“Fora Temer”! É claro que foi ecoado pelo público durante o primeiro show em Curitiba, da banda paulista As Bahias e a Cozinha Mineira, no Teatro Paiol. O motivo do ecoar da plateia? “A gente tem saído às ruas. As bichas, travestis e as mulheres trans. Temos colocado a cara no sol, querida. Colocar a cara no sol é sair da escuridão das madrugadas, quartos, janelas e portas trancafiadas (…) porque se você assenta ideologicamente estas ideias dentro de um país e, está natural e normal, tem algo acontecendo de muito profundo. E a arte, é sim, um termômetro neste contexto”, ensina e desabafa a cantora e compositora Assucena Assucena. Ao lado de Raquel Virgínia, elas formam as Bahias, apelido que as acompanham desde a faculdade de história, em São Paulo, quando se conheceram.
Assucena é natural de Vitória da Conquista (BA), e embora Raquel seja paulistana, os anos em que esteve radicada na terra de todos os santos, possibilitaram para a compositora o contato com o afoxé, gênero musical que despertou na artista a vontade de se revelar cantora. E se existe uma força maior no céu, já, na terra, Ivete Sangalo acompanha Raquel diariamente. “Hoje mesmo, tomando banho eu estava escutando ela. Eu sou viciada em Ivete. Eu sempre fui envolvida com a música, principalmente pela minha formação cênica. Mas tiraram essa minha onda”, revela.
No disco, “Mulher” (2015), primeira obra do grupo, a relação com o axé é nítido. Porém, para lá do trio elétrico. A devoção e contemplação de Raquel pela divindade esotérica baiana está impressa na faixa escrita por ela em “Mãe Menininha do Gantois”.
Contudo, o disco vai além. Maracatu, rock, baião, reggae, bossa-nova entre outras referências musicais estão explícitas em cada música. “O disco é fruto de muita dor, alegria, resistência e inspiração. Foram muitas madrugadas na casa da Raquel fazendo canções, sofrendo, chorando e rindo. Lemos livros de Carlos Drummond de Andrade, Clarice Lispector, Manoel Bandeira. Além de textos de Caetano Veloso e da própria Raquel. Foi um momento de muita densidade para que este disco acontecesse”, conceitua Assucena.
Das batucadas, a doce bárbara, Gal Costa foi o estopim para o surgimento do grupo.“A gente ouviu a obra de Gal que modificou completamente as nossas vidas. É uma obra camaleônica. A gente não se ateve apenas em um estilo musical e muito pela influência do tropicalismo”, explica Assussena. E se tem dendê nas Bahias, o música, Rafael Acerbi Pereira, mineiro de Poços de Caldas, foi o responsável por dar melodia às criações das compositoras ao longo das 13 faixas.
E se não bastasse a amplitude sonora e os diversos sotaques da banda, a cantora e compositora, Janine Mathias além de ser parceira de toda essa patota, tanto na música quanto na batalha diária das bandeiras que levantam, agregou sua cadência melódica que verve entre o rap, soul e muita brasilidade no primeiro show da banda na cidade. “Fazer da nossa voz uma luta é inevitável. No retrato, musicalmente falando, a partir dessa quebra de fronteiras que nossa música é, nos unirmos em pleno Teatro Paiol, me faz pensar na força de sermos o resistir ao padrão comum. Nada dentro do mesmo pacote, mais tudo dentro da luta de ser o que se é. Me orgulho todos os dias da música que sou. Porque antes de tudo, faço de mim mulher negra. Força contra a invisibilidade e a todos os não que esse sistema preconceituoso teima em tentar nos ditar nosso real lugar”, instrui a rapper que no primeiro semestre deste ano participou do projeto Elefante Sessions ao lado de Rafael Acerbi.
