Por Adriane Perin – Agência de Notícias do Festival de Curitiba
Mariano e Roberta formam um casal sessentão desgastado pela mesmice da rotina que decide pela separação, mas a vida insiste em devolver um ao outro. Este é o enredo da comédia Intimidade Indecente, estrelada por Marcos Caruso e Eliane Giardini, que fará sessão dupla no Guairão, neste domingo, 2 de abril, às 16h e 18h, dentro da programação do Festival de Curitiba.
Centrada basicamente na atuação dos atores, a peça tem praticamente nada de cenário e os dois não saem de cena, não trocam figurinos, tampouco usam maquiagem para o envelhecimento necessário para contar a história do casal ao longo de 40 anos. Sucesso em Portugal, São Paulo e Rio de Janeiro, o trabalho dirigido por Guilherme Leme Garcia, parte do texto de Leilah Assumpção para tocar plateias de todas as idades.
Para Caruso, que participou em outra montagem 20 anos atrás, trata-se de um texto clássico, atual em qualquer época, porque fala de amor, confiança, amizade e respeito, temas que acertam em cheio as pessoas, independente de idade. “O jovem se emociona porque passa um filme na cabeça. Ele vê o futuro deles, o presente dos pais e o passado dos avós”, observa. “Já os mais velhos riem muito, porque percebem que tudo que passou na vida deles os trouxe àquele momento”, completa.
Ao lado de Eliane Giardini pela primeira vez no palco, num repeteco do sucesso como Leleco e Muricy da novela Avenida Brasil, ele diz que se trata de um namoro profissional de anos, com ambos “se prometendo” fazer algo juntos. O encontro na tv os fez perceber uma química que os uniu ainda mais. “A gente se entendia pelo olhar e nos demos conta que o teatro nos esperava”.
foto: Flávia Espírito Santo
“Foi um grande encontro, espero que pro resto de nossas vidas, porque é uma afinidade muito grande em cena e fora dela. Caruso é um grande ator, tenho aprendido e me divertido muito com ele. Creio que será uma temporada bem longa – e espero que seja, mesmo!”, completa Eliane, que faz coro com o parceiro também sobre a peça. “Entretenimento da maior qualidade. As pessoas se projetam muito nas questões de relacionamentos, traição e de falta de entendimento de ambas as partes, tudo muito comum em qualquer idade”, observa ela.
Um simpático Caruso achou tempo entre as gravações para atender a reportagem e fez questão que a conversa fosse por vídeo.
O teatro tem uma “quentura”, digamos assim, diferente da televisão, onde você e Eliane se encontraram antes…
Televisão te dá possibilidade de exercitar muitas ferramentas. Tem que ter memória, disponibilidade grande e é uma obra aberta. É drama hoje, comédia amanhã. Mas, em uma novela o trabalho é mais horizontal, não verticaliza tanto. No teatro tem a repetição diária – que não se repete, na verdade. Fazer todos os dias a mesma coisa é uma maneira de descobrir outras possibilidades que o personagem nos dá. E nessa peça, nosso trabalho de aprofundamento é completo, porque começamos com 60 e poucos anos e terminamos com quase 100 anos. E, para isso, vamos buscar também elementos do nosso DNA, não envelhecemos apenas no palco, envelhecemos como envelheceram nossos pais e avós. Não só o público nos vê envelhecer, nós nos vemos envelhecer, na voz, no gestual, nas manias. E aí tenho a chance de um autoconhecimento muito forte. Estou com 70 anos, quando tiver 80, já sei mais ou menos o que vai acontecer: minha curvatura de coluna será maior, a memória será diferente. É uma experiência fantástica.
Você participou da montagem anterior. O que dizer sobre o Mariano de 20 anos atrás e o de agora?
Fiz a primeira vez aos 50 anos, hoje tenho 70. Meu pai tinha 70 anos e eu envelhecia no palco dos 50 aos 80. Não tinha a experiência de alguém da minha família com 80 anos, todos tinham morrido. Hoje, meu Mariano começa com 60 e chega aos 90. Ele chegou na idade do meu pai, que foi embora com 98 anos. Então, agora, tenho a memória de velho da minha família. E me vejo, tantas vezes, fazendo coisas hoje que não fazia 20 anos atrás, por não ter essa referência. Claro, eu posso fazer um velho de 160 anos, se for preciso. Mas, imagino como seria. Neste caso, eu vi alguém próximo até mais de 80 anos e isso muda a interpretação.
Sobre o papel da direção neste espetáculo, que é basicamente o trabalho do ator em cena?
Nós consideramos que a direção é do Guilherme e do (Toni) Rodrigues, preparador corporal, que é importantíssimo. A direção dos dois imprime uma concepção estética minimalista sem nenhum objeto, em cena, nenhum recurso como muleta. É um sofá e dois atores. Não tem um copo, não tem bala, cachecol… nada. Nós estamos sozinhos conosco, e isso, como exercício de ator, é fenomenal. Em se tratando de um festival, acho que a concepção deste espetáculo serve muito para que os atores, especialmente, se vejam. Quando encontro um colega e ele diz vou te ver amanhã, eu falo: “não, se veja, amanhã”. Porque é o que todo ator almeja, eu acho, estar sozinho no palco, usando só os recursos corporais e vocais para criação de um personagem.
