Volta e meia novas comédias românticas surgem nas telonas e sempre com a mesma temática. Um Amor de Vizinha que estréia nesta quinta (9) não foge do estilo, mas se diferencia pelo simples fato de ter em seus protagonistas atores mais velhos e não mais um casal jovem apaixonado.
O filme que conta com Michael Douglas e Diane Keaton no elenco mostra a história de Oren (Douglas), um corretor antipático que não se dá muito bem com ninguém e de uma hora para outra precisa se virar para cuidar de sua neta. Para isto ele conta com a ajuda de Leah (Keaton), sua vizinha e cantora de restaurante. A sinopse até lembra um pouco aqueles filmes clichês de comédia e é ai que pode surpreender para o bom ou ruim.
Um Amor de Vizinha se torna mais um drama com pitadas de comédia ao decorrer da 1h30 de duração. Uma reflexão sobre a vida aos seus 60 e poucos anos. Mas não apenas sobre isto e sim sobre perdas, perdão e convívio. O grande problema do filme que é dirigido por Rob Reiner, conhecido por Conta Comigo (1986) e Questão de Honra (1992) e que faz uma ponta como ator aqui, é de se perder exatamente na velha questão do clichê.
Enquanto a ideia de abordar mais a relação e problemas de Oren e Leah parecia ser a chave para o sucesso, Reiner acaba por dar espaço demasiado à situações e presenças desnecessárias. Exemplo como outros vizinhos e colegas de trabalho que em nada adicionam. Nota-se a tentativa de deixar o filme com um ar mais natural e sem sair da linha de conforto, o que acaba por deixar explícito o que acontecerá em quase todas as cenas e conseqüentemente no final também.
Por outro lado Diane Keaton se sai muito bem tanto no drama quanto na comédia. Sterling Jenis, de apenas 10 anos e que interpreta a neta de Oren, é outra que mostra um grande potencial e presença em cena. Já Michael Douglas parece até desconfortável no papel em certos momentos, mas se garante nas horas de galanteador e abusando do humor caricato e sarcástico.
Ponto forte
Exatamente a utilização de pessoas mais velhas para criar um romance, uma situação pouco usual em filmes. Obviamente que Diane Keaton e Michael Douglas dão uma força na produção que certamente não teria o mesmo poder com atores desconhecidos ou até retratando um casal mais jovem. Mostrar os problemas de perda, relação com filhos, amigos e trabalho é o que deixa o filme mais interessante e diferente.
Ponto fraco
O filme demora muito para começar de verdade, culminando até em um cansaço e desânimo do espectador. Além disto, a própria narração é lenta e atrapalhada por vários fatores que não se acertam na produção. Acaba valendo mais como um filme para passar o tempo do que algo para se aprofundar.
Nota: 5,0
Data de Lançamento: 03 de outubro
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Data de Lançamento: 03 de outubro
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