“Mulher” é um disco essencialmente brasileiro e reflete não apenas as amarras e alegrias que transmutam a realidade artística de As Bahias e a Cozinha Mineira. Mas inserem a necessidade de a partir da arte, ser criado intersecções complementares através do olhar de duas mulheres transgêneros que sabem o quanto seus ardores possibilitam a identificação e amparo de diversas comunidades. Onde muitas vezes, a única luz é a do desamparo de um poste numa esquina qualquer. “Esse é o movimento [ de resistência] que a gente tem que trazer. E entender quem está resistindo. A gente tem que se encontrar, principalmente nestes espaços culturais. A nossa resistência tem que viver nos lugares”, impera Raquel.
Em entrevista ao Curitiba Cult as cantoras contam todos os detalhes sobre o disco “Mulher” e revelam curiosidades sobre o sucessor, “Bixa”, já em fase de pré-produção. De “Mulher” à “Bicha”, As Bahias e Cozinha Mineira contemplam a essência artística de um Brasil que tem se redescoberto na contracorrente do atual sistema.
ENTREVISTA
Curitiba Cult: “Mulher” é um disco repleto de referências da vivencialidade de vocês. E ainda assim, existe esta imersão entre diversos ritmos, samba, baião, reggae, rock, bossa, maracatu… Como se deu este processo de criação?
Assucena Assucena: Foi um processo que a priori foi um pouco ingênuo, muito apaixonado no início. A gente ouviu a obra de Gal que modificou completamente as nossas vidas. É uma obra camaleônica. A gente não se ateve em um estilo musical muito pela influência do tropicalismo. No início não era proposital essas composições e os gêneros, foi nascendo. A gente voltou a cantar e compor depois de um processo de depressão muito profundo na época de faculdade por conta da transgeneridade, do racismo. A USP é uma universidade muito elitista, racista e institucionalmente fascista.
O show desta noite me soa emblemático. Curitiba, é uma capital historicamente fascista. E vocês, quanto transgênero, negra, mulher e no palco do Teatro Paiol por onde passaram diversos artistas ao longo das décadas, qual o sentimento em se apresentar este show?
Raquel Virgínia: Primeiro, eu acho que tem uma questão. Eu, de São Paulo, meu eixo sempre vai ser o nordeste. Por ser uma mulher negra. Mas existe uma questão racial muito forte e complexa. Inclusive, eu já li que em Curitiba é a cidade onde se concentra a maior quantidade de negros no país no âmbito proporcional. Aqui tem um movimento muito forte do movimento negro. Aqui tem que se resistir muito. Eu não conhecia a cidade. Mas, pra quem é negra e travesti, existe uma resistência em relação ao sul. Inclusive, eu tenho um pouco de receio. De receber convites e optar por fazer shows em outros locais. E acho mesmo que é emblemático a gente tocar no sul, sempre. E uma coisa boa, onde tem fascista também tem muita gente resistindo. Esse é o movimento que a gente tem que trazer e entender quem está resistindo. A gente tem que se encontrar, principalmente nestes espaços culturais. A nossa resistência tem que viver nos lugares. Nitidamente a gente tem trazido um público heterogêneo. Claro que a gente tem que romper as barreiras e lidar com um público que não esperaria se deparar com travestis. Isso é um paradigma que a gente tem quebrado. Quando a gente chega na cidade, por não ter o mesmo nome do registro a gente brinca que o nome é falso e as pessoas entram na brincadeira e respeitam. É claro que vai acontecendo um movimento na cidade. A relação com o Teatro Paiol é um pouco disso.
Atualmente, diversos artistas têm gritado este ecoar musical e levantado todas estas questões que vocês comentaram. Como vocês têm transitado neste âmbito?
Assucena Assucena: Politicamente, foi natural. A gente tem saído nas ruas. As bichas, travestis, as mulheres trans. Temos colocado a cara no sol, querida. Colocar a cara no sol é sair da escuridão das madrugadas, quartos, janelas e portas trancafiadas. A relação de sexualização é tão profunda que nem afeto merece. O que a gente tá quebrando são estigmas de ter outros lugares na música, por exemplo. Porque, na arte, a travesti é vista de forma jocosa, hipersexualizada e exotismo, como se não fosse algo humano. E você vem com algo que é amoral. E se é moral é a degradação moral do ser. Então, a gente tá acabando com a pluralidade do ser e de existir da humanidade se isso for perpetuado. A humanidade é tão complexa, cheia de sexualidades e gêneros que a gente tem um binômio muito restritivo. É muito fácil você ser atravessada pelos olhares e abaixar a cabeça. E depois você percebe que quem tem de abaixar a cabeça são eles. O mundo é nosso e aí que surge essa geração.
