Crítica – Ouija: O Jogo dos Espíritos (Ouija)

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Chegando aos cinemas brasileiros nesta quinta (11), o terror Ouija: O Jogo dos Espíritos segue a velha fórmula de pouca inovação no gênero. Com quase dois meses de atraso na estreia comparado aos Estados Unidos, lugar onde o filme lucrou alto nas bilheterias, Ouija surge no Brasil para ocupar a lacuna deixada por Annabelle.

Dirigido por Stiles White, que conta no currículo com bons filmes de terror como Possessão e O Pesadelo, além do interessante suspense Presságio. O elenco é jovem e quem leva destaque é a inglesa Olivia Cooke, conhecida pelo papel na série de TV “Bates Motel” e principalmente por sua atuação no terror recente “A Marca do Medo”.

O filme conta a história de cinco jovens que por meio do tabuleiro Ouija desejam obter respostas sobre a morte de uma amiga e acabam por libertar forças sobrenaturais. Pra quem não sabe, Ouija é um tabuleiro conhecido por conseguir gerar interações entre humanos e espíritos por meio de palavras e letras. Aqui ele serve como condutor principal de toda trama.

Mas nada disto é suficiente, o que vemos em cena são situações pra lá de cansativas e óbvias. As atuações não têm nada de convincente, não passando medo em nenhuma situação. O suspense simplesmente não existe, já que as cenas são rápidas e mal explicadas. A trama principal é interessante (utilizar o jogo para se comunicar com um amigo morto), porém mal encaminhada.

Desde o grande alvoroço causado por Atividade Paranormal, alguns anos atrás, o número de filmes de terror vem crescendo absurdamente e se tornando algo bem lucrativo, principalmente pelo baixo custo de produção. O grande problema é que tamanho excesso de produções veio acompanhado de uma falta de qualidade absurda, onde todos apostam no básico e esquecem que o gênero precisa de inovações.

Ouija é mais um exemplo desta fraca safra que marcou 2014. Com poucas cenas de suspense, sustos mal colocados e mortes sem explicação. Trama encurtada e buscando caminhos óbvios, finalização fraca e aquela velha deixa para uma continuação desnecessária. Mais triste ainda é que as melhores cenas, se podem ser chamadas de melhores, aparecem no trailer.

Ponto forte

Ouija. Um objeto sempre presente nos filmes que envolvem espíritos e sobrenatural, mas que ainda não havia ganhado um destaque em grande escala. Uma pena ter sido mal utilizado. Pelo menos serve para aumentar sua “fama”.

Ponto fraco

É mais do mesmo. Quem gosta de ver filmes de terror, amantes do gênero e até mesmo os que assistem para levar alguns sustos vão sair da sala com a sensação de que tudo aquilo já foi visto e provavelmente de forma melhor executada.

Nota: 3,5

Trailer – Ouija: O Jogo dos Espíritos (Ouija)

Por Adalberto Juliatto
11/12/2014 11h07