Quando a Netflix divulgou o primeiro trailer de sua nova série original, Cara Gente Branca (Dear White People), a plataforma foi acusada de promover “racismo contra brancos“. ~ é sério, já pode parar de rir ~ Em 24 horas, o vídeo registrava mais de 250 mil “dislikes” (contra 26 mil likes) e 100 mil comentários negativos – sendo necessária a intervenção do YouTube para remover comentários racistas (contra negros, se é que não ficou claro). Tim Treadstone – ex-redator do site Buzzfeed, que tem mais de 160 mil seguidores no twitter – encabeçou o boicote:
Netflix announced a new anti-white show (Dear White People) that promotes white genocide. I cancelled my account, do the same.
#NoNetflix
Tradução livre: “A Netflix anunciou uma nova série anti-brancos (Cara Gente Branca) que promove o genocídio branco. Eu cancelei minha conta, faça o mesmo”
Treadstone é militante da extrema direita, porta-voz do movimento alt-right e está constantemente associado a mensagem da “supremacia branca” – sim, a mesma apoiada por Hitler (a diferença era que Hitler fazia questão que esses brancos fossem também arianos). Mas voltando ao neonazi: após se posicionar contra a Netflix, centenas de usuários publicaram prints de suas assinaturas da plataforma de streaming canceladas, declarando apoio ao boicote. Mas afinal, o que havia nesse trailer que incomodou tanto essas pessoas brancas?
Em 20 segundos de vídeo, a protagonista (negra) narra fantasias que brancos podem usar no halloween: “pirata, enfermeira safada, qualquer um dos nossos primeiros 43 presidentes” e finaliza com “a principal das fantasias inaceitáveis: eu” – isso é, pessoas brancas não podem se fantasiar de negros. E por “fantasia de negro”, leia blackface – pintar a cara de preto. A blackface era prática comum no teatro durante o século XIX, estendeu-se posteriormente ao cinema, e tinha a única função de proliferar estereótipos acerca dos afro-americanos. O vídeo pretendia, então, divulgar a nova série da Netflix e reforçar o aviso de que pessoas brancas não deveriam mais pintar suas caras de preto.
Boicote declarado e assinaturas canceladas, chegou o dia da estreia de Cara Gente Branca – ontem, 28 de abril. O primeiro episódio apresenta a polêmica do trailer: jovens universitários, em maioria brancos, dão uma festa de halloween onde todos estão fantasiados de personalidades negras – ou seja, não faltou blackface. Em seu programa de rádio “Cara Gente Branca“, Samantha White (Logan Browning), estudante de Cinema na Winchester University, inicia um movimento de repúdio a festa e ao racismo institucionalizado da universidade.
Para apresentar todos os personagens dessa luta contra o racismo, nove dos dez episódios da temporada seguem a mesma dinâmica: a história da série ocorre linearmente, mas cada capítulo é focado em uma (dos cinco protagonistas) personalidade diferente inserida no contexto amplo. Esse desenvolvimento da narrativa (um personagem por vez) facilita o aprofundamento das tramas individuais e ajuda a situar o papel de cada indivíduo no grupo. Além disso, é mais fácil sentir empatia por um personagem após acompanhá-lo por quase 30 minutos em tela (duração média dos episódios).
A série, protagonizada por negros e que se vende como uma série negra, não cansa de fazer constantes referências a cultura black norte-americana – de Beyoncé a Frank Ocean, Malcolm X a Martin Luther King. Mas o ápice talvez seja a reunião – quase religiosa – dos estudantes negros para assistir a Defamation: uma clara paródia de Scandal – criada por Shonda Rhimes e protagonizada por Kerry Washington, ambas negras. Os próprios personagens assumem, na série, que o programa de TV soa forçado e que não é o mesmo desde as primeiras temporadas, mas vamos combinar: não é como se eles tivessem muitas outras opções de séries protagonizadas por também negros.
Ao mesmo tempo em que, em alguns momentos, a série reforça estereótipos jovens, ela aproveita para brincar e desconstruir esses mesmos estereótipos. Um exemplo é quando Samantha caminha, triste, ouvindo uma canção melancólica que diz “I’ve got a one-way ticket, It’s gonna take me out of here“, no melhor estilo “white girl problems“. Mas, quando se aproxima de um grupo de negros, a personagem muda a música para um rap que diz “Ooh, I’m black, and I’m proud. I’m black, they can’t keep me down“. Essas pequenas reviravoltas dentro de uma mesma cena são responsáveis por metade do humor da série – a outra metade fica por conta das piadas que os personagens fazem uns com os outros, mas que, infelizmente, se perdem quando o espectador não tem um amplo repertório de cultura negra (principalmente norte-americana).
Apesar do constante clima leve e cômico, a série reserva três ou quatro momentos que sustentam toda a carga dramática da temporada. Uma dessas cenas foi dirigira por Barry Jenkins (Moonlight), que assumiu a claquete do quinto episódio da temporada – intitulado Chapter V – e foi responsável por uma cena de cinco minutos que vai da diversão e humor a uma tensão estarrecedora, ao trazer à tona uma situação de racismo não velado. Não fossem esses momentos, a série poderia soar apenas como uma grande brincadeira com os brancos que não admitem seus privilégios.
Um detalhe que chama a atenção, quanto a produção, é a iluminação e colorização da série, que valoriza e embeleza ainda mais a pele negra, ao refletir diferentes cores que parecem estar sempre em sincronia com a direção de arte – o mesmo acontece em Moonlight (vencedor do Oscar de Melhor Filme no início desse ano). Já a trilha-sonora mistura o melhor da black music – soul, funk, jazz, blues e rap -, e se você não está tão animado assim para começar a série, a trilha, sem dúvidas, vai te convencer! Escute aqui no Spotify.