E a resposta da imprensa em relação a este trabalho e o fato de vocês terem o discurso apresentado em “Mulher” tem proporcionado várias discussões sobre o entorno da obra e as artistas. Como tem sido esta repercussão?
Raquel Virgínia: A nossa imprensa hoje, todo muito é pincelado por um nível do sensacionalismo. A imprensa deveria combater qualquer destes níveis. Quando você desenvolve os assuntos em um nível da espetacularização, ao mesmo tempo, a gente vive essa inviabilização do debate do que é identidade de gênero. As pessoas não sabem diferenciar sexualidade e igualdade de gênero. De fato é um problema. Porque quando você vai discutir dignidade humana e precisa fazer um espetáculo para isso, tem alguma coisa errada.
Assucena Assucena: A gente precisa saber balancear o nível de espetacularização. Tudo se pauta por uma sociedade hiperimagética, quando a imagem pode significar a verdade e nem sempre é.
Raquel Virgínia: Eu não quero chegar aos meus 50 anos ainda discutindo isso. Eu tenho vontade de falar sobre a nossa obra e carreira do que sobre gênero. Porque, se fosse para falar sobre, eu estudaria a temática, como, eu tenho amigas que o fazem. Assim, eu faria outra coisa. Talvez eu seria palestrante. Mas, o que a gente gosta de fazer é música. Mas a indústria fonográfica é uma peneira. A gente tem conseguido furar esse mercado e atingir determinados lugares. E a nossa obra reflete o que a gente pensa. O nível de curiosidade sobre o artista e a obra deveria refletir nesta questão da imprensa.
Assucena Assucena: Mas agora é necessário discutir tudo isso. A gente decidiu falar sobre. Não foi algo pensado. Tanto que no início não era a pretensão e discutimos com a nossa assessoria de imprensa. E aí, as palavras, visibilidade, invisibilidade, representatividade e a irrepresentatividade, apareciam como quatro conceitos, cada um a sua maneira que trazia à tona uma necessidade de princípio.
Quem é a “Mulher” por trás deste disco?
Assucena Assucena: Quando a gente começar a pensar a obra, depois que as composições foram executadas, algumas vieram depois de um pensamento mais metódico de proposição estética a respeito da obra. De encontrar a narrativa e sonoridade que casassem. “Apologia às Virgens Mães”, música de abertura do disco, pensamos ela por apresentar a questão universalizante sobre a mulher. O paradigma de mãe que se apresenta, como se a mulher tivesse que ser mãe, ou não. Mas, a mãe é um caso na história da mulher e não é um caso qualquer. Então, Maria, dentro de uma sociedade brasileira onde o catolicismo é hegemônico, é a representação de uma mulher máxima, onde ela deve ter o sexo como um não-lugar. E este lugar é a virgindade, a pureza da castidade. Só que em contraponto existe Madalena dentro deste mesmo princípio. Então, se o filho da virgem foi morto e santificado, cadê os filhos-da-puta? Então, se a primeira canção universaliza, a segunda canção já tem nome que é “Josefa Maria”. Tem uma questão específica que é universal. Raquel canta o louvor ao trabalho doméstico. Se teve a revolução da pílula, foi porque teve mulheres trabalhando para que outras conquistassem espaços executivos. O disco fala da água, fumaça, melancolia, comida, elementos semiológicos que vão circundando, e claro, todos femininos. A mudança de linguagem de dignificar o átomo universal é muito importante. Mulher é muita coisa. É uma palavra que nos atravessa e nos constitui diretamente.
Antes da formação de As Bahias e a Cozinha Mineira vocês já cantavam?
