Dois espetáculos que representam o universo do hip hop e skatista na Mostra do 24º Festival de Teatro de Curitiba. “Dias de Luta, Dias de Glória – Charlie Brown Jr., o Musical” conta a história desse grupo e, em especial, de seu vocalista Chorão, que morreu em 2013. Em “Nêgo (eu.ele.nós.tudo preto!)”, os bailarinos da Companhia Urbana de Dança contam, através da dança, o drama dos jovens negros, parcela da população brasileira atingida com mais frequência e gravidade pela morte, pela violência e pela discriminação.
O integrante do grupo Raiz 83, Hallan Depetriz, ou Sasquatch, como é conhecido no meio hip hop local, lembra que a importância de Chorão ultrapassa a mera casca de celebridade. “Temos uma nova geração de skatistas e rueiros que estão surgindo a cada dia e todos merecem ouvir Charlie Brown Jr.”, diz. “Cada letra escrita dele tem todo um sentimento e um pé no verdadeiro. É hoje uma obra indispensável na cultura nacional”, afirma.
A importância da realidade mostrada por “Nêgo” chama a atenção de Edgar Barreto, fundador da CenaUnderground, de Colombo, um dos nomes mais lembrados da região de Curitiba quando o assunto a cultura hip hop. “O hip hop ainda é criminalizado. Fica difícil conseguir patrocínios. Espetáculos como esse, num evento como o Festival de Teatro de Curitiba, validam a cultura da periferia e chamam a atenção do público para essas situações”, diz.
Luiz Gustavo Cilho, produtor e compositor, ligado ao rap desde o ano 2000, observa que a cena local do gênero precisa ser tratada com ainda mais profissionalismo, pois há muitos talentos nela. “Só vi evolução desde então, e não podemos parar por aqui, tudo que tenho hoje é por causa do Rap e da Música”, diz. Sobre “Dias de Luta, Dias de Glória”, observa que a obra de Chorão é imortal. “Chorão e Charlie Brown Jr. marcaram uma geração, tanto em suas letras críticas quanto sobre vivências e histórias. Lembro quando ouvi a primeira vez o som Aqui Ninguém Vale Um Vintém e a track era alucinante. Uma pena ter acontecido o que aconteceu com ele, tenho certeza que muita gente ficou triste e de luto, tanto por ele e em seguida com o Champignom. Ele merece sim toda e qualquer homenagem. Ele infelizmente não está mais nesse plano, mas sua obra é imortal.”
Marcelo Gaúcho, mais conhecido como Gaúcho Lado Trilho – Lado Trilho é o nome do grupo de que faz parte, ao lado do irmão Midjey -, observa o crescimento do movimento Hip Hop e a importância da presença dos dois espetáculos na Mostra para a cena curitibana. “Comecei a me envolver diretamente com o movimento hip hop em 2008 e daí pra frente vi que aconteceu uma grande evolução no meio. Curitiba já é vista como uma grande referência do rap nacional”, diz. “Surgiram várias pessoas lutando e batalhando pela nossa cultura, ainda que com toda dificuldade. Hoje queremos representar nosso movimento hip hop de Curitiba, através do rap, do break, dos DJs e do grafite.”
Quando nossa vida está prestes acabar, é como se um filme passasse na nossa cabeça. Como se tudo o que vivemos surgisse do nada para nos atormentar. Alexandre Magno Abrão, mais conhecido como Chorão, encontra-se perdido antes de ter uma overdose em seu apartamento em Pinheiros. Num frenético flashback, revisita sua trajetória, desde a sua ida a Santos até o inicio da carreira de sucesso. No palco, 25 atores e 10 músicos dividirão espaço com uma pista de skate.
No Brasil, quem mais morre – e se morre muito, violentamente – são os jovens negros. A morte tem uma cor predominante neste país. Tudo preto. É certo: os dançarinos da Companhia Urbana de Dança hoje são ponto fora da curva dessa estatística dolorosa, no entanto, não deixaram de ser o que são nesse processo que os tirou da frente da linha de tiro. Ser negro, jovem, pobre e dançar com talento e ousadia tem a ver com resiliência. No espetáculo, corporeidades distintas dialogam, encontram-se, colidem em corpos que falam da violência e da possibilidade de uma nova escrita com histórias construídas fora das ruas estreitas da cidade.
