Crítica – Terremoto – A Falha de San Andreas (San Andreas)

Os cinemas brasileiros ganham nesta quinta (28) um exemplar de filme catastrófico com a estreia de Terremoto – A Falha da San Andreas. A produção é dirigida por Brad Peyton, e conta com Dwayne Johnson, Carla Gugino, Alexandra Daddario e Paul Giamatti no elenco.

A trama acompanha Ray (Johnson), um ex-militar/bombeiro que atualmente trabalha como piloto de helicóptero de resgate, ele está se divorciando de sua mulher Emma (Gugino) e assim tendo que se separar da filha Blake (Daddario). Para piorar, nesse momento a falha de San Andreas começa a ceder e criando terremotos que destroem por completo a Califórnia. Com um helicóptero em mãos, Ray parte para salvar seus familiares e demais pessoas em perigo.

Filmes de catástrofe, apesar de serem bem populares, são pouco recorrentes por motivos como: orçamento caríssimo, excesso de efeitos especiais e similaridade coma vida real que assusta muita gente. Blockbusters recentes no estilo ficam entre o “2012” (2012) e “Presságio” (2009). Ou seja, a cada três anos surge um representante. Terremoto, porém, consegue se sair melhor que esses antecedentes muito devido a evolução dos efeitos e o carisma do protagonista.

O diretor Brad Peyton é um nome em formação ainda em Hollywood, tendo feito até aqui “Cães e Gatos 2” e “Viagem 2 – Ilha Misteriosa”, nesse último trabalhou junto do Dwayne. Peyton consegue criar extensas cenas de destruição de modo eficaz, criando momentos de tirar o fôlego e excelentes sequências de ação. Sabe aproveitar a força do protagonista para encaminhar a trama, mas peca em tumultuar o filme com muito melodrama em duração que beira duas horas.

Já não é de hoje que Dwayne Johnson tenta emplacar um filme de ação onde é o protagonista, foram várias tentativas falhas ao longo do ano e o momento pelo jeito chegou. O ator tenta de qualquer forma deixar de lado a fama de coadjuvante e de lutador de WWE (lugar que originou o apelido The Rock). E Terremoto cai muito bem pra ele, conseguindo exercer de forma satisfatória o lado heróico e salvador da pátria. Tem boas tiradas cômicas e momentos badass que todo mundo já conhece dele. Os outros atores pouco influenciam no andamento do filme, enquanto Daddario e Gugino formam o lado dramático, Giamatti entra como aquele cara que explica tudo o que está acontecendo ao espectador.

Ponto fraco

O excesso de dramaticidade desnecessária, pois um filme de catástrofe já é dramático por si só. Cargas emocionais, problemas familiares, personagens secundários, e outros problemas acabaram por transformar o filme em uma duração absurda de quase duas horas.

Ponto forte

A qualidade gráfica demonstrada. Todos os efeitos do terremoto são extremamente reais, parece até que aconteceram de verdade. Terremoto é um excelente entretenimento para todos, e uma boa oportunidade para aqueles que pretendem conhecer / experimentar o cinema 4D.

Nota: 7,5

Trailer – Terremoto – A Falha de San Andreas

Por Adalberto Juliatto
28/05/2015 18h37