Entrevista: Silva

Os últimos acordes de “Janeiro” tocam, Silva agradece ao público curitibano e deixa o palco das Ruínas de São Francisco. Diferente da maioria dos artistas, ele nem parece ter saído de um show de mais de uma hora: sem uma gota de suor no rosto, ele não expressa cansaço. Sorri, cumprimenta todos que estão à sua espera e aceita conceder uma entrevista ao Curitiba Cult.

Confira a nossa conversa:

Você acabou de terminar seu primeiro show aqui. O que está sentindo?
Eu estava ansioso porque nunca tinha vindo para cá, Curitiba é o lugar mais ao sul que eu vim. O máximo foi São Paulo, então eu estava bem curioso para saber como seria o show, como que a galera iria responder.

Pois é, chegou a ter um Queremos! aqui para te chamar e não rolou.
Foi um dos motivos que eu pensei “ah, a galera nem deve me conhecer lá em Curitiba”. Lembro que eu postei na internet que ia tocar aqui e todo mundo ficou animado, então achei que teria pelo menos meia dúzia de pessoas. E adorei a vibe, adorei o espaço que a gente tocou porque dá para ver o pessoal, ver todo mundo sentado curtindo o show. Achei incrível, superou todas as minhas expectativas.

E como está indo a turnê?
Teve uma quebrada porque eu fui pro Japão por causa de um evento e a gente teve que parar, agora que estou voltando. Em janeiro vai mudar um pouco, fica tudo mais lento, mas fechamos coisas muito legais para o ano que vem. Vou tocar em Salvador na época do Carnaval, em lugares que eu nem imaginava. Só devo lançar disco novo final do ano que vem, porque agora quero aproveitar os dois primeiros, que foi tudo tão rápido, um atrás do outro.

O último disco, Vista Pro Mar, fala muito de amor. São músicas para uma pessoa em especial?
Pergunta boa… Eu componho com o meu irmão e ele é super poeta, escreve letras com muita facilidade. Eu escrevo, mas ralo mais para conseguir. Na época do Vista Pro Mar ele tinha acabado de se divorciar depois de um casamento de sete anos. O disco fala muito de amor, mas que era uma coisa que ele estava querendo. Ele estava solteiro, eu também, então a gente estava na bad, mas não queríamos fazer um disco triste, chorando as mágoas. A gente quis fazer um disco alegre e falar do mar, de amor, de um dia ter uma pessoa que você ama. Não foi para alguém, mas para a vontade de ter alguém.

Por Mariana Macedo
21/11/2014 18h04