Crítica – Missão Impossível: Nação Secreta (Mission: Impossible – Rogue Nation)

Tom Cruise está de volta aos cinemas nesta quinta (13) com a chegada do mais novo Missão Impossível, quinto da franquia e que recebe o subtítulo Nação Secreta. Dirigido por Christopher McQuarrie, a trama acompanha novamente o agente Ethan Hunt (Cruise) que agora se depara frente a frente com uma organização secreta presente em vários crimes ao redor do mundo.

O comando do longa é bem iniciante e nem por isso deixa a desejar no encaminhamento geral. Christopher McQuarrie é o diretor e co-roteirista ao lado de Drew Pearce. Os dois contam com pouquíssima experiência no meio, sendo que Pearce trabalha pela primeira vez com roteiro. McQuarrie já dirigiu outro filme anteriormente, ‘Jack Reacher: o Último Tiro’ que é um excelente drama/ação e protagonizado pelo mesmo Tom Cruise. Aqui eles realizam um ótimo trabalho no roteiro, que em nenhum momento deixa a história cair ou em enrolação ou vazio e conseguindo manter certo mistério até o final. A direção é precisa em todas as cenas de ação, que são muitas (mais um crédito para os dois), totalmente realistas e no bom jogo de câmeras que variam em modo aberto e focado de acordo com a circunstância.

Em uma montanha-russa de qualidade cinematográfica nos últimos anos Tom Cruise se mostra agora no alto da boa atuação por duas produções seguidas, anteriormente protagonizou o muito bom ‘No Limite do Amanhã’. Nação Secreta mostrar um Ethan Hunt mais chato que o normal, insistente nos caminhos errados e que ao finalizar de tudo consegue sair por cima. Cruise coloca uma boa carga dramática e uma disposição física impressionante nas várias cenas de ações, as quais ele faz sem uso de dublê. Quem se destaca também é Ilsa interpretada por Rebecca Ferguson, pouco conhecida no cinema, e que exibe preparo na ação e uma atuação enigmática que nos deixa confuso de suas ambições. Simon Pegg já esteve presente em dois filmes anteriores da franquia, mas é aqui que Benji mostra presença em cena quando cria bons momentos cômicos e ganha espaço sendo um ótimo par para Hunt nas missões. Sean Harris é um ótimo vilão para o longa, maquiavélico e uma frieza que impressiona. Jeremy Renner, Ving Rhames e Alec Baldwin não têm muito destaque e pouco são aproveitados, porém são peças interessantes em meio da trama.

Missão Impossível: Nação Secreta é o grande exemplar de um bom filme de ação, algo que está em falta nos últimos anos. Vemos muitos se rotularem de ação e no fim não passarem de algo que prioriza drama, muita história e aventura. A franquia MI é responsável pelo absurdo em tudo que faz e isso é uma marca deles que sempre agrada, aqui não é diferente. Esse quinto capitulo é facilmente o mais surpreendente de todos, muito bem regulado em todas as tentativas e acertando quase que inteiramente.

Ponto forte

Funciona como um capítulo isolado. O antecessor foi lançado há quatro anos, em 2011, e não é um problema, pois as tramas aqui acontecem de forma que não é preciso saber todos os filmes de cabeça para acompanhar tranquilamente.

Ponto fraco

O tal do Sindicato. É a organização secreta que assombra Hunt, porém em nenhum momento temos um aprofundamento bem feito deles. Sean Harris funciona excelentemente bem como o rosto deles, só que parece que a tamanha conspiração existente nunca passou de planos mirabolantes do personagem de Harris.

Nota: 8,0

Trailer – Missão Impossível: Nação Secreta

Por Adalberto Juliatto
13/08/2015 12h46