Em 1915, em Rangum – maior cidade de Mianmar – nasceu Molly Lloyd. Seus pais, ambos militares, julgaram que seria melhor para sua filha ser criada no Reino Unido. E, assim, a jovem Molly foi morar na Inglaterra. Após terminar seus estudos, ela retornou a sua cidade natal e, ao completar 21 anos, casou-se com Rodney Drake. Porém, a Segunda Guerra Mundial logo arrebataria a Europa e os separaria: Molly Drake e sua irmã Nancy se refugiaram na casa de seus tios, na Índia. Eram dias difíceis. Tentando confortar os seus queridos durante essa época, Molly e Nancy tocavam piano e cantavam. Molly Drake nunca tornou-se uma musicista profissional, e tampouco ambicionou isso. Ela tinha na arte a sua forma de expressão pessoal. Algo que ela compartilhava com os seus próximos, mas sempre de forma intima. Sua poesia, que trata da vida, da felicidade, da tristeza e das coisas que a cercavam são de delicadeza e de beleza únicas.
Molly Drake reencontraria seu marido, voltaria a Inglaterra e teria dois filhos. A mais velha se tornaria uma atriz conhecida no Reino Unido, Gabrielle Drake. Já o mais novo viria a se tornar uma das misteriosas figuras da música. Ele, que carregava um enorme talento junto ao seu violão e que viveu os seus insucessos e a sua tristeza a parte: Nick Drake.
Nicholas Rodney Drake nasceu em 19 de junho de 1948. Durante a sua infância ele se dividia entre a escola, os esportes e a música. No colégio, ele se destacava pela sua personalidade misteriosa e tímida – a ponto do diretor do colégio dizer a seus pais que, na sua opinião, ninguém o conhecia realmente – e pela sua competitividade nos esportes. Enquanto atleta escolar ele quebrou recordes nos 100 metros rasos e jogou rugby. O seu talento para a música, sendo essa uma das paixões de seus pais, floresceu cedo em sua vida. Nick participou da orquestra da sua escola como pianista e também aprendeu a tocar clarinete e saxofone. Foi em 1965 que Nick Drake comprou o seu primeiro violão para logo experimentar novas técnicas e testar diferentes afinações. Os esportes e os estudos já não eram mais tão importantes no dia-a-dia daquele jovem aspirante a compositor que descobria o mundo do folk.
Assim, Nick Drake começava a arriscar seus primeiros passos no mundo da música. Mesmo tendo odiado se apresentar ao vivo ao longo da sua vida – ao ponto de desistir de fazer shows – foi numa apresentação em Cambridge que seu primeiro disco começou a tomar forma. O produtor Joe Boyd – que trabalhou com Pink Floyd e o Jimi Hendrix, por exemplo – reconheceu o talento por trás daquele misterioso jovem que empunhava um violão. ‘Five Leaves Left‘, de 1969, é o primeiro registro da obra de Nick Drake. O disco, com o nome inspirado naqueles avisos de poucos papéis de enrolar cigarro restantes, é arrebatador. A belíssima voz do Nick Drake revela, verso a verso, a sua poesia. A primeira canção, ‘Time Has Told Me‘, é uma das provas de que este é um disco especial nas composições, letras, execuções e arranjos. Nick era um excelente músico, capaz de fazer belos takes, tanto na voz quanto no violão, em pouco tempo e com facilidade. Boyd aponta influência do brasileiro João Gilberto na música de Nick, pois, assim como na MPB, a linha vocal e o violão caminham em andamentos distintos. Porém, apesar da confiança dos envolvidos no projeto e mesmo contando com músicas como ‘River Man‘, ‘Cello Song‘, ‘Fruit Tree‘ entre outras belas canções, o disco foi um fracasso de vendas.