Assucena Assucena: Já cantei em igreja, coral, ganhei bolsa para ser solista. Eu cresci numa família judaica sefardita e aos pés da vitrola ouvindo muito Ofra Haza e Whitney Houston. Minha irmã também canta. Então eu tive muito contato com o canto.
Raquel Virgínia: Eu queria ser artista. E criei um encantamento muito forte pela Ivete Sangalo na adolescência. Mas, eu queria ser atriz, eu até conheci o Paulo Autran. Eu cheguei ir para Salvador porque queria ser cantora de axé, tamanho é meu amor pela Ivete. Hoje mesmo, tomando banho estava escutando ela. Eu sou viciada nela. Eu sempre fui envolvida com a música, principalmente pela minha formação cênica. Mas tiraram essa minha onda. Meu negócio é disco e show, e claro, empresária, porque eu sou a louca dos negócios.
No âmbito político e cultural, qual a importância da música de vocês no atual momento em que o país vivência?
Assucena Assucena: A música tem o poder de iludir. Ela carrega consigo todo um arcabouço ideológico imenso. Aí você se depara com um gênero que é extremamente machista, como o sertanejo universitário, tendo a mulher objetificada, heteronormativo e uma série de questões de padronização hegemônica. Quando culturalmente e nacionalmente estas ideias estão encontrando um conforto pra se assentar socialmente, isto é muito perigoso. Porque se você assenta ideologicamente estas ideias dentro de um país e está natural e normal, tem algo acontecendo de muito profundo. E a arte é sim um termômetro neste contexto. A nossa luta é contra este padrão hegemônico e o monopólio da concessão pública da TV e rádio. São latifúndios radiofônicos e televisivos. Eu não vou deixar de ir numa Rede Globo porque lá na casinha de não sei aonde, tem uma antena que tá pegando SBT e Globo. E as pessoas não querem abrir mão de seus latifúndios. O sertanejo universitário conquistou um latifúndio.
Vocês já estão na pré-produção de “Bicha” o segundo disco de vocês. O que vocês podem falar sobre ele?
Assucena Assucena: Falar muito a gente não pode. Mas, como ficamos dois anos sem entrar no estúdio, apenas para ensaios, e fazendo música na minha casa, na de Raquel, na USP, ou na casa do Rafa, muitas das composições de “Bicha” foram desta época. E o nome faz referência deste período, ao disco do Caetano Veloso, “Bicho”. Mas eu já estou falando demais.
Data de Lançamento: 30 de janeiro
O ano é 1976 e um casal entra numa rota sem volta em direção ao caos e à loucura. Armando (Carlos Ramirez) é um imigrante latino-americano casado com Sonja (Gilda Nomacce). A relação dos dois passa a viver em meio a insanidade quando Sonja se debruça cada vez mais em sua gestação, querendo descobrir cada detalhe do processo de geração de seu filho Ivan. Enquanto a loucura toma conta da mulher, Armando precisa sobreviver sua realidade disfuncional e viver entre as fraturas abertas e que os cercam, obrigando-o a entender de onde parte esse delírio.
Data de lançamento: 30 de janeiro.
Data de Lançamento: 30 de janeiro
Inspirado na obra de Domingos Oliveira e no filme Todo Mundo Tem Problemas Sexuais (2008), Todo Mundo (Ainda) Tem Problemas Sexuais apresenta uma divertida e reflexiva abordagem sobre as complexidades dos relacionamentos amorosos. A trama reúne quatro histórias curtas e independentes, que exploram as delícias, os desafios e os dilemas do cotidiano das relações. Com humor afiado e sem pudores, o filme aborda temas como infidelidade, ciúmes, inseguranças e desejos, mergulhando em situações que revelam tanto a fragilidade quanto a intensidade do amor. Cada narrativa é construída com uma mistura de sensibilidade e descontração, evidenciando as particularidades dos laços humanos e suas consequências emocionais. A obra convida o público a refletir sobre as diferentes formas de amar e sobre as imperfeições que tornam os relacionamentos únicos e, muitas vezes, irresistíveis.
Data de lançamento: 30 de janeiro.
