Preciso começar me apresentando: essa é a primeira vez que eu escrevo uma coluna, ou melhor, é a primeira vez que escrevo uma coluna que vai (ou não) ser publicada. Eu leio desde os seis ou sete anos de idade, depois de aprender a ler sozinha e falar “gotel”, ao invés de “hotel”, porque para mim fazia muito mais sentido a letra “h” ter som de “g”.
Quando eu era pequena, meu castigo era ficar sem comprar livros – eu lia muito rápido e minha mãe ficava revoltada: não há dinheiro que sustente o vício em livros de uma menina de oito anos. Os anos passaram e nada mudou, ainda leio livros compulsivamente porque não consigo parar até terminar. Essa é a Yasmin leitora.
O resto de mim é muito básico: sou capricorniana, metódica, meu sonho é ser professora, gosto de Taylor Swift, Marília Mendonça e Adriana Calcanhotto na mesma intensidade, e meus amigos me acham observadora e engraçadinha, mas eu não posso confirmar nada.
Para minha estréia aqui no site, escolhi um conto escrito pela Simone de Beauvoir – uma escritora francesa e filósofa existencialista. A maioria de nós conhece essa autora por conta de sua obra mais famosa, “O segundo sexo”, considerada um marco da teoria feminista. Contudo, não foi esse o livro que me fez gostar da escrita de Beauvoir, e sim a sua ficção.
“A mulher desiludida”, publicado em 1967, traz três contos que abordam a condição da mulher na sociedade. Não é um livro teórico, mas saber um pouco da teoria feminista pode enriquecer sua leitura, principalmente se você gosta de ler com um olhar crítico. Esses contos vão abordar temas como a solidão, o desespero, a velhice, a tristeza e a irracionalidade que permeia todos esses sentimentos quando elevados ao máximo.
O meu conto favorito se chama “Monólogo” e é uma narrativa que se utiliza do tal fluxo de consciência, uma técnica literária empregada também por Virginia Woolf em “Mrs. Dalloway”. Particularmente, esse método é um dos meus favoritos. Se você não conhece, é basicamente uma escrita em que o autor vai transcrevendo os pensamentos do personagem. É como se você estivesse na cabeça dele: um texto com poucas pausas e evidenciando as mudanças bruscas de assunto, exatamente como acontece quando nós estamos pensando em algo.
Nesse conto, vamos conhecer Murielle e invadir seus pensamentos, desde os mais tristes até os mais agressivos. A personagem pensa muito sobre a solidão e, sem romantizar absolutamente nada, descreve o que sente enquanto lida com a sensação de abandono.
Misturando lembranças de tempos passados com os medos do futuro, Murielle cai em um buraco negro de angústias e, muitas vezes, expressa isso de forma hostil. A linguagem definitivamente não é formal, na verdade, você vai se deparar com uma série de palavrões e xingamentos.
Como sempre, comecei a ler esse conto sem saber sobre o que se tratava. Não sabia quem era Murielle, quais eram seus traumas ou quem fazia parte de sua história. Para mim, essa foi uma decisão acertada. Chegando no final do conto, fiquei em choque ao descobrir o motivo da dor desenfreada da personagem. Então, não vou te contar qual é esse motivo. Sei que outras resenhas já começam expondo as razões de Murielle, mas acho que a graça toda do conto é chegar no final e pensar “preciso reler sabendo o que sei agora”.
No que diz respeito à leitura, por conta do fluxo de consciência e da ausência de pontuação tão característica dessa técnica, é um texto que pode te deixar um pouco sem fôlego. Até você se acostumar, pode ser um pouco difícil de entender o que está acontecendo, mas quando você realmente entra no espírito de “estou dentro da cabeça desse personagem” a leitura tende a fluir melhor.
É um livro para quem gosta de intensidade e de entrar em contato com a honestidade dos sentimentos. Como já disse quando falei sobre “Dias de abandono” da Elena Ferrante, lá no Instagram, você não vai ler um livro que romantiza a dor. Beauvoir e Ferrante têm isso em comum: elas pegam as piores facetas de sentimentos como desespero e abandono e fazem você encarar de frente.
Espero ter despertado sua curiosidade. Boa leitura!