Então, por favor, cara gente branca, veja Cara Gente Branca.
“Cara gente branca, entendo que ser reduzido a uma generalização com base em raça é uma experiência nova e devastadora para alguns de vocês, mas esta é a diferença: minhas piadas não prendem seus jovens em níveis alarmantes, nem tornam perigoso você andar no próprio bairro, mas a de vocês, sim. Quando zombam ou nos menosprezam, vocês reforçam um sistema existente. Policiais segurando uma arma olhando para um negro não veem um ser humano. Eles veem uma caricatura. Um bandido. Um preto. Então, não! Vocês não podem se fantasiar de nós no Halloween e alegar ironia nem ignorância. Não mais.” (Samantha White)
Data de Lançamento: 27 de junho
Divertidamente 2 marca a sequência da famosa história de Riley (Kaitlyn Dias). Com um salto temporal, a garota agora se encontra mais velha, com 13 anos de idade, passando pela tão temida pré-adolescência. Junto com o amadurecimento, a sala de controle mental da jovem também está passando por uma demolição para dar lugar a algo totalmente inesperado: novas emoções. As já conhecidas, Alegria (Amy Poehler), Tristeza (Phyllis Smith), Raiva (Lewis Black), Medo (Tony Hale) e Nojinho (Liza Lapira), que desde quando Riley é bebê, eles predominam a central de controle da garota em uma operação bem-sucedida, tendo algumas falhas no percurso como foi apresentado no primeiro filme. As antigas emoções não têm certeza de como se sentir e com agir quando novos inquilinos chegam ao local, sendo um deles a tão temida Ansiedade (Maya Hawke). Inveja (Ayo Edebiri), Tédio (Adèle Exarchopoulos) e Vergonha (Paul Walter Hauser) integrarão juntos com a Ansiedade na mente de Riley, assim como a Nostalgia (June Squibb) que aparecerá também.
Data de Lançamento: 04 de julho
Ainda Temos o Amanhã situa-se na Itália, em uma Roma do pós-guerra dos anos 1940. Dividida entre o otimismo da libertação e as misérias, está Delia (Paola Cortellesi), uma mulher dedicada, esposa de Ivano (Valério Mastandrea) e mãe de três filhos. Esses são os papéis que a definem e ela está satisfeita com isso. Enquanto seu marido Ivano age como o chefe autoritário da família, Delia encontra consolo em sua amiga Marisa (Emanuela Fanelli). A família se prepara para o noivado da filha mais velha, Marcella (Romana Maggiora Vergano), que vê no casamento uma saída para uma vida melhor. Delia recebe uma dose de coragem extra para quebrar os padrões familiares tradicionais e aspira a um futuro diferente, talvez até encontrar a sua própria liberdade. Tudo isso após a mesma receber uma carta misteriosa. Entre segredos e reviravoltas, este drama emocionante explora o poder do amor e da escolha em tempos difíceis.
Data de Lançamento: 04 de julho
Entrevista com o Demônio é um longa-metragem de terror que conta sobre o apresentador de um programa de televisão dos anos 70, Jack Delroy (David Dastmalchian), que está tentando recuperar a audiência do seu programa, resultado da sua desmotivação com o trabalho após a trágica morte de sua esposa. Desesperado por recuperar o seu sucesso de volta, Jack planeja um especial de Halloween de 1977 prometendo e com esperanças de ser inesquecível. Mas, o que era para ser uma noite de diversão, transformou-se em um pesadelo ao vivo. O que ele não imaginava é que está prestes a desencadear forças malignas que ameaçam a sua vida e a de todos os envolvidos no programa, quando ele recebe em seu programa uma parapsicóloga (Laura Gordon) para mostrar o seu mais recente livro que mostra a única jovem sobrevivente de um suicídio em massa dentro de uma igreja satã, Lilly D’Abo (Ingrid Torelli). A partir desse fato, o terror na vida de Jack Delroy foi instaurado. Entrevista com o Demônio entra em temas complexos como a fama, culto à personalidade e o impacto que a tecnologia pode causar, tudo isso em um ambiente sobrenatural.
https://www.youtube.com/watch?v=JITy3yQ0erg&ab_channel=SpaceTrailers
Data de Lançamento: 04 de julho
Nesta sequência, o vilão mais amado do planeta, que virou agente da Liga Antivilões, retorna para mais uma aventura em Meu Malvado Favorito 4. Agora, Gru (Leandro Hassum), Lucy (Maria Clara Gueiros), Margo (Bruna Laynes), Edith (Ana Elena Bittencourt) e Agnes (Pamella Rodrigues) dão as boas-vindas a um novo membro da família: Gru Jr., que pretende atormentar seu pai. Enquanto se adapta com o pequeno, Gru enfrenta um novo inimigo, Maxime Le Mal (Jorge Lucas) que acaba de fugir da prisão e agora ameaça a segurança de todos, forçando sua namorada mulher-fatal Valentina (Angélica Borges) e a família a fugir do perigo. Em outra cidade, as meninas tentam se adaptar ao novo colégio e Valentina incentiva Gru a tentar viver uma vida mais simples, longe das aventuras perigosas que fez durante quase toda a vida. Neste meio tempo, eles também conhecem Poppy (Lorena Queiroz), uma surpreendente aspirante à vilã e os minions dão o toque que faltava para essa nova fase.