Dungeons & Dragons – Honra Entre Rebeldes ganha o público no carisma

Foto: Paramount Pictures

O maior acerto de Dungeons & Dragons – Honra Entre Rebeldes foi escalar os dois atores mais carismáticos do cinema. Mesmo se o roteiro não fosse bom – o que não é – um filme com Chris Pine e Hugh Grant seria uma graça de assistir. Infelizmente nem tudo são flores e o longa dirigido por Jonathan M. Goldstein e John Francis Daley não soube construir uma ameaça real.

Em Dungeons & Dragons – Honra Entre Rebeldes, Edgin e Holga, interpretados por Chris Pine e Michelle Rodriguez, lideram uma trupe de ladrões, que mesmo vivendo a vida bandida, seguem um código de honra. Tudo isso muda quando em um “trabalho”, a dupla é capturada, deixando a filha de Edgin com Forge (Grant) e a feiticeira Sofina.

Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes - Michelle Rodriguez, Chris Pine, Justice Smith, Sophia Lillis

Foto: Paramount Pictures

O filme de fato é carregado pelo elenco, mesmo você não sendo convencido que alguém como Michelle Rodriguez se chamaria Holga. Até os menores personagens, como o mimo do personagem de Bradley Cooper, ganham destaque ao ponto que se tornam memoráveis.

Chris Pine, o homem da hora, consegue melhorar qualquer cena de qualquer filme que está escalado – como foi visto em Não Se Preocupe Querida. Mas em Dungeons & Dragons, o personagem do ator ressalta bem seus melhores vícios de atuação. Não tem como errar dando um himbo de bom coração nas mãos do eterno Nicholas Devereaux.

Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes - Chris Pine, Michelle Rodriguez

Foto: Paramount Pictures

Como aventura, o filme te convence que você faz parte da quest. Sendo em seu cerne um filme de assalto, a fotografia e a trilha sonora elevam o aspecto medieval sem transformar o mágico em pastelão – apesar das, as vezes excessivas, piadas ao longo do filme.

O roteiro é simples e um pouco piegas. Durante os estranhamente curtos 134 minutos, os escritores se dedicaram a criar um grupo de personagens que o público se importasse. Com sentimentos reais e relacionáveis, como insegurança e luto, cada integrante da equipe de Edgin conquista o coração da plateia ainda no primeiro ato.

Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes - Daisy Head

Foto: Paramount Pictures

Mesmo sendo quase perfeito, Dungeons & Dragons – Honra Entre Rebeldes não consegue convencer em sua vilania. A grande malfeitora Sofina, interpretada por Daisy Head, não tem uma motivação real. Até quem supostamente age através dela não parece ser mal além de poder ser. Infelizmente as escassas cenas envolvendo a motivação da “grande ameaça” do longa não convencem e são de longe a pior parte.

Os 90% de aprovação do filme no famigerado site de reviews são condizentes com o feito da produção. Afinal o filme tem de tudo: fan service, dragões, magia, planos em cima de planos e um urso-coruja.

Por Deyse Carvalho
12/04/2023 10h46

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