“Com um bom roteiro, um bom diretor pode produzir uma obra-de-arte. Com o mesmo roteiro, um diretor medíocre pode produzir um filme passável. Mas com um roteiro ruim, até um bom diretor não consegue fazer um bom filme” (Akira Kurosawa)
Com um bom diretor, um bom estúdio, uma excelente trilha-sonora e uma direção de fotografia aceitável pode-se produzir um filme ok – desde que ele não seja inteiramente baseado em um livro mal estruturado e com diálogos fracos. Podemos ver em tela que todos tentaram, e talvez até tenham dado o seu melhor, mas a culpa do fracasso (não de bilheteria) da franquia Cinquenta Tons no cinema é inteira de E. L. James (autora dos livros).
Mas vamos ao filme: encontramos de início Anastasia Steele (Dakota Johnson) lidando com as consequência de sua decisão de deixar seu amado ao final do primeiro filme. Anastasia, realizada profissionalmente, está devastada emocionalmente – e o filme, para não deixar dúvidas desse clima melancólico, utiliza logo na abertura um cover da canção The Scientist (Coldplay) – “Ninguém disse que seria fácil, é uma pena nos separarmos” -, eliminando qualquer dúvida acerca do sofrimento da personagem (inclusive, esse é o único momento da trama que consegue comover o público, graças à musica, não ao filme). Do outro lado, Christian Grey (Jamie Dornan), sofrendo tanto quanto a personagem, decide que não consegue viver sem Anastasia e propõe novas regras para seu relacionamento dar certo.
Apesar de estarmos no segundo filme da série, as semelhanças com Crepúsculo continuam marcantes. Pra quem não sabe, Cinquenta Tons de Cinza originalmente se chamava Master of the Universe e era publicado online em fóruns de fanfics por E. L. James. Os personagens originalmente se chamavam Bella e Edward e a história entregava aos fãs de Crepúsculo o que Stephenie Meyer sempre se recusou a escrever: cenas de sexo. O problema consiste no fato de Crepúsculo possuir uma mitologia que, apesar dos diálogos fracos, sustenta (minimamente) a trama, enquanto Cinquenta Tons tenta contar toda sua história em cima de dois personagens apenas – que se quer são aprofundados. Conhecemos aqui apenas seus desejos – somente sexuais – e seus impulsos – já que é possível prever seus passos e falas.
Mas para não ser injusto com o filme, Cinquenta Tons Mais Escuros até tenta desenvolver Grey psicologicamente – temos vislumbres de sua infância, conhecemos mais sobre sua família, sobre seu passado, mas tudo soa tão superficial que sequer saímos do filme sabendo quem realmente é aquele personagem. Talvez isso seja a intenção do filme: nos transmitir a tristeza de Anastasia em estar apaixonada por aquele homem e se quer o conhecer por inteiro? Me parece mais um problema narrativo do que uma intenção de fazer o público sentir empatia por Anastasia.
Em uma necessidade vergonhosa de inserir elementos à trama, Cinquenta Tons Mais Escuros apresenta dois vilões: o chefe de Anastasia e uma ex de Grey, mas, novamente, nada é bem aproveitado. As cenas de tensão que envolvem mocinhos e vilões são solucionadas tão rapidamente e de forma tão simples que não fazem o menor impacto na narrativa. É até difícil lembrar da presença desses personagens no filme, que se arrasta lentamente entre pequenos dramas e sexo, mais drama e sexo, casal feliz e sexo, viagens caras e sexo, jantar romântico e sexo, sexo e sexo…
Sexo. Sejamos sinceros, essa história toda é apenas uma desculpa para vermos Dakota Johnson e Jamie Dornan seminus e simulando sexo em cena.
Cinquenta Tons Mais Escuros chega aos cinemas no dia 09 de fevereiro.
Data de Lançamento: 12 de dezembro
Em A Última Sessão, acompanhamos o menino Samay em sua descoberta do mundo mágico do cinema. Nessa história sensível, em uma cidade no interior da Índia, o menino de 9 anos assiste um filme no Galaxy Cinema e sua vida muda completamente e uma paixão feroz começa. Samay passa a faltar às aulas do colégio e a roubar um pouco de dinheiro da casa de chá de seu pai para assistir filmes. Com um desejo enorme de se tornar cineasta, Samay conhece Fazal, o projecionista do cinema e os dois fazem um acordo: Samay traz para Fazal as deliciosas comidas preparadas por sua mãe, enquanto Fazal permite que Samay veja infinitos filmes todos os dias na sala de projeção. Uma amizade profunda é forjada pelos dois e, logo, é colocada a teste graças a escolhas difíceis e transformações nacionais importantes. Agora, para perseguir seu sonho, Samay deve deixar tudo o que ama e voar para encontrar o que mais deseja.
