O Brasil viveu anos nebulosos em relação a tudo que envolveu cultura e políticas públicas. Com o fim do Ministério da Cultura, em 2018, e com a disseminação das fake news, especialmente sobre leia de incentivo como a Lei Rouanet, parece que o país retorna – a passos lentos – a seus tempos de glória.
Prova disso é a plataforma inédita de mensuração do PIB (Produto Interno Bruto) da Economia da Cultura e Indústrias Criativas (ECIC) no Brasil, lançada nesta segunda-feira (10), pelo Observatório Itaú Cultural.
O novo indicador aponta que o segmento respondeu por 3,11% das riquezas geradas no país em 2020, o que equivale a R$ 230,14 bilhões dos R$ 7,4 trilhões movimentados pela economia no período.
Para se ter uma ideia da magnitude da participação, em 2020 o setor automotivo respondeu por 2,1% do PIB (dado IBGE), um ponto percentual a menos que a cultura e as indústrias criativas no mesmo intervalo.
Engana-se quem acha que, quando se fala da Economia da Cultura e Indústrias Criativas (ECIC), apenas se faz referência a shows e teatros. A área é maior do que se possa imaginar.
Nos dados lançados pelo Observatório Itaú Cultural, os setores criativos reúnem moda, atividades artesanais, indústria editorial, cinema, rádio e TV, música, desenvolvimento de software e jogos digitais, serviços de tecnologia da informação dedicados ao campo criativo, arquitetura, publicidade e serviços empresariais, design, artes cênicas, artes visuais, museus e patrimônio.
A nova metodologia permite avaliar de forma estruturada como os setores criativos contribuem para a economia brasileira.
Segundo o boletim de mercado de trabalho do Observatório Itaú Cultural, a cultura e a economia criativa responderam por 7,4 milhões dos empregos formais e informais no Brasil em 2022 (dados do quarto trimestre), o que equivale a 7% do total dos trabalhadores da economia brasileira. O número é 4% maior que o verificado em 2021. Só no ano passado, a cultura e a economia criativa geraram 308,7 mil novos postos de trabalho no país.
O PIB da Economia da Cultura e das Indústrias Criativas do Observatório Itaú Cultural foi elaborado principalmente a partir do critério de renda, o que engloba massa salarial, massa de lucros e outros rendimentos obtidos por empresas e indivíduos no país.
A metodologia foi desenvolvida por um grupo de pesquisadores, liderado por Leandro Valiati, professor e pesquisador da University of Manchester, no Reino Unido, e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). O indicador seguirá em constante aprimoramento.
“Temos sempre que lembrar que pesquisas estão sempre um passo atrás da sociedade”, comenta Leandro Valiati, ao reforçar que os dados divulgados mudam o tempo todo e o trabalho nunca termina. O professor ainda reforça: “Quando o assunto é pesquisa, muitos dados deixam de fazer parte por vazamentos, pela falta deles ou até pela maneira como a sociedade vem vivendo, e isso é muito evidente pós-período pandêmico”.
Como algumas bases de dados não foram totalmente atualizadas em relação a 2021 e 2022, o primeiro levantamento do PIB da cultura do Observatório Itaú Cultural só conseguiu determinar o valor da geração de riquezas produzido pela cultura e indústrias criativas até 2020.
Os estudos lançados pelo Observatório somam-se às divulgações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “A gente bebe dessa fonte e é a partir dessa interlocução que a gente chega a esses dados. É importante termos instituições de estado sólidas para gerar informações e evidências para termos mais ciência no nosso dia a dia”, reforça Eduardo Saron, presidente da Fundação Itaú.
Um dos pontos reforçados pelos pesquisadores e até pelo próprio Observatório Itaú é como a tecnologia vem ajudando no fomento da cultura e como os estados devem saber utilizar e divulgar isso aos cidadãos.
Segundo Leonardo, “hoje existe Spotify porque existe música, existe YouTube, porque tem quem grave vídeos para isso, é como se fosse um grande ecossistema”.
No estudo liberado pelo Observatório do Itaú é possível acompanhar dados dos estados, incluindo Paraná. Na pesquisa foi revelada que mesmo com a pandemia, em 2020, a Economia da Cultura e Indústrias Criativas (ECIC) rendaram ao Estado mais de R$ 28 bilhões em receita e certa de R$ 5,2 milhões em lucros. Além disso, o setor foi responsável por mais de 10 mil de empresas em todo o Paraná.
As categorias setoriais que compõem mais de 80% da quantidade de empresas criativas são Moda (38% do total), Publicidade e Serviços Empresariais (17%), Atividades Artesanais (10%), Demais Serviços de Tecnologia da Informação (9%) Desenvolvimento de Software e Jogos Digitais (9%).
Já no primeiro trimestre de 2022, o número de pessoas ocupadas na Economia da Cultura e Indústrias Criativas (ECIC) ultrapassou 430 mil pessoas, o que dá cerca de 7% do total de trabalhadores do estado.
O Observatório Itaú Cultural foi criado em 2006 com foco na gestão, na economia e nas políticas culturais, e promove, desde então, estudos e debates desses temas, estimulando a reflexão sobre a cultura em seus vários aspectos e analisando os indicadores nacionais.
“A gente não faz política pública, esse não é o nosso papel. A nossa missão é fomentar isso para que os estados procurem saber e investir nas pessoas; para que possam cruzar esses dados e permitir que pesquisadores, gestores públicos ou o próprio trabalhador da cultura possam ter mais subsídios, conhecimentos e possam reivindicar políticas aos seus setores”, comenta Leandro.
A atuação do observatório é ampliada com seminários, cursos, encontros e palestras; uma linha editorial de livros e da Revista Observatório, disponíveis gratuitamente na web; e a promoção de pesquisas sobre o campo cultural.
Data de Lançamento: 03 de outubro
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Data de Lançamento: 03 de outubro
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