Madero e Hospital Angelina Caron promovem campanha pela doação de órgãos

O Brasil tem cerca de 40 mil pessoas à espera de um transplante, de acordo com o Ministério da Saúde. Dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), indicam que 2.333 pessoas morreram à espera de um órgão em 2015 – entre elas, 64 crianças. A recusa familiar para doação é um dos fatores mais importantes para esse índice de mortalidade. Em 2015, ela foi responsável por 44% dos casos em que órgãos não puderam ser aproveitados. Ainda assim, o número de doadores efetivos de órgãos no Brasil vem subindo e passou de 13,1 por milhão de habitantes para 14 por milhão no segundo trimestre deste ano.

Para combater a recusa das famílias as principais ferramentas são a informação e a conscientização. Por isso, a rede de restaurantes Madero e o Hospital Angelina Caron (PR), referência nacional em transplantes de órgãos, realizaram uma campanha nacional nas redes sociais no dia 27 de setembro (terça-feira), Dia Nacional de Doação de Órgãos.

O vídeo da campanha, realizada pela agência Beats, flagra as reações de clientes ao perceberem uma falha crucial na montagem do cheeseburguer que pediram e que chega à mesa sem a carne. Ao desfazer a confusão, o garçom entrega um novo sanduíche dentro de uma caixa especial, com a mensagem: “Se um hamburger faz falta no seu cheeseburger, imagina o quanto um órgão faz falta para quem precisa”.

O resultado foi surpreendente. A maioria das pessoas entrou na brincadeira e elogiou a iniciativa. Houve até quem tenha dito que repensaria sua posição de não doador.

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Como doar

Qualquer pessoa pode doar órgãos, desde que concorde com a doação e que ela não prejudique a sua saúde. O doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado, e da medula óssea ou parte do pulmão. De acordo com a legislação, parentes até o quarto grau podem ser doadores. Não parentes, somente com autorização judicial.

Nos casos dos doadores falecidos, é preciso a constatação de morte encefálica, geralmente de vítimas de dano cerebral irreversível, como traumatismo craniano ou acidente vascular cerebral (AVC), e é necessário o consentimento da família.

É muito importante que as pessoas manifestem expressamente para familiares e amigos o seu desejo de doar órgãos após a morte. Essa é uma das maneiras mais eficientes de combater a recusa familiar.

Para saber mais sobre como ser um doador acesse o site da ABTO.

Por Curitiba Cult
28/09/2016 09h32