Data de Lançamento: 30 de janeiro
(G)I-DLE WORLD TOUR [IDOL] é o registro cinematográfico da emocionante apresentação em Seul que deu início à turnê mundial 2024 do grupo de K-pop (G)I-DLE. Reconhecido como um dos grupos femininos mais influentes da quarta geração do K-pop, o (G)I-DLE conquistou fãs globais com hits como “TOMBOY”, “Nxde”, “Queencard” e “LATATA”. Desde sua estreia em 2018, o grupo acumula prêmios e consolidou sua popularidade com performances marcantes e criatividade musical. A experiência traz o público para o universo único do (G)I-DLE, destacando a energia vibrante do show, com figurinos deslumbrantes, coreografias poderosas e um setlist repleto de sucessos. A turnê “[IDOL]” reforça a conexão emocional do grupo com seus fãs, proporcionando momentos inesquecíveis e interações emocionantes. O filme é uma celebração da trajetória e do impacto global do (G)I-DLE, levando aos cinemas uma produção que combina música, dança e emoção em um espetáculo visual impressionante.
Data de lançamento: 30 janeiro.
Data de Lançamento: 30 de janeiro
Alma do Deserto explora os desafios de Georgina Epiayu por reconhecimento em meio a um ambiente preconceituoso. Já aos setenta anos, Georgina é uma mulher trans da etnia Wayúu que perde todos os seus documentos após ter sua casa queimada num incêndio criminoso, provocado por seus vizinhos intolerantes, que não aceitam sua presença. Atrás de afirmar sua identidade, a idosa tenta se virar para obter novos registros, agora com as devidas correções com relação ao seu gênero. O documentário de Mônica Taboada-Tapia acompanha o longo e desafiador caminho que se apresenta à frente de Georgina para obter seus direitos civis fundamentais, incluindo o de votar nas eleições colombianas. A jornada da anciã reflete as dúvidas e a luta de um grupo marginalizado a partir de um olhar sensível e de uma experiência resiliente.
Data de lançamento: 30 de janeiro.
Data de Lançamento: 30 de janeiro
Parque de Diversões aborda a trama de figuras anônimas que percorrem pelas ruas de Belo Horizonte, Minas Gerais, em busca de encontros, até que uma delas quebra o portão de um parque municipal e, a partir daí, o grupo começa a explorar o espaço vazio e proibido abrindo as suas portas para o desejo. Parque de Diversões aborda a experiência do “cruising”, um termo que descreve jogos e atos sexuais gratuitos, consensuais e anônimos praticados em locais públicos. Explorando esse universo como um território de excitação, adrenalina, segredo e alteridade, o filme reúne uma performance que aborda o corpo e as sexualidades, voyeurismos e exibicionismos, fetiches, práticas sexuais não-heterocentradas, desafiando os conceitos de identidade e gênero. Entre a poesia das imagens e a dança dos corpos, o longa-metragem traz cenas de sexo explícito, abordando sem tabus ou normas as múltiplas possibilidades do desejo.
Data de lançamento: 30 de janeiro.
Data de Lançamento: 30 de janeiro
Música e política se misturam nesse documentário sobre o processo de descolonização do Congo. Trilha Sonora para um Golpe de Estado reconstitui os últimos meses antes de Patrice Lumumba, primeiro presidente eleito democraticamente do Congo, ser assassinado em 1961. Em protesto, os músicos Abbey Lincoln e Max Roach invadem o Conselho de Segurança da ONU. Ao mesmo tempo, Louis Armstrong é enviado para o país como uma cortina de fumaça dos planos norte-americanos de depor Patrice. É a partir desse episódio, um bom representante das conexões entre imperialismo, capitalismo e jazz, que o diretor Johan Grimonprez traz o panorama das artimanhas políticas que incendiaram o contexto internacional da época. Marcado pela Guerra Fria, pelo movimento de independência pan-africanista, pelas mudanças no quadro de poder das Nações Unidas e pelas lutas por direitos civis nos EUA, o século XX e suas revoluções são o mote para um documentário ávido em entender os dilemas de uma história em disputa.
