Chegamos à metade do 6º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba. Confira algumas impressões sobre os filmes exibidos no festival durante o fim de semana:
Dirigido por Tatiana Chistova, #2 Convicções é um documentário que narra brevemente a trajetória de jovens que recém atingiram a idade para se apresentarem ao recrutamento do exército russo, mas que por razões pessoais não acreditam na instituição, e alegam que – como a própria lei russa garante – não desejam servir por conta de suas crenças religiosas ou convicções.
O filme oscila entre três narrativas mescladas: o julgamento de um jovem que não compareceu ao recrutamento e não justificou sua ausência, infringindo então a legislação russa e sendo processado pelo serviço militar; o processo de recrutamento de jovens que desejam ingressar no serviço militar; o processo de pedido de dispensa por parte de jovens com convicções contrárias à instituição.
Na primeira narrativa, o expectador tem contato com a história do jovem apenas por meio do registro de sua sessão de julgamento – ouvimos os argumentos da defesa, da acusação e testemunhas. A partir dessa visão externa e ampla do caso, tomamos nosso julgamento acerca da situação – assim como faz a juíza ao fim do filme. Nesse momento, ao expor linearmente o julgamento e apresentar os depoimentos de acusação e defesa (ao que parece) na íntegra, a voz da documentarista é quase muda.
O documentário passa a tomar partido quando, na segunda e terceira narrativa, cria um paralelo entre o tom de tratamento que os recrutadores dão para as duas diferentes situações. Enquanto as cenas dos jovens que desejam ingressar no serviço militar são marcadas por um clima descontraído, de risadas e piadas, os jovens que desejam a dispensa do exército (chamados “pacifistas”) recebem um tratamento diferenciado, principalmente ao abordarem a questão da “sexualidade não-tradicional”.
#3 Newton (Amit Masurkar) é um rapaz que quer fazer a diferença no mundo e acredita na democracia como um dos meios para a mudança. Mas, durante sua jornada, se vê desiludido quando descobre que a democracia, na verdade, é apenas um circo midiático promovido pelos próprios políticos.
A comédia consegue arrancar gargalhadas do público, mas também apresenta cenas densas com críticas ao sistema eleitoral e domínio de povos. Apesar de tratar Newton como um herói, a trama foge do maniqueísmo, quando conseguimos compreender as motivações dos (até então) vilões.
CURTAS – PEQUENOS OLHARES
De Alois Di Leo, o curta #4 Caminho dos Gigantes é uma animação brasileira produzida pelo estúdio de animação Sinlogo Animation. A história traz a curta jornada da jovem indígena Oquirá, que durante um ritual de sua tribo tem a possibilidade de conhecer mais sobre sua própria cultura e passa a traçar um olhar sagrado em relação à natureza. Destaque para o Design de Som da produção, que nos faz esquecer que estamos vendo uma animação e nos transporta de imediato para a floresta.
Seguindo uma proposta semelhante a anterior, em #5 Horizonte de Bene (Jomi Yoon, Eloic Gimenez) também acompanhamos uma criança que tem seus momentos de descobertas em relação ao meio em que vive. O pequeno Bene ajuda os adultos de seu grupo a caçarem animais selvagens, mas ao encontrar um gorila bebê desamparado, tem sua empatia despertada e decide enfrentar os caçadores para salvar a floresta tropical – que, por sua vez, decide ajudar o garoto. Além de sua mensagem, a estética do curta se destaca por misturar colagens e pinturas em stop motion – visualmente um belíssimo filme.
O terceiro curta da seleção (os três foram exibidos em uma mesma sessão) foge da natureza e caminha para um lado mais tecnológico em nossas relações. Um garoto que tem no lugar da cabeça uma câmera filmadora decide presentear Roberta – sua colega de classe, por quem é apaixonado – com alguns registros que captou desde os primeiros dias em que sem conheceram. Com poucas falas e algumas cenas contemplativas, #6 Garoto VHS (Carlos Daniel Reichel) reflete sobre a memória a partir de um romance adolescente.