Quando: 02 de abril de 2023 (domingo)
Onde: Teatro Guaíra (Praça Santos Andrade, s/n)
Horário: 16h e 18h
Quanto: R$ 40 e R$ 80
Vendas: www.festivaldecuritiba.com.br e na bilheteria física exclusiva do Shopping Mueller (piso L3)
Data de Lançamento: 27 de junho
Divertidamente 2 marca a sequência da famosa história de Riley (Kaitlyn Dias). Com um salto temporal, a garota agora se encontra mais velha, com 13 anos de idade, passando pela tão temida pré-adolescência. Junto com o amadurecimento, a sala de controle mental da jovem também está passando por uma demolição para dar lugar a algo totalmente inesperado: novas emoções. As já conhecidas, Alegria (Amy Poehler), Tristeza (Phyllis Smith), Raiva (Lewis Black), Medo (Tony Hale) e Nojinho (Liza Lapira), que desde quando Riley é bebê, eles predominam a central de controle da garota em uma operação bem-sucedida, tendo algumas falhas no percurso como foi apresentado no primeiro filme. As antigas emoções não têm certeza de como se sentir e com agir quando novos inquilinos chegam ao local, sendo um deles a tão temida Ansiedade (Maya Hawke). Inveja (Ayo Edebiri), Tédio (Adèle Exarchopoulos) e Vergonha (Paul Walter Hauser) integrarão juntos com a Ansiedade na mente de Riley, assim como a Nostalgia (June Squibb) que aparecerá também.
Data de Lançamento: 04 de julho
Ainda Temos o Amanhã situa-se na Itália, em uma Roma do pós-guerra dos anos 1940. Dividida entre o otimismo da libertação e as misérias, está Delia (Paola Cortellesi), uma mulher dedicada, esposa de Ivano (Valério Mastandrea) e mãe de três filhos. Esses são os papéis que a definem e ela está satisfeita com isso. Enquanto seu marido Ivano age como o chefe autoritário da família, Delia encontra consolo em sua amiga Marisa (Emanuela Fanelli). A família se prepara para o noivado da filha mais velha, Marcella (Romana Maggiora Vergano), que vê no casamento uma saída para uma vida melhor. Delia recebe uma dose de coragem extra para quebrar os padrões familiares tradicionais e aspira a um futuro diferente, talvez até encontrar a sua própria liberdade. Tudo isso após a mesma receber uma carta misteriosa. Entre segredos e reviravoltas, este drama emocionante explora o poder do amor e da escolha em tempos difíceis.
Data de Lançamento: 04 de julho
Entrevista com o Demônio é um longa-metragem de terror que conta sobre o apresentador de um programa de televisão dos anos 70, Jack Delroy (David Dastmalchian), que está tentando recuperar a audiência do seu programa, resultado da sua desmotivação com o trabalho após a trágica morte de sua esposa. Desesperado por recuperar o seu sucesso de volta, Jack planeja um especial de Halloween de 1977 prometendo e com esperanças de ser inesquecível. Mas, o que era para ser uma noite de diversão, transformou-se em um pesadelo ao vivo. O que ele não imaginava é que está prestes a desencadear forças malignas que ameaçam a sua vida e a de todos os envolvidos no programa, quando ele recebe em seu programa uma parapsicóloga (Laura Gordon) para mostrar o seu mais recente livro que mostra a única jovem sobrevivente de um suicídio em massa dentro de uma igreja satã, Lilly D’Abo (Ingrid Torelli). A partir desse fato, o terror na vida de Jack Delroy foi instaurado. Entrevista com o Demônio entra em temas complexos como a fama, culto à personalidade e o impacto que a tecnologia pode causar, tudo isso em um ambiente sobrenatural.
https://www.youtube.com/watch?v=JITy3yQ0erg&ab_channel=SpaceTrailers
Data de Lançamento: 04 de julho
Nesta sequência, o vilão mais amado do planeta, que virou agente da Liga Antivilões, retorna para mais uma aventura em Meu Malvado Favorito 4. Agora, Gru (Leandro Hassum), Lucy (Maria Clara Gueiros), Margo (Bruna Laynes), Edith (Ana Elena Bittencourt) e Agnes (Pamella Rodrigues) dão as boas-vindas a um novo membro da família: Gru Jr., que pretende atormentar seu pai. Enquanto se adapta com o pequeno, Gru enfrenta um novo inimigo, Maxime Le Mal (Jorge Lucas) que acaba de fugir da prisão e agora ameaça a segurança de todos, forçando sua namorada mulher-fatal Valentina (Angélica Borges) e a família a fugir do perigo. Em outra cidade, as meninas tentam se adaptar ao novo colégio e Valentina incentiva Gru a tentar viver uma vida mais simples, longe das aventuras perigosas que fez durante quase toda a vida. Neste meio tempo, eles também conhecem Poppy (Lorena Queiroz), uma surpreendente aspirante à vilã e os minions dão o toque que faltava para essa nova fase.