Data de lançamento:30 de janeiro.
Data de Lançamento: 30 de janeiro
Viva a Vida! é uma comédia dramática brasileira que segue a trajetória de Jessica (Thati Lopes), uma jovem dedicada ao trabalho e às responsabilidades, que leva uma vida regrada e cheia de contas a pagar. Ela trabalha em uma loja de antiguidades e parece não ter tempo para si mesma, sempre colocando suas obrigações à frente de seus desejos e sonhos. No entanto, sua rotina monótona sofre uma reviravolta quando, um dia, no trabalho, ela encontra um medalhão idêntico à joia deixada para ela por sua mãe, que faleceu quando ela era ainda muito jovem. Com o coração acelerado pela descoberta, Jessica vê o medalhão como um sinal do passado que finalmente se conecta com seu presente. Determinada a desvendar o mistério, ela se junta a Gabriel (Rodrigo Simas), um homem que afirma ser seu primo, mas cuja identidade e relação com ela permanecem incertas. Juntos, partem para Israel, onde começam uma jornada em busca das origens do medalhão e das pistas que ele pode revelar sobre sua família e sua história. À medida que exploram a terra cheia de mistérios e memórias, Jessica vai se deparando com mais surpresas do que imaginava: ela encontra parentes perdidos, descobre segredos de família guardados por gerações e, no meio dessa aventura, acaba se apaixonando. O que começa como uma busca por respostas sobre seu passado, acaba sendo uma jornada de autodescoberta, onde Jessica encontra não só suas raízes, mas também um lugar onde se sente completa e feliz.
Data de lançamento: 30 de janeiro.
Data de Lançamento: 30 de janeiro
Kasa Branza, dirigido e roteirizado por Luciano Vidigal, conta a história de Dé (Big Jaum), Adrianim (Diego Francisco) e Martins (Ramon Francisco), três adolescentes negros que vivem na periferia da Chatuba, em Mesquista, no Rio de Janeiro. O filme inspirado em histórias reais apresenta a relação de cuidado e amor entre Dé e sua avó Dona Almerinda. Sem nenhuma estrutura familiar, o rapaz é o único encarregado de cuidar da idosa, que vive com Alzheimer, e da subsistência dos dois. Vivendo sob o peso dos aluguéis atrasados e do preço dos medicamentos da avó, um dia, Dé recebe a triste notícia de que Dona Almerinda está em fase terminal da doença. O jovem, então, decide aproveitar os últimos dias da vida dela junto com os seus outros dois melhores amigos.
Data de lançamento: 30 de janeiro.
Data de Lançamento: 30 de janeiro
A Verdadeira Dor, com roteiro e direção de Jesse Eisenberg, é uma comédia dramática que explora as complexidades das relações familiares e a busca por identidade. A trama acompanha David (Jesse Eisenberg), um pai reservado e pragmático, e Benji (Kieran Culkin), seu primo excêntrico e boêmio. Apesar de suas diferenças, eles embarcam juntos em uma viagem à Polônia para homenagear a avó recentemente falecida, participando de uma excursão que revisita memórias do Holocausto e conecta o grupo às raízes familiares. Durante a jornada, antigas tensões entre os primos ressurgem, transformando a viagem em uma experiência emocionalmente intensa. À medida que exploram o passado da família e enfrentam as diferenças que os separam, David e Benji são forçados a confrontar suas próprias escolhas e perspectivas de vida. Com momentos de humor e melancolia, o filme oferece uma reflexão profunda sobre memória, legado e reconciliação, equilibrando leveza e emoção em uma narrativa envolvente.
Data de lançamento: 30 de janeiro.
