Após muita polêmica, A Entrevista chega aos cinemas brasileiros nesta quinta (29). Tal filme ganhou todas as manchetes no final de 2014 devido a uma censura imposta pela Sony, empresa responsável pela distribuição. Tudo pela razão do filme ofender o ditador norte-coreano Kim Jong-Un e de possíveis ameaças da própria Coréia da Norte contra a distribuidora. No fim, depois de muitos protestos contra a censura, tudo se acalmou. O filme acabou sendo lançado e comprovou ser muito alarde para pouca coisa.
A direção é de Evan Goldberg e Seth Rogen, com o próprio Seth Rogen e James Franco nos papéis principais. Lizzy Caplan e Randall Park completam o elenco. O enredo é sobre um apresentador de TV chamado Dave Skylark (Franco), dono de um programa famoso nos EUA que conta com Aaron Rapaport (Rogen) como produtor. Um dia descobrem que Kim Jong-Un (Randall Park) é um grande fã e decidem entrevistá-lo, então a CIA, representada por Caplan, entra em jogo com um plano para assassinar o líder norte-coreano.
Rogen e Goldberg já são conhecidos no negócio de dirigir filmes após “É o Fim”, no qual trabalharam juntos. Mas a parceria é muito mais antiga e se estende por bem dizer todos os filmes do ator, já que Goldberg escreveu a maioria deles. O mesmo se diz de Rogen e Franco, grandes amigos na vida real e parceiros em atuações conjuntas: “Segurando as Pontas” e “É o Fim”. A Entrevista é mais um exemplo desse “trabalho em família”, porém é certamente o mais fraco de todos.
Tão mirabolante quanto a história é a própria sequência de cenas da produção. Tudo começa com uma menina cantando um suposto hino do país oriental que prega a morte lenta e dolorosa aos americanos. Em seguida já temos Skylark em cena com o programa, um tipo de entrevista de fofocas para revelar situações inesperadas de convidados como Eminem assumindo homossexualidade e Rob Lowe mostrando que é careca.
Dilemas internos como necessidade de audiência e a preocupação do produtor em trabalhar com algo fora do ramo jornalístico surgem para ocupar espaço. E aí começam a surgir situações que encaminham para a ideia de ir à Coréia do Norte e a aparição da CIA. A escolha de Caplan não tem lógica alguma e a atuação dela é facilmente a pior do filme. Já na Coréia as coisas não melhoram com excesso de referências ao ânus e até mesmo briga com tigres. A imagem do ditador acaba sendo mal utilizada devido à infantilização feita do próprio.
Existem problemas em todos os cantos e que acabam acarretando a um problema maior, que é o próprio filme. Os diretores não souberam administrar o tempo e as propostas, colocando cenas sobre cenas e não chegando a lugar algum. Não existe algo que prenda a atenção do espectador, mesmo sendo algo pouco necessário em comédias, aqui o humor se faz com piadas aleatórias e sempre com teor infantil, bobo ou preconceituoso.
Não se pode dizer que o filme não diverte, e sim que é um humor escrachado ao extremo e que não tem medo de parecer ridículo. Tudo é muito previsível e as atuações forçadas não ajudam, talvez Randall Park surpreenda com boas cenas na pele do ditador. Lidar com comédia não é fácil, A Entrevista serve como um entretenimento sem pretensão alguma.
Ponto forte
Obviamente é a força dos nomes de Seth Rogen e James Franco que tentam assumir toda a responsabilidade da trama. Quem gosta dos outros filmes de comédia da dupla pode se divertir aqui também.
Ponto fraco
Todo o alvoroço criado pra cima de A Entrevista gerou uma expectativa gigantesca para com o filme e isso é péssimo. Principalmente porque passa longe de ser uma obra-prima e provavelmente vai decepcionar.
Nota: 4,0
Data de Lançamento: 03 de outubro
Em Monster Summer, dirigido por David Henrie, é uma aventura de terror e mistério que vai trazer a narrativa de uma Noah (Mason Thames) e seus amigos que, após uma força misteriosa começa a atrapalhar a diversão de virão do grupo, eles se unem a um detetive policial aposentado, o Gene (Mel Gibson), para que juntos possam embarcar em uma emocionante aventura com a intenção de salvar sua ilha, que até então era calma e pacífica.
Data de Lançamento: 03 de outubro
Em Coringa 2, acompanhamos a sequência do longa sobre Arthur Fleck (Joaquin Phoenix), que trabalhava como palhaço para uma agência de talentos e precisou lidar desde sempre com seus problemas mentais. Vindo de uma origem familiar complicada, sua personalidade nada convencional o fez ser demitido do emprego, e, numa reação a essa e tantas outras infelicidades em sua vida, ele assumiu uma postura violenta – e se tornou o Coringa. A continuação se passa depois dos acontecimentos do filme de 2019, após ser iniciado um movimento popular contra a elite de Gotham City, revolução esta, que teve o Coringa como seu maior representante.