Crítica Transformers: “A Era da Extinção” e mais um pouco do mesmo

Já estamos no quarto filme dos Transformers e você gostando ou não deles terá que aturá-los por muito mais tempo ainda. A franquia já rendeu mais do que 3,5 bilhões de dólares e só nesse último capítulo os números chegam à casa do bilhão. Ou seja, com um lucro deste dá pra parar? Ou melhor, é necessário inovar? Na verdade algumas coisas até mudaram até aqui: Os atores para este quarto longa-metragem são novos e os subtítulos sempre são diferentes e pouco tem a ver com o que acontece. Talvez o grande mérito pela persistência no mesmo seja a do tetra-diretor Michael Bay, que vem desenvolvendo a trama desde os primórdios.

Nesta nova produção os atores principais são Mark Wahlberg, Nicola Peltz e Jack Raynor. O primeiro já é renomado, e os outros dois ainda jovens e uma aposta para o futuro. Wahlberg interpreta um inventor mal-sucedido (Cade Yeager) que luta para sustentar sua filha Tessa Yaeger (Peltz). Raynor aparece na metade e ganha destaque sendo o namorado dela chamado Shane. Um dia Cade descobre um caminhão que nada mais era do que Optimus Prime, líder dos Autobots, desencadeando assim uma trajetória de ocorrências devido ao plano governamental de extinguir os Transformers após os problemas acontecidos e retratados nos filmes anteriores. O que vemos a seguir é a típica história já conhecida da franquia e seu diretor, milhares de explosões, reviravoltas, perdas, possíveis derrotas e no fim tudo acaba bem dando gancho para uma nova sequência. Todos os Transformers estão de volta e até mesmo Megatron, mas em um corpo diferente. O filme é longo, são 2h45 e de muito cansaço visual e físico. É difícil agüentar tantas explosões e imagens fortes num 3D sem sentir uma dor nos olhos e de cabeça. O pior é pensar que o filme em si é para crianças, não tem razão fazer algo tão longo e forçar tanto nas imagens. Sobre os atores, todos se mostram um pouco desconfortáveis ainda no papel e com razão, pois não deve ser fácil atuar maior parte sozinho e esperar pela utilização do CGI. Wahlberg mantém no papel típico de cara durão e que resolve tudo. Nicola Peltz é a nova Megan Fox, jovem e desconhecida com corpo e rosto bonitos que agrada aos homens que vão ao cinema ver o filme ou com filhos ou com a namorada. Jack Raynor realmente pouco fez comparado ao destaque que foi lhe dado. Os gráficos são ótimos e de uma qualidade impecável, podiam ao menos reduzir o tamanho do filme e assim dar a chance de todos poderem aproveitar numa boa tudo que a tecnologia tem a oferecer.

Enfim é mais um Transformers, é a mesma coisa de sempre e mesmo sabendo o que acontece, cansando de tanta mesmice e sendo difícil de agüentar toda a duração imposta, o filme é fatal nas bilheterias. Todos querem ver no cinema e ainda esperam por alguma novidade, que não vem desde o primeiro que afinal de contas era “inédito”. Devemos apenas esperar os dois próximos longas que estão planejados com os mesmos atores / diretor e ver no que dá toda essa falta de criatividade e excesso gráfico.

Por Augusto Tortato
03/08/2014 23h45