Mudanças na audiência

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Wilson Simonal lançou um dos hinos que, ao lado da famosa noventa milhões, ecoou nos ouvidos da torcida brasileira em meio à febre da Copa do Mundo de 1970. Os ecos daquela canção “Aqui é o país do futebol“, composta por Milton Nascimento e Fernando Brandt – outros dois craques da Música Popular Brasileira, reverberaram por muito tempo. E ainda sacodem o povo antes de algumas jornadas esportivas.

Mas depois do chocolate alemão (aproveitando a semana de Páscoa, não poderia perder a referência), a realidade da audiência vem mudando. A ponto da Rede Globo, emissora que detém os direitos de transmissão dos principais campeonatos de futebol nacionais e alguns internacionais, pensar em rever a possibilidade de transmissão da “paixão nacional” às quartas-feiras à noite.

O problema é antigo. De uns tempos pra cá passou a ser mais evidente. Principalmente por conta dos números. O fato é que a audiência futebolística nas quartas vem caindo ano após ano. Uns dizem que é por conta do horário da transmissão com jogos começando, geralmente, às 22h. Outros por conta da baixa qualidade das partidas. E até mesmo por conta da competição com outras mídias como as televisões a cabo e os serviços de streaming. E isso, pasmem, independente do clube que esteja jogando.

Fato é que cada ponto de queda, segundo dados do Ibope em 2014, representa cerca de 65 mil residências a menos em São Paulo acompanhando os jogos de futebol.

Não se especifica ainda para quando será essa mudança e a que velocidade ela irá ocorrer. Mas a verdade é que, parafraseando o grande nome da Pilantragem, nos campos de terra e grama o Brasil não é mais só futebol. E as pessoas estão descobrindo, pelo menos nas quartas, coisas mais interessantes para se fazer nesses noventa minutos de emoção e de alegria.

Por Cássio Bida
09/04/2015 10h40