Estreia nesta quinta (26) nos cinemas brasileiros mais uma superprodução da Disney, seguindo a ideia de refazer grandes contos em live-action, e o nome da vez é Cinderela. Dirigido por Kenneth Branagh, o elenco é formado com Lily James, Cate Blanchett, Richard Madden e Helena Bonham Carter.
Cinderela não é o primeiro e nem será o último desta nova leva de adaptações de animações/contos que fizeram sucesso no passado e agora ganham versões na “forma humana”. Só da própria Disney, já é o terceiro, antes vieram “Alice no Pais das Maravilhas” em 2010 e “Malévola” em 2014. Agendado para 2016 está uma continuação de Alice, enquanto 2017 será o ano de “A Bela e a Fera”, além de existir um projeto sem data definida para “Dumbo”.
Em Cinderela, não temos nenhuma distorção no contar da história ou mudanças drásticas no foco principal. Diferente do visual maluco e efeitos exagerados de Alice, e da inversão de papéis na história da Bela Adormecia em Malévola, esta passagem de Cinderela ocorreu de forma totalmente natural e conseguindo seguir todos os passos que nos foram apresentados lá na animação de 1950.
Boa presença do diretor Kenneth Branagh, conhecido pelos recentes “Jack Ryan” e “Thor”, que manteve a essência. É nítida a igualdade das cenas ao desenho da década de 50, com planos que priorizam as expressões faciais dos personagens. Porém um grande diferencial e que pode desapontar aos fãs é a falta de cenas cantadas ao estilo musical, recorrentes na animação, e que na adaptação não aparecem em nenhum momento.
Talvez o grande acerto do filme seja o perfeito encaixe dos atores nos papéis. A desconhecida Lily James caiu direitinho no papel principal, com todo um toque meigo e até em excesso de inocência. Cate Blanchett faz jus ao nome com uma quase encarnação no papel de madrasta malvada. Popular pelo papel em “Game of Thrones”, Richard Madden consegue colocar em prática todo o ar simplista e até mesmo acatado do príncipe. Já Helena Bonham Carter tem duas funções: narrar de forma delicada e explicativa no encaminhar da trama e ser a fada madrinha em uma participação rápida, mas bem humorada – e obtém êxito.
Ponto forte
Aos mais saudosistas e amantes das animações clássicas da Disney, Cinderela é uma adaptação feita de forma brilhante sem corromper ou alterar qualquer fato do desenho que acompanha gerações desde os anos 50. Quase uma homenagem ao próprio.
Ponto fraco
Indo no caminho contrário, muitos podem acreditar que tal produção é simplesmente mais do mesmo. Se alguém esperava uma adaptação atualizada e repaginada, com brigas e efeitos especiais de primeira, algo nos moldes século XXI, sairá decepcionado. Ao mesmo tempo que tal fidelidade ao original seja algo excelente, pode desagradar aos que imaginavam uma nova história.
Nota: 7,5
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