“Não dá pra dizer que somos os mesmo de 20 anos atrás”, declara Skank

Com mais de 6 milhões de discos vendidos, Skank alcançou o estrelato com “Calango”, seu segundo disco, mas o primeiro gravado pela Sony Music. Porém, “Samba Poconé” foi o álbum que apresentou os mineiros ao mundo. De lá para cá, mais 11 títulos foram lançados.

Como parte da comemoração pelos 20 anos do álbum, o quarteto mineiro lançou uma edição especial de “Samba Poconé” em três versões. O primeiro CD da edição comemorativa contém as faixas originais gravadas em 1996, já o segundo e o terceiro apresentam versões inéditas das músicas, instrumentais e novas mixagens, além da inédita “Minas com Bahia”.

No repertório do show, a banda promete um bloco especial de “Samba Poconé”, com as músicas marcantes desse trabalho, como “Tão Seu”, “Zé Trindade”, “Eu disse a Ela”, “Poconé”, “Garota Nacional” e “É uma Partida de Futebol”, entre outras.

Em entrevista exclusiva ao Curitiba Cult, o baterista Haroldo declara que nesses 20 anos, a banda mudou o jeito de fazer música, fato que pode ser notado tanto nas composições quanto nas referências: “O que fazemos é quase sempre de forma muito intuitiva, de não ter a menor cerimônia de meter a mão na sua música, de mudar quando achava necessário mudar; não dá pra dizer que somos os mesmo de 20 anos atrás.”

Quando questionado sobre as paradas de sucesso brasileiras estarem praticamente dominadas pelo sertanejo e pelo funk, Haroldo não nega que o Rock Nacional tem mais dificuldade em agradar ao jovem contemporâneo do que na década de 1990: “Quando começamos a fazer sucesso, não tínhamos o funk e o sertanejo não estava tão em alta; esses ritmos não chamavam tanto a atenção dos jovens. Todo o público era voltando para o rock.” Apesar desse cenário, ele aponta que os shows sempre têm mais de uma geração, com pais que ensinam os filhos a também gostarem das músicas da banda.

Com mais de 1 milhão de reproduções no Spotify somente no último mês, a banda é positiva sobre as mudanças geradas pela popularização dos serviços de Streaming e consequente mudança na forma do consumo de música: “Claro que as gravadoras ainda têm uma grande importância na engrenagem da música, mas existe hoje um grande circuito para as bandas que não tem contrato se apresentarem. E isso é muito bom para a música”, comenta.

O músico fala ainda sobre o alcance das redes sociais: “Se pensarmos que a ideia é sempre nos aproximar de quem gosta do nosso trabalho, com certeza a utilização dessa nova tecnologia ajuda muito”.

Serviço – Skank em Curitiba

Quando: 19 de agosto de 2017 (sábado)

Onde: Teatro Positivo (Rua Professor Pedro Viriato Parigot de Souza, 5300)

Horário: 21h15

Ingressos: variam de R$90 a R$420, de acordo com o setor escolhido

Vendas: Disk Ingressos

foto: Weber Padua

Por Lis Claudia
18/08/2017 16h47