Data de Lançamento: 13 de fevereiro
No documentário Frevo Michiles é apresentado a história de um dos maiores compositores vivo de frevo no país. Durante sua trajetória, Jota Michiles transformou o marcante ritmo pernambucano e eternizou o seu legado nas marchinhas carnavalescas. Sua visão de mundo poética e carnavalesca é o mote do documentário, esmiuçando sua originalidade e amor pela música. Com participação de artistas como Alceu Valença, Spok, Getúlio Cavalcanti e Edson Rodrigues é possível mergulhar no mundo criativo do compositor e reviver a alegria que ele trouxe para a alma do carnaval nacional.
Data de lançamento: 13 de fevereiro.
Data de Lançamento: 13 de fevereiro
Em As Cores e Amores de Lore, uma série de encontros do cineasta Jorge Bodanzky e a pintora alemã Eleonore Koch resulta numa investigação da trajetória artística de uma das artistas mais influentes da arte contemporânea brasileira. Conhecida como Lore, a pintora nasceu em 1926 na Alemanha e é a única discípula de Volpi, com quem teve uma relação criativa por muitos anos. Bodanzky faz um resgate do legado da pintora em seus últimos anos de vida e revela as complexidades por trás de sua veia artística e emoções. O filme acompanha a intimidade das longas conversas e dos depoimentos emocionantes dos dois artistas e traz um rico material de acervo comentado pela própria Eleonore. Em suas falas, a pintora discorre sobre seu processo artístico e sua vida íntima, assim como temas como sexualidade, feminismo e amadurecimento.
Data de lançamento: 13 de fevereiro.
Data de Lançamento: 13 de fevereiro
Em Aos Pedaços, Eurico Cruz (Emílio de Melo) mantém um relacionamento secreto com duas mulheres chamadas Ana. Ele vive entre duas casas idênticas: uma no deserto, outra à beira-mar. Cada uma habitada por uma das esposas: Ana e Anna. Certo dia, ele recebe a visita de Eleno e um bilhete anônimo assinado apenas por “A”, anunciando sua morte. A partir daí, sua vida se torna uma grande espiral de paranoia, desconfiado de seus dois amores e do resto das pessoas ao seu redor. Quem realmente o ameaça? Os espaços, os personagens, as suspeitas e as paixões se embaralham nesse quebra-cabeça que, cada vez mais, confunde realidade e obsessão.
Data de lançamento: 13 de fevereiro.
Data de Lançamento: 13 de fevereiro
Em Bridget Jones: Louca pelo Garoto acompanhamos a vida de mãe solteira e viúva de Bridget (Renée Zellweger) depois que seu marido Mark (Colin Firth) faleceu. Quatro anos se passaram e Bridget passa os dias cuidando de seus dois filhos Billy, de 9 anos, e Mabel, de 4 anos. Vivendo nesse limbo entre o luto e a vontade de seguir em frente, Bridget pensa em voltar a namorar, encorajada por seus amigos fiéis, sua ginecologista Dra. Rawlings (Emma Thompson) e até mesmo seu antigo amor, e agora amigo, Daniel Cleaver (Hugh Grant). De volta na pista, Bridget entra nos aplicativos de namoro e precisa conciliar seu trabalho, vida amorosa e obrigações domésticas e maternas, enquanto também enfrenta a legião de mães perfeitas da escola, lida com a saudade que Billy sente do pai e vive situações constrangedores (e potencialmente atraentes) com o professor de ciências das crianças Mr. Wallaker (Chiwetel Ejiofor).
Data de lançamento: 13 de novembro.
Data de Lançamento: 13 de fevereiro
Capitão América: Admirável Mundo Novo é o próximo filme do famoso herói da Marvel. Desta vez, o filme dá continuidade à minissérie de televisão Falcão e o Soldado Invernal, onde o escudo está nas mãos de Sam Wilson (Anthony Mackie), após Steve Rogers (Chris Evans) o entregar em Vingadores: Ultimato. Durante a série, Sam aceita seu dever como o novo Capitão América ao lado de Bucky Barnes (Sebastian Stan). Admirável Mundo Novo compõe a Fase Cinco do Universo Cinematográfico Marvel (UCM). O enredo promete explorar os desafios e responsabilidades de Wilson em seu novo papel, enquanto enfrenta novas ameaças e aliados inesperados. A direção está a cargo de Julius Onah, conhecido por seu trabalho em The Cloverfield Paradox, e o roteiro foi escrito por Malcolm Spellman, que também foi o showrunner de Falcão e o Soldado Invernal.
Data de lançamento: 13 de fevereiro.