Era uma sexta-feira, fim de tarde de inverno. Aquele tempinho que a gente conhece bem por aqui: frio digno de neve, mas sem a diversão da neve.
Trânsito infernal, barriga roncando de fome, pés gelados, lábios cozidos pelo vento cortante. Eu tinha tudo pra estar de mau humor. Mas não, tava tocando Blur no rádio e eu descobri que ainda havia paz no meu coração pra cantar “So give me coffee and TV…”
Só que a música acabou e as buzinas e aceleradas apressadas estavam quase conseguindo atropelar a minha calma, quando o trânsito finalmente fluiu.
O Waze, mais seguro do que nunca, disse: vire a esquerda. Minha intuição falou: não Lu, não vira. Mas o Waze insistiu: vire a esquerda. Na dúvida, eu não dei o pisca, mas acabei virando. O que motivou mais algumas pessoas a testarem se suas buzinas estavam funcionando conforme a descrição no manual do veículo.
Segundos depois eu já nem me lembrava mais do buzinaço, porque estava entalada numa via de mão dupla que não passavam dois carros simultaneamente. Mas, por sorte, tinha uma SUV na minha frente. E por onde passa uma SUV, eu também passo. Colei na bicha e fui no vácuo. Só que uma hora ela travou. E eu travei atrás.
No sentido contrário vinha um opala preto, bem invocado. Invocado e puto por estar fechado sem poder seguir. Ele buzinou, acelerou, relinchou e conseguiu passar pela SUV. Mas não por mim. Porque uma moto tinha se enfiado no meu lado direito e me obrigou a ficar um pouquinho tortinha na via. E o opala continuou a relinchar como seu eu pudesse prender a respiração e encolher a barriga do carro para ele passar.
Me senti tão pressionada por aquele carro que rebolei e consegui abrir espaço. Mas a criatura não queria só passar. Ele queria era parar do meu lado para poder me xingar olhando nos meus olhos.
Ele baixou o vidro.
Eu pensei: não vou ceder pra esse otário.
Baixei o vidro também. Os olhos dele pareciam que iam pular do crânio. E enquanto ele escolhia o palavrão mais grotesco, fui mais rápida e, com toda a fúria que habita em mim, falei:
– Oi! Tudo bem?
O passageiro que estava com ele caiu na risada.
Rá! Ganhei playboy.
Data de Lançamento: 03 de outubro
Em Monster Summer, dirigido por David Henrie, é uma aventura de terror e mistério que vai trazer a narrativa de uma Noah (Mason Thames) e seus amigos que, após uma força misteriosa começa a atrapalhar a diversão de virão do grupo, eles se unem a um detetive policial aposentado, o Gene (Mel Gibson), para que juntos possam embarcar em uma emocionante aventura com a intenção de salvar sua ilha, que até então era calma e pacífica.
Data de Lançamento: 03 de outubro
Em Coringa 2, acompanhamos a sequência do longa sobre Arthur Fleck (Joaquin Phoenix), que trabalhava como palhaço para uma agência de talentos e precisou lidar desde sempre com seus problemas mentais. Vindo de uma origem familiar complicada, sua personalidade nada convencional o fez ser demitido do emprego, e, numa reação a essa e tantas outras infelicidades em sua vida, ele assumiu uma postura violenta – e se tornou o Coringa. A continuação se passa depois dos acontecimentos do filme de 2019, após ser iniciado um movimento popular contra a elite de Gotham City, revolução esta, que teve o Coringa como seu maior representante.