A evolução dos filmes de terror

Os filmes de terror começaram a ser mais produzidos e divulgados lá pelos anos 20, porém eram mais voltados para arte, através das trilhas sonoras com músicas clássicas, do que para sustos. Os mais famosos dessa época foram: “O gabinete do Dr. Caligari”, “Nosferatu” e “Fausto”.

ANOS 30 – vieram o “Drácula”, “Frankenstein”, “King Kong”, “O Lobisomem de Londres” e vários outros, todos voltados para o poder masculino sobre mulheres indefesas, lendas e histórias europeias e a busca de cientistas loucos pelo poder.

ANOS 40 – continuam os filmes de vampiros, lobisomens e monstros e agora os fantasmas começam a entrarem em cena. O que mais se destacou foi “ O Retrato de Dorian Gray”, que levou o Oscar de melhor fotografia.

ANOS 50 – foram marcados por tudo que pode ter em filmes de terror: vampiros, lobisomens, monstros, fantasmas, demônios, assassinos, zumbis, animais, alienígenas… O medo é mais voltado para anomalias genéticas, pessoas com características de monstros e animais maiores do que deveriam ser.

ANOS 60 – surgem os clássicos: “O bebê de Rosemary”, “Psicose”, “A noite dos mortos-vivos” e “Pássaros”, os sustos começam a ser mais reais.

ANOS 70 – os filmes do “Exorcista” são lançados e o medo realmente começa. Também aparecem os assassinos misteriosos como o Jason e Michael Myers em “O massacre da serra elétrica” e “Halloween”. Também é lançado “Tubarão”, “Alien” e “Carrie a estranha”. É a década que começam as grandes referências cinematográficas.

ANOS 80 – surgiram os melhores filmes de terror, pelo menos até o momento. “O Iluminado”, “Poltergeist”, vários da franquia “A hora do pesadelo” e “Sexta-Feira 13”, o primeiro “Brinquedo Assassino”. O tema central da maioria dos filmes de terror dessa época são famílias desestruturadas com pessoas perturbadas mentalmente que se tornam assassinos. E isso faz com que muita gente se questione sobre a possibilidade de se tornar uma vítima, pois as histórias estão cada vez mais próximas da realidade.

ANOS 90 – não teve muitas novidades, vários filmes tiveram suas infinitas continuações,  vários filmes trash e os melhores foram: “Eu sei o que vocês fizeram no verão passado” e “O Silêncio dos Inocentes” que até levou o Oscar de melhor filme.

Até aqui os filmes de terror eram divididos em poucas categorias. Tinham os com pessoas perturbadas mentalmente que se tornavam assassinos. Os com fantasmas, os com pessoas com características de animais, os com animais assassinos e os de possessão. Tudo muito tranquilo, apesar dos sustos.

ANOS 2000 – os filmes passaram a ser mais próximos da realidade, como “Premonição” que evidencia a proximidade da morte a qualquer momento de qualquer jeito sem que possamos evitá-la. Teve também os sobrenaturais baseados em fatos reais de casos bizarros que aconteceram em algum lugar do mundo como “O grito” e “Atividade Paranormal”. Os sobre fantasmas em casas antigas, como “Os Outros”. Os de tortura sádica como “Jogos mortais” e Os de abdução como “Contatos de 4° grau”.

CURIOSIDADES: em todas as décadas, a partir dos anos 30, foram produzidos pelo menos um filme do Drácula e outro do Frankenstein.

A cada ano, a partir dos anos 2000, são lançados, mais ou menos, 50 filmes de terror, o que antes era lançado em uma década. Vários são franquias ou refilmagens, a maioria ruim.

Até agora apenas um filme conseguiu levar o Oscar de melhor filme, “O silêncio dos Inocentes”.

Os filmes de terror, assim como o que causa medo, mudam de tempos em tempos. Mas o elemento que está presente em todos os filmes é a impotência, falta de controle, das vítimas. Isso é o que mais assusta as pessoas. Falta de controle sobre si, sobre a morte, sobre os outros e sobre as coisas e o poder nas mãos de outro ou de algo.

POR QUE GOSTAMOS DE SENTIR MEDO?

Quando nosso cérebro percebe uma ameaça, mesmo que seja em um filme, o circuito do medo entra em ação. É liberado hormônios e neurotransmissores para nos defender. Dopamina, endorfina e adrenalina vão para o sangue, preparando o corpo para a reação. Quando percebemos que o perigo não existe mais, o cérebro suspende a produção dessas substâncias, então sentimos prazer e calma por causa da alta da dopamina.

Por Luiza Franco
01/09/2016 12h28