Dias 01 e 02 de abril, Teatro Positivo Grande Auditório
Dias 28 e 29 de março, Teatro Guaíra
Crédito: Luis Franca
Data de Lançamento: 15 de agosto
Princesa Adormecida é um longa dirigido por Claudio Boeckel e trata-se da segunda adaptação dos livros Princesas Modernas, de Paula Pimenta (Cinderela Pop). A trama irá conta sobre Rosa (Pietra Quintela), uma adolescente, que assim como qualquer outra, sonha em ter a sua liberdade e independência. No entanto, essa conquista fica sendo apenas um sonho, uma vez que seus três tios que a criaram como uma filha, Florindo (Aramis Trindade), Fausto (Claudio Mendes) e Petrônio (René Stern), superprotegem a menina a todo custo, não permitindo que ela viva as experiências que a adolescência traz. Quando Rosa completa seus 15 anos, ela descobre que o mundo ao qual ela pertence, na verdade é um sonho, e o mundo com o qual ela sonhava, é a sua verdadeira realidade. Rosa é uma princesa de um país distante e, por isso, sua vida pode estar em perigo. Rosa é mais que uma simples jovem que vai à escola e se diverte com sua melhor amiga e troca mensagens com o seu crush. Um mistério do passado volta à tona e uma vilã vingativa coloca sua vida em perigo.
Data de Lançamento: 15 de agosto
Dirigido por Fede Álvarez, Alien: Romulus é um thriller de ficção científica que retorna às raízes da franquia de sucesso Alien, o 8º Passageiro (1979). Ambientado entre os eventos do filme de 1979 e Aliens, O Resgate (1986), a trama acompanha um grupo de jovens colonizadores espaciais que se aventuram nas profundezas de uma estação espacial abandonada. Lá, eles descobrem uma forma de vida aterrorizante, forçando-os a lutar desesperadamente por sua sobrevivência. O elenco inclui Cailee Spaeny, David Jonsson, Archie Renaux e Isabela Merced. A produção é assinada por Ridley Scott, enquanto o roteiro é de autoria do próprio Álvarez, baseado nos personagens criados por Dan O’Bannon e Ronald Shusett. Com essa nova abordagem, o filme busca resgatar a atmosfera claustrofóbica e o terror psicológico que consagraram a franquia, prometendo agradar tanto aos fãs antigos quanto aos novos espectadores.
Data de Lançamento: 15 de agosto
Meu Filho, Nosso Mundo, longa dramático do renomado diretor Tony Goldwyn, irá acompanhar o comediante de stand-up, com casamento e carreira falidos, Max Bernal (Bobby Cannavale) e por conta dessas complicações da sua vida, ele convive com o seu pai, Stan (Robert De Niro). Max têm um filho de 11 anos, chamado Ezra (William A. Fitzgerald), junto com a sua ex-esposa, Jenna (Rose Byrne), com quem vive brigando sobre a melhor maneira de criar o menino, uma vez que o mesmo é diagnosticado com o espectro autista. Cansado de ser forçado a confrontar decisões difíceis sobre o futuro do filho e decidido a mudar o rumo do jogo, Max parte com Ezra em uma viagem de carro cross-country para encontrar um lugar onde possam ser felizes, algo que resulta em um impacto transcendente em suas vidas e na relação íntima de pai e filho.
Data de Lançamento: 15 de agosto
Protagonizado por Haley Bennett e dirigido por Thomas Napper, o A Viúva Clicquot apresenta a história de Barbe-Nicole Ponsardin – uma viúva de 27 anos que depois da morte prematura do marido – desrespeita as convenções legais e assume os negócios de vinho que mantinham juntos. Sem apoio, ela passa a conduzir a empresa e a tomar decisões políticas e financeiras desafiando todos os críticos da época ao mesmo tempo em que revolucionava a indústria de Champagne ao se tornar uma das primeiras empresárias do ramo no mundo. Hoje, a marca Veuve Clicquot é uma das mais reconhecidas e premiadas do setor e sua ousadia já a sustenta por 250 anos de história.