Nick, vivendo uma vida cada vez mais errática e sofrendo de depressão, continuo trabalhando na sua música. E, apesar do revés inicial, Joe Boyd estava disposto a uma nova tentativa. O segundo disco do Nick seria gravado, mas com um enfoque um pouco diferente. As orquestrações barrocas dão espaço para arranjos mais otimistas em ‘Bryter Later‘, de 1970. A proposta desse disco é mais próxima do pop e trás arranjos muito mais produzidos e grandiosos do que o primeiro disco. A faixa instrumental que introduz o disco mostra qual será o clima do disco. John Cale, que havia deixado o Velvet Underground, participou do disco nas faixas ‘Fly‘ e ‘Northen Sky‘. Porém, o sucesso, novamente, não veio. O novo fracasso fez com que Nick passasse por um período crítico em sua vida. Afastou-se de amigos e família, isolou-se em seu apartamento, abusava das drogas e raramente era visto pelos outros.
Vivendo seu inferno particular, Nick preparou-se para gravar seu derradeiro disco. Ele chamou John Wood, engenheiro de som dos seus dois outros álbuns, para ser o produtor. Nick, que vivia solitário, gravou o disco de forma parecida. Durantes duas madrugadas, num estúdio com somente um violão e as presenças de Nick e Wood, ‘Pink Moon‘ foi gravado. Menos de 30 minutos de música, era o que Nick Drake tinha para gravar naquele momento. Não era preciso mais. Sem as orquestrações dos discos anteriores, os arranjos são construídos sob o belo dedilhado no violão. A voz de Nick, grave, precisa e, às vezes, sussurrada, encaixa-se perfeitamente no universo por ele construído. Um disco curto, simples, e genial. Aos 26 anos, Nick produziu uma obra intensa que é uma das provas de que a arte é capaz de mostrar a beleza até dos momentos mais tristes e angustiantes.
O lançamento do disco não acalmou a conturbada vida de Nick. Tendo dificuldades para fazer shows e até para promover seu disco, o sucesso, que ele jamais alcançaria em vida, não veio. Depois disso, ele voltou a morar com seus, pais, mas sua condição psicológica não melhorou. Lentamente afastou-se da música e adotou um estilo de vida errante, no qual alternava momentos em casa com períodos de ausência sem qualquer explicação. Em 1974, entre sua frustração e a sua tristeza, Nick deixou a solidão em que vivia nesse planeta. Uma overdose de medicamentos para depressão e um bilhete escrito para uma amiga nunca deixaram claros se sua morte foi proposital ou não. Mesmo sem nunca experimentar o sucesso, Nick Drake garantiu seu espaço no hall de grandes compositores. Sua sensibilidade e a suave melancolia de sua arte ainda inspira a muitos.
Nick Drake teve influências de grandes nomes do folk, como Bob Dylan e Phil Ochs. Porém, uma outra influência, crucial para a sua música, estava lá, na sua casa. Molly Drake, mesmo tendo deixado a música dentro do ambiente familiar, deixou registros de suas composições. Entrar em contato com a arte de Molly nos faz entender um pouco mais da beleza da música de Nick Drake. O epitáfio de Molly veio de uma das músicas de Nick – ‘From The Morning‘ – e, assim como toda a obra dele, nos faz pensar: Now we rise, and we are everywhere.
https://www.youtube.com/watch?v=Dj0drevGOgA
Data de Lançamento: 13 de fevereiro
No documentário Frevo Michiles é apresentado a história de um dos maiores compositores vivo de frevo no país. Durante sua trajetória, Jota Michiles transformou o marcante ritmo pernambucano e eternizou o seu legado nas marchinhas carnavalescas. Sua visão de mundo poética e carnavalesca é o mote do documentário, esmiuçando sua originalidade e amor pela música. Com participação de artistas como Alceu Valença, Spok, Getúlio Cavalcanti e Edson Rodrigues é possível mergulhar no mundo criativo do compositor e reviver a alegria que ele trouxe para a alma do carnaval nacional.
Data de lançamento: 13 de fevereiro.
