billboard – chegou até a segunda posição no mês seguinte. Além disso, rendeu a ela um Grammy por Best Rap/Sung Collaboration.
Música de estreia da cantora de R&B, foi a canção de maior sucesso da cantora na Billboard – com duas semanas na segunda posição.
***
Completaram o top 10 as músicas: “Peaches & Cream”, do 112; “Drops of Jupiter”, do Train (amo); “Bootylicious”, das Destiny’s Child (gente!), “Ride Wit Me”, de Nelly Feat. City Spud e “Drive”, da banda Incubus.
Vale também uma menção honrosa a outros favoritos que completavam o top 50: Jessica Simpson com “Irresistible”, Sugar Ray com “When It’s Over”, Backstreet Boys, com “More Than That”, Dido, com “Thank You”, Nelly Furtado com “I’m Like a Bird”, ’N Sync com “Pop” e Alicia Keys com “Fallin’”.
***
Para complementar, no Brasil nós estávamos quase na mesma onda – mas com alguns clássicos nacionais também dominando as rádios e vendas da época. Em 2001, estavam na lista das músicas mais populares – ao lado dos hits internacionais – as canções “Quem de Nós Dois”, de Ana Carolina; “Malandragem” de Cássia Eller, e “Acima do Sol”, do Skank. Para fechar, ainda tinha “Love By Grace”, da Lara Fabian – influência direta da novela das 8.
Quem aí ficou com saudades?
Para te ajudar, eu adicionei todo o top 50 da semana do dia 14 de julho de 2001 na Billboard em uma playlist do Spotify; e ainda fechei com as 20 mais do ano no Brasil. Para dar as boas-vindas ao fim de semana bem cringe!
Data de Lançamento: 21 de novembro
Retrato de um Certo Oriente, dirigido por Marcelo Gomes e inspirado no romance de Milton Hatoum, vencedor do Prêmio Jabuti, explora a saga de imigrantes libaneses no Brasil e os desafios enfrentados na floresta amazônica. A história começa no Líbano de 1949, onde os irmãos católicos Emilie (Wafa’a Celine Halawi) e Emir (Zakaria Kaakour) decidem deixar sua terra natal, ameaçada pela guerra, em busca de uma vida melhor. Durante a travessia, Emilie conhece e se apaixona por Omar (Charbel Kamel), um comerciante muçulmano. Contudo, Emir, tomado por ciúmes e influenciado pelas diferenças religiosas, tenta separá-los, o que culmina em uma briga com Omar. Emir é gravemente ferido durante o conflito, e Emilie é forçada a interromper a jornada, buscando ajuda em uma aldeia indígena para salvar seu irmão. Após a recuperação de Emir, eles continuam rumo a Manaus, onde Emilie toma uma decisão que traz consequências trágicas e duradouras. O filme aborda temas como memória, paixão e preconceito, revelando as complexas relações familiares e culturais dos imigrantes libaneses em um Brasil desconhecido e repleto de desafios.
Data de Lançamento: 21 de novembro
A Favorita do Rei é um drama histórico inspirado na vida de Jeanne Bécu, filha ilegítima de uma costureira humilde, que alcança o auge da corte francesa como amante oficial do rei Luís XV. Jeanne Vaubernier (interpretada por Maïwenn) é uma jovem ambiciosa que, determinada a ascender socialmente, utiliza seu charme para escapar da pobreza. Seu amante, o conde Du Barry (Melvil Poupaud), enriquece ao lado dela e, ambicionando colocá-la em um lugar de destaque, decide apresentá-la ao rei. Com a ajuda do poderoso duque de Richelieu (Pierre Richard), o encontro é orquestrado, e uma conexão intensa surge entre Jeanne e Luís XV (Johnny Depp). Fascinado por sua presença, o rei redescobre o prazer da vida e não consegue mais se imaginar sem ela, promovendo-a a sua favorita oficial na corte de Versailles. No entanto, esse relacionamento escandaloso atrai a atenção e o desagrado dos nobres, provocando intrigas e desafios que Jeanne terá de enfrentar para manter sua posição privilegiada ao lado do monarca.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Em A Linha da Extinção, do diretor Jorge Nolfi, nas desoladas Montanhas Rochosas pós-apocalípticas, um pai solteiro e duas mulheres corajosas se veem forçados a deixar a segurança de seus lares. Unidos por um objetivo comum, eles embarcam em uma jornada repleta de perigos, enfrentando criaturas monstruosas que habitam esse novo mundo hostil. Com o destino de um menino em suas mãos, eles lutam não apenas pela sobrevivência, mas também por redenção, descobrindo a força da amizade e o poder da esperança em meio ao caos. Essa aventura épica revela o que significa ser família em tempos de desespero.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Baseado no musical homônimo da Broadway, Wicked é o prelúdio da famosa história de Dorothy e do Mágico de Oz, onde conhecemos a história não contada da Bruxa Boa e da Bruxa Má do Oeste. Na trama, Elphaba (Cynthia Erivo) é uma jovem do Reino de Oz, mas incompreendida por causa de sua pele verde incomum e por ainda não ter descoberto seu verdadeiro poder. Sua rotina é tranquila e pouco interessante, mas ao iniciar seus estudos na Universidade de Shiz, seu destino encontra Glinda (Ariana Grande), uma jovem popular e ambiciosa, nascida em berço de ouro, que só quer garantir seus privilégios e ainda não conhece sua verdadeira alma. As duas iniciam uma inesperada amizade; no entanto, suas diferenças, como o desejo de Glinda pela popularidade e poder, e a determinação de Elphaba em permanecer fiel a si mesma, entram no caminho, o que pode perpetuar no futuro de cada uma e em como as pessoas de Oz as enxergam.
Data de Lançamento: 20 de novembro
No suspense Herege, Paxton (Chloe East) e Barnes (Sophie Thatcher) são duas jovens missionárias que dedicam seus dias a tentar atrair novos fiéis. No entanto, a tarefa se mostra difícil, pois o desinteresse da comunidade é evidente. Em uma de suas visitas, elas encontram o Sr. Reed (Hugh Grant), um homem aparentemente receptivo e até mesmo inclinado a converter-se. Contudo, a acolhida amistosa logo se revela um engano, transformando a missão das jovens em uma perigosa armadilha. Presas em uma casa isolada, Paxton e Barnes veem-se forçadas a recorrer à fé e à coragem para escapar de um intenso jogo de gato e rato. Em meio a essa luta desesperada, percebem que sua missão vai muito além de recrutar novos seguidores; agora, trata-se de uma batalha pela própria sobrevivência, na qual cada escolha e cada ato de coragem serão cruciais para escapar do perigo que as cerca.