Data de Lançamento: 27 de junho
Divertidamente 2 marca a sequência da famosa história de Riley (Kaitlyn Dias). Com um salto temporal, a garota agora se encontra mais velha, com 13 anos de idade, passando pela tão temida pré-adolescência. Junto com o amadurecimento, a sala de controle mental da jovem também está passando por uma demolição para dar lugar a algo totalmente inesperado: novas emoções. As já conhecidas, Alegria (Amy Poehler), Tristeza (Phyllis Smith), Raiva (Lewis Black), Medo (Tony Hale) e Nojinho (Liza Lapira), que desde quando Riley é bebê, eles predominam a central de controle da garota em uma operação bem-sucedida, tendo algumas falhas no percurso como foi apresentado no primeiro filme. As antigas emoções não têm certeza de como se sentir e com agir quando novos inquilinos chegam ao local, sendo um deles a tão temida Ansiedade (Maya Hawke). Inveja (Ayo Edebiri), Tédio (Adèle Exarchopoulos) e Vergonha (Paul Walter Hauser) integrarão juntos com a Ansiedade na mente de Riley, assim como a Nostalgia (June Squibb) que aparecerá também.
Data de Lançamento: 04 de julho
Ainda Temos o Amanhã situa-se na Itália, em uma Roma do pós-guerra dos anos 1940. Dividida entre o otimismo da libertação e as misérias, está Delia (Paola Cortellesi), uma mulher dedicada, esposa de Ivano (Valério Mastandrea) e mãe de três filhos. Esses são os papéis que a definem e ela está satisfeita com isso. Enquanto seu marido Ivano age como o chefe autoritário da família, Delia encontra consolo em sua amiga Marisa (Emanuela Fanelli). A família se prepara para o noivado da filha mais velha, Marcella (Romana Maggiora Vergano), que vê no casamento uma saída para uma vida melhor. Delia recebe uma dose de coragem extra para quebrar os padrões familiares tradicionais e aspira a um futuro diferente, talvez até encontrar a sua própria liberdade. Tudo isso após a mesma receber uma carta misteriosa. Entre segredos e reviravoltas, este drama emocionante explora o poder do amor e da escolha em tempos difíceis.
Data de Lançamento: 04 de julho
Entrevista com o Demônio é um longa-metragem de terror que conta sobre o apresentador de um programa de televisão dos anos 70, Jack Delroy (David Dastmalchian), que está tentando recuperar a audiência do seu programa, resultado da sua desmotivação com o trabalho após a trágica morte de sua esposa. Desesperado por recuperar o seu sucesso de volta, Jack planeja um especial de Halloween de 1977 prometendo e com esperanças de ser inesquecível. Mas, o que era para ser uma noite de diversão, transformou-se em um pesadelo ao vivo. O que ele não imaginava é que está prestes a desencadear forças malignas que ameaçam a sua vida e a de todos os envolvidos no programa, quando ele recebe em seu programa uma parapsicóloga (Laura Gordon) para mostrar o seu mais recente livro que mostra a única jovem sobrevivente de um suicídio em massa dentro de uma igreja satã, Lilly D’Abo (Ingrid Torelli). A partir desse fato, o terror na vida de Jack Delroy foi instaurado. Entrevista com o Demônio entra em temas complexos como a fama, culto à personalidade e o impacto que a tecnologia pode causar, tudo isso em um ambiente sobrenatural.
https://www.youtube.com/watch?v=JITy3yQ0erg&ab_channel=SpaceTrailers
Data de Lançamento: 04 de julho
Nesta sequência, o vilão mais amado do planeta, que virou agente da Liga Antivilões, retorna para mais uma aventura em Meu Malvado Favorito 4. Agora, Gru (Leandro Hassum), Lucy (Maria Clara Gueiros), Margo (Bruna Laynes), Edith (Ana Elena Bittencourt) e Agnes (Pamella Rodrigues) dão as boas-vindas a um novo membro da família: Gru Jr., que pretende atormentar seu pai. Enquanto se adapta com o pequeno, Gru enfrenta um novo inimigo, Maxime Le Mal (Jorge Lucas) que acaba de fugir da prisão e agora ameaça a segurança de todos, forçando sua namorada mulher-fatal Valentina (Angélica Borges) e a família a fugir do perigo. Em outra cidade, as meninas tentam se adaptar ao novo colégio e Valentina incentiva Gru a tentar viver uma vida mais simples, longe das aventuras perigosas que fez durante quase toda a vida. Neste meio tempo, eles também conhecem Poppy (Lorena Queiroz), uma surpreendente aspirante à vilã e os minions dão o toque que faltava para essa nova fase.