Data de Lançamento: 30 de janeiro
Em O Maravilhoso Mágico de Oz, a clássica história ganha uma nova adaptação, acompanhando a jornada de Ellie (Ekaterina Chervova) e seu fiel cachorro, Totoshka, após serem levados por um furacão conjurado pela bruxa malvada Gingema (Vasilina Makovtseva). Transportados para o país mágico dos Munchkins, Ellie descobre que sua única chance de voltar para casa é buscar a ajuda do poderoso Mágico na Cidade das Esmeraldas. Seguindo a estrada de tijolos amarelos, ela encontra companheiros igualmente determinados: o Espantalho, que deseja um cérebro; o Homem de Lata, que sonha em ter um coração; e o Leão Covarde, que almeja coragem. Juntos, enfrentam desafios e perigos, enfrentando forças sombrias enquanto criam um vínculo de amizade e descobrem sua força interior. Essa releitura traz uma visão encantadora e emocionante da jornada de Ellie e seus amigos, destacando temas como coragem, autodescoberta e o poder dos laços que formamos. A história é uma celebração atemporal de esperança, perseverança e magia, ideal para todas as idades.
Data de lançamento: 30 de janeiro.
Data de Lançamento: 30 de janeiro
Uma troca de lealdade coloca Big Nick (Gerard Butler) e Donnie (O’Shea Jackson Jr.) do mesmo lado numa operação perigosa. Em Covil de Ladrões 2, Big Nick está à procura de Donnie, que escapou da Europa e está planejando seu próximo plano: roubar uma carga de diamantes que equivale a mais de 800 milhões de euros do Centro de Diamantes, o prédio mais seguro da Europa Continental. Dessa vez, porém, Big Nick não está atrás de capturá-lo, mas sim está determinado a fazer parte do elaborado assalto organizado por Donnie e seu grupo, Os Panteras, deixando para trás seus dias de policial e xerife. O que ninguém imaginava era que, mergulhados no mundo complexo e imprevisível dos ladrões de pedras preciosas, o esquema deles envolveria os diamantes de outra máfia. Agora, é preciso escapar com vida de uma caçada letal com outros criminosos enquanto organizam o maior plano de suas carreiras.
Data de lançamento: 30 de janeiro.
Data de Lançamento: 30 de janeiro
5 de Setembro, dirigido por Tim Fehlbaum, é um drama histórico que reconta o trágico Massacre de Munique de 1972 sob a perspectiva única da equipe de transmissão da ABC Sports. Durante os Jogos Olímpicos de Verão na Alemanha, a tranquilidade da Vila Olímpica é interrompida quando o grupo terrorista Setembro Negro invade o local e faz 11 atletas israelenses reféns. O que deveria ser uma celebração esportiva se transforma no maior atentado terrorista da história dos eventos esportivos. A trama acompanha os jornalistas esportivos que, de forma inesperada, precisam abandonar a cobertura das competições para reportar ao vivo os desdobramentos de uma tragédia em tempo real. Em meio à tensão e à incerteza, eles enfrentam dilemas éticos e emocionais enquanto o mundo inteiro assiste. O filme explora a transição de uma cobertura esportiva leve para uma reportagem de crise, evidenciando a pressão, os perigos e o impacto humano por trás das câmeras. Com uma narrativa intensa e emocionante, 5 de Setembro oferece uma visão diferente de um dos eventos mais marcantes da história moderna, mostrando o poder e os desafios da imprensa em momentos de crise global.
Data de lançamento: 30 de janeiro.
Data de Lançamento: 30 de janeiro
Uma lenda feita para assustar crianças malcriadas pode não ser apenas uma fábula no fim das contas. Em O Homem do Saco, uma família vive um pesadelo após serem perseguidos por uma criatura mitológica maligna, o Homem do Saco. Patrick McKee (Sam Claflin) acaba de retornar para sua cidade natal com seu filho Jake (Caréll Rhoden) e sua mulher Karina (Antonia Thomas). Quando era criança, o pai de Patrick costuma contar, para ele e seu irmão Liam, a história desse monstro que levava crianças inocentes numa sacola e as devorava. Convencido de que escapou de um encontro com o homem do saco na juventude, Patrick permanece com os traumas desse dia assombroso até os dias de hoje. Agora, a entidade parece estar de volta, ameaçando a paz e a segurança de sua família e com o menino Jake na sua mira.
Data de lançamento: 30 de janeiro.