Data de Lançamento: 13 de fevereiro
Em As Cores e Amores de Lore, uma série de encontros do cineasta Jorge Bodanzky e a pintora alemã Eleonore Koch resulta numa investigação da trajetória artística de uma das artistas mais influentes da arte contemporânea brasileira. Conhecida como Lore, a pintora nasceu em 1926 na Alemanha e é a única discípula de Volpi, com quem teve uma relação criativa por muitos anos. Bodanzky faz um resgate do legado da pintora em seus últimos anos de vida e revela as complexidades por trás de sua veia artística e emoções. O filme acompanha a intimidade das longas conversas e dos depoimentos emocionantes dos dois artistas e traz um rico material de acervo comentado pela própria Eleonore. Em suas falas, a pintora discorre sobre seu processo artístico e sua vida íntima, assim como temas como sexualidade, feminismo e amadurecimento.
Data de lançamento: 13 de fevereiro.
Data de Lançamento: 13 de fevereiro
Em Aos Pedaços, Eurico Cruz (Emílio de Melo) mantém um relacionamento secreto com duas mulheres chamadas Ana. Ele vive entre duas casas idênticas: uma no deserto, outra à beira-mar. Cada uma habitada por uma das esposas: Ana e Anna. Certo dia, ele recebe a visita de Eleno e um bilhete anônimo assinado apenas por “A”, anunciando sua morte. A partir daí, sua vida se torna uma grande espiral de paranoia, desconfiado de seus dois amores e do resto das pessoas ao seu redor. Quem realmente o ameaça? Os espaços, os personagens, as suspeitas e as paixões se embaralham nesse quebra-cabeça que, cada vez mais, confunde realidade e obsessão.
Data de lançamento: 13 de fevereiro.
Data de Lançamento: 13 de fevereiro
Em Bridget Jones: Louca pelo Garoto acompanhamos a vida de mãe solteira e viúva de Bridget (Renée Zellweger) depois que seu marido Mark (Colin Firth) faleceu. Quatro anos se passaram e Bridget passa os dias cuidando de seus dois filhos Billy, de 9 anos, e Mabel, de 4 anos. Vivendo nesse limbo entre o luto e a vontade de seguir em frente, Bridget pensa em voltar a namorar, encorajada por seus amigos fiéis, sua ginecologista Dra. Rawlings (Emma Thompson) e até mesmo seu antigo amor, e agora amigo, Daniel Cleaver (Hugh Grant). De volta na pista, Bridget entra nos aplicativos de namoro e precisa conciliar seu trabalho, vida amorosa e obrigações domésticas e maternas, enquanto também enfrenta a legião de mães perfeitas da escola, lida com a saudade que Billy sente do pai e vive situações constrangedores (e potencialmente atraentes) com o professor de ciências das crianças Mr. Wallaker (Chiwetel Ejiofor).
Data de lançamento: 13 de novembro.
Data de Lançamento: 13 de fevereiro
Capitão América: Admirável Mundo Novo é o próximo filme do famoso herói da Marvel. Desta vez, o filme dá continuidade à minissérie de televisão Falcão e o Soldado Invernal, onde o escudo está nas mãos de Sam Wilson (Anthony Mackie), após Steve Rogers (Chris Evans) o entregar em Vingadores: Ultimato. Durante a série, Sam aceita seu dever como o novo Capitão América ao lado de Bucky Barnes (Sebastian Stan). Admirável Mundo Novo compõe a Fase Cinco do Universo Cinematográfico Marvel (UCM). O enredo promete explorar os desafios e responsabilidades de Wilson em seu novo papel, enquanto enfrenta novas ameaças e aliados inesperados. A direção está a cargo de Julius Onah, conhecido por seu trabalho em The Cloverfield Paradox, e o roteiro foi escrito por Malcolm Spellman, que também foi o showrunner de Falcão e o Soldado Invernal.
Data de lançamento: 13 de fevereiro.