Você sabe quem faz as suas roupas? E quando pergunto isso não estou me referindo a marca escolhida, mas sim quem está ali, costurando e passando a roupa que você compra. Eu sempre fui muito ligada a esse tipo de questionamento, ainda mais porque na minha casa tenho costureiros de mão cheia e que, algum dia, fizeram alguma roupa que está no seu armário. Saber quem produz as suas roupas ou, no caso, se preocupar com isso é um assunto que entra em pauta apenas quando alguma denúncia é feita ou alguma catástrofe acontece, porém precisamos pensar nisso mesmo quando não há extremos.
O que vejo nesses quase 24 anos sendo filha de costureiro é que as pessoas querem roupas bonitas para mostrar para as pessoas, mas não se preocupam se a pessoa que faz essas peças tem o necessário para sustentar a sua família. É um meio em que todos querem estar inseridos, pois o glamour que esse ramo aparenta oferecer cega muitas pessoas. Quem nunca quis seus 15 minutinhos de fama? O que muita gente ~esquece~ é que não existe uma máquina automática que faz tudo o que consumimos.
Acredito muito que a moda tem seu lado negro, o lado que as fashionistas ignoram. Que o povo do mundinho fashion ignora porque ninguém gosta de ver coisa “feia”. Hoje, existem milhares de trabalhadores da indústria de têxtil que trabalham de forma desumana e em um ritmo frenético para encher o seu e o meu guarda-roupa. Não sou extremista ao ponto de dizer que não compro roupas em fast fashion, o ponto não é esse, mas o que quero destacar é o quanto ligamos para o que nos cerca. Será que precisamos de casos como o do Rana Plaza, em 2013, para acordar e começar a considerar questões como essa?
E não precisamos ir muito longe para começar a se importar ou melhor, valorizar o trabalho das pessoas que fazem as suas roupas. Sou muito da opinião que precisamos começar a pensar localmente para só então agir globalmente. Não adianta vir com um discurso indignado contra grandes marcas, sobre trabalho escravo e bilhetes de trabalhadores em etiquetas de camiseta se quando a costureira do bairro cobra um preço justo pelo seu trabalho e você não quer pagar porque é ~caro~.
Já vi muito isso, vivo situações assim na minha casa. As máquinas retas do meu pai acompanham a minha vida e a qualidade do seu trabalho também. Não é de hoje que escuto declarações desse tipo ou pior, pessoas que pedem o serviço, pegam a encomenda e simplesmente não pagam. Acontece muito, não se engane.
Por isso, hoje 71 países estão unidos contra os trabalhos abusivos espalhados no mundo todo e também para propor soluções sustentáveis para a indústria da moda. O movimento, denominado Fashion Revolution, propõe que as pessoas comecem a dar importância para o assunto e não só isso, entender a importância desses questionamentos. Quanto mais soubermos quem faz as nossas roupas e, ouso dizer, valorizar o trabalho de quem se dedica a essa arte, mais passos daremos para um mundo mais plural e humano. Pode ser utopia, mas quero acreditar que ainda vale a pena sonhar alguns sonhos! E você?
Data de Lançamento: 02 de janeiro
O ano é 1978 e o Camboja, que foi renomeado como Kampuchea Democrático, está sob o domínio de Pol Pot e do seu Khmer Rouge há três anos. O país está economicamente devastado e quase 2 milhões de cambojanos morreram durante um genocídio ainda não declarado. Três franceses aceitaram o convite do regime na esperança de conseguir uma entrevista exclusiva com Pol Pot – um repórter que conhece o país, um fotojornalista e um intelectual que se sente próximo da ideologia revolucionária. Mas à medida que descobrem uma realidade diferente por trás da propaganda e recebem tratamento especial por parte do regime, todas as suas convicções são gradualmente viradas de cabeça para baixo.
Data de Lançamento: 02 de janeiro
Uma nova adaptação do clássico do terror, Nosferatu é um conto gótico sobre a obsessão de um terrível vampiro por uma mulher assombrada. A história se passa nos anos de 1800 na Alemanha e acompanha o rico e misterioso Conde Orlok (Bill Skarsgård) na busca por um novo lar. O vendedor de imóveis Thomas Hutter (Nicholas Hoult) fica responsável por conduzir os negócios de Orlok e, então, viaja para as montanhas da Transilvânia para prosseguir com as burocracias da nova propriedade do nobre. O que Thomas não esperava era encontrar o mal encarnado. Todos ao seu redor lhe indicam abandonar suas viagens, enquanto, longe dali, Ellen (Lily-Rose Depp) é continuamente perturbada por sonhos assustadores que se conectam com o suposto homem que Thomas encontrará e que vive sozinho num castelo em ruínas nos Cárpatos. A estranha relação entre Ellen e a criatura a fará sucumbir a algo sombrio e tenebroso?