Data de Lançamento: 12 de dezembro
Em Marcello Mio, Chiara (Chiara Mastroianni), filha dos icônicos Marcello Mastroianni e Catherine Deneuve (Catherine Deneuve), é uma atriz que vive um verão de intensa crise existencial. Insatisfeita com sua própria vida, ela começa a se questionar sobre sua identidade e, em um momento de desespero, afirma a si mesma que preferiria viver a vida de seu pai, uma lenda do cinema, do que enfrentar a sua realidade. Determinada, Chiara começa a imitar Marcello em tudo: veste-se como ele, adota seu jeito de falar, respira como ele. Sua obsessão é tamanha que, com o tempo, as pessoas ao seu redor começam a entrar nessa sua estranha transformação, passando a chamá-la de Marcello. Em um jogo de espelhos entre passado e presente, Marcello Mio explora a busca por identidade, legado e o impacto da fama na vida pessoal de uma mulher perdida em sua própria sombra.
Data de Lançamento: 11 de dezembro
O grupo de K-pop NCT DREAM apresenta sua terceira turnê mundial nesse concerto-documentário único. Gravada no icônico Gocheok Sky Dome, em Seul, a apresentação reúne um espetáculo vibrante, com coreografias e performances extraordinárias. O filme ainda conta com cenas de bastidores, mostrando o esforço depositado para dar vida a um show dessa magnitude. O concerto se baseia na história do Mystery Lab, um conceito cunhado pelo grupo. NCT DREAM Mystery Lab: DREAM( )SCAPE dá o testemunho de uma grandiosa turnê.
Data de Lançamento: 12 de dezembro
Queer é um filme de drama histórico dirigido por Luca Guadagnino, baseado na obra homônima de William S. Burroughs e inspirado em Adelbert Lewis Marker, um ex-militar da Marinha dos Estados Unidos. A trama segue a vida de Lee (Daniel Craig), um expatriado americano que se encontra na Cidade do México após ser dispensado da Marinha. Lee vive entre estudantes universitários americanos e donos de bares que, como ele, sobrevivem com empregos de meio período e benefícios do GI Bill, uma lei que auxiliou veteranos da Segunda Guerra Mundial. Em meio à vida boêmia da cidade, Lee conhece Allerton (Drew Starkey), um jovem por quem desenvolve uma intensa paixão. O filme explora temas de solidão, desejo e a busca por identidade em um cenário pós-guerra, com uma ambientação que retrata fielmente a atmosfera da Cidade do México nos anos 1950.
Data de Lançamento: 12 de dezembro
A Different Man, é um thirller psicológico, dirigido e roteirizado por Aaron Schimberg, terá a história focada no aspirante a ator Edward (Sebastian Stan), no qual é submetido a passar por um procedimento médico radical para transformar de forma completa e drástica a sua aparência. No entanto, o seu novo rosto dos sonhos, da mesma forma rápida que veio se foi, uma vez que o mesmo se torna em um grande pesadelo. O que acontece é que, por conta da sua nova aparência, Edward perde o papel que nasceu para interpretar. Desolado e sentindo o desespero tomar conta, Edward fica obcecado em recuperar o que foi perdido.
Data de Lançamento: 12 de dezembro
As Polacas é um drama nacional dirigido por João Jardim e selecionado para o Festival do Rio de 2023. O filme é inspirado na história real das mulheres que chegaram ao Brasil vindas da Polônia em 1867 com a esperança de uma vida melhor. Fugindo da perseguição aos judeus e da guerra na Europa, o longa acompanha a saga de Rebeca (Valentina Herszage), uma fugitiva polonesa que vem ao Brasil com o filho, Joseph, para reencontrar o esposo e começar a vida do zero. Porém, as promessas caem por terra quando, ao chegar no Rio de Janeiro, a mulher descobre que o marido morreu e, agora, está sozinha em um país desconhecido. Até que seu caminho cruza com o de Tzvi (Caco Ciocler), um dono de bordel envolvido com o tráfico de mulheres que faz de Rebeca seu novo alvo. Refém de uma rede de prostituição, Rebecca se alia às outras mulheres na mesma situação para lutar por liberdade.
Data de Lançamento: 12 de dezembro
Do aclamado diretor Alejandro Monteverde, conhecido por Som da Liberdade, Cabrini, narra a extraordinária jornada de Francesca Cabrini (Cristiana Dell’Anna), uma imigrante italiana que chega a Nova York em 1889. Enfrentando um cenário de doenças, crimes e crianças abandonadas, Cabrini não se deixa abater. Determinada a mudar a realidade dos mais vulneráveis, ela ousa desafiar o prefeito hostil em busca de moradia e assistência médica. Com seu inglês precário e saúde fragilizada, Cabrini utiliza sua mente empreendedora para construir um império de esperança e solidariedade. Acompanhe a ascensão dessa mulher audaciosa, que, enfrentando o sexismo e a aversão anti-italiana da época, se torna uma das grandes empreendedoras do século XIX, transformando vidas e deixando um legado de compaixão em meio à adversidade.
Data de Lançamento: 12 de dezembro
Em Kraven – O Caçador, acompanhamos a história de origem de um dos vilões da franquia Homem-Aranha. De origem russa, Kraven (Aaron Taylor-Johnson) vem de um lar criminoso e de uma família de caçadores. Seus poderes nascem de uma força sobrenatural e super humana que o faz um oponente destemido e habilidoso. A relação complexa com seu pai Nicolai Kravinoff (Russell Crowe) o leva para uma jornada de vingança e caos para se tornar um dos maiores e mais temidos caçadores de sua linhagem. De frente para questões familiares, Kraven mostra sua potência nesse spin-off.