O conto da aia: uma narrativa sobre religião, opressão e medo

A série “The Handmaid’s Tale”, lançada pelo Hulu (serviço de streaming concorrente da Netflix) no dia 26 de abril, tem recebido menções positivas tanto da crítica especializada quanto do público. Produção, atuação e roteiro são os temas mais citados pelos que assistiram os primeiros 4 episódios da série.

Poucos sabem, porém, que a obra é baseada no romance homônimo da canadense Margaret Atwood. Lançado em 1985, a obra, que foi traduzida no Brasil com o nome “O conto da aia”, se passa em uma sociedade distópica de regime teocrático fundamentalista que transformou os Estados Unidos na República de Gilead, um lugar onde a Bíblia é seguida ao pé da letra e as mulheres não têm voz.

A protagonista da história é Offred, aia cuja função é engravidar de um dos chefes do regime, uma vez que a maior parte das mulheres se tornou estéril. Como em qualquer regime totalitário, não há sistema jurídico e os que se opõem ao regime e seus valores recebem pena de morte.

Com uma simbologia assustadoramente referencial às sociedades do mundo atual, “O conto da aia” é leitura angustiante, mas enriquecedora. O livro é publicado pela Editora Rocco e pode ser adquirido nas principais livrarias do país.

Por Lis Claudia
07/05/2017 15h51