Os movimentos são vigorosos, cheios de energia. A música alegre embala os saltos e rodopios, que fazem as cores dos tecidos – vermelho vibrante e azul, também bastante forte –, se misturarem em uma bela composição. “O meu primeiro contato com a arte foi esse, através da dança folclórica ucraniana. Eu dançava e ficava olhando aquelas cores em movimento… Era lindo. Acho que muito do meu abstrato tem essa influência”, lembra Luiz Lopes, com uma xícara na mão e olhos fixos no horizonte.
De estatura mediana, trajes sóbrios e cabelo e bigode grisalhos, à primeira vista a personalidade do artista plástico e escultor parece contrastar com sua aparência. Para acompanhar o diálogo, é preciso estar sempre atento, pois o assunto pode passar da pintura à política e aos rituais indígenas entre um gole de café e outro. Além disso, ele cita lugares, nomes e datas do seu passado com convicção – fruto de uma vida repleta de experiências no meio artístico e também como professor.
“Hoje mesmo eu estava ensinando sobre a representação do feminino através da Vênus de Willendorf”. Já foi professor nos colégios Estadual do Paraná, Loureiro Fernandes e Tiradentes. Sobre a escola em que dá aulas atualmente, no entanto, não tem muitas informações: “Sabe que não gravei ainda o nome do lugar? Entrei através do PSS lá. Mas dou aula pra criança pequena, de uns sete anos. Umas fofas!”.
É às artes plásticas, no entanto, que Luiz reserva grande parte de suas narrações. Afinal, são três as suas graduações na área – bacharel em Pintura e em Arte Popular e licenciatura em Artes. Já participou de diversas exposições individuais e coletivas, inclusive na França, em La Rochelle “Não sabia nada de francês, só dizia ‘Merci! Merci!’”. Atualmente, mantém um atelier na Avenida Vicente Machado, no centro da cidade. “Não entra uma alma viva lá. Tô querendo colocar um cafezinho pra dar uma movimentada. Quanto custa uma máquina de café dessa aí?”. Alguns minutos depois, no entanto, ele admite que não costuma abrir as portas do seu espaço. “Fico lá dentro espiandinho”, diz, imitando alguém que olha pelo buraco da fechadura.
Mais um gole de café e estamos conversando sobre o tempo em que coordenava o projeto “Arte Nossa”, ligado ao Programa de Voluntariado Paranaense (Provopar). O objetivo, segundo ele, era divulgar e comercializar o trabalho de artesãos de todo o Paraná, incluindo comunidades indígenas, através de lojas instaladas pelo projeto – uma no Aeroporto Internacional Afonso Pena e outra no alto do São Francisco – e mostras itinerantes. “Nós criávamos uma vitrine, para melhorar o setor. Mas nem escreva muito sobre essa parte, porque, dos meus planos como coordenador, não consegui realizar quase nada”, afirma, com um ar que mistura brincadeira e seriedade.
A conversa vai chegando ao fim, mas não sem um cafuné em sua companhia inseparável nas andanças pela cidade: o cão Chico, a quem Luis chama de filho. O nome completo, no entanto, é Chico Buarque de Holanda Lopes. “A gente tem que ir gravar umas aulas, né, Chico? Ele também é professor. Não votem no Beto Richa, que daí ele morde!”, brinca, relembrando as manifestações da categoria.
Ainda não consegui visitar seu atelier – até mesmo por não saber ao certo quando ele está aberto ou fechado ao público –, mas conheço mais de suas histórias também em pinceladas, entre um encontro e outro na cafeteria. Já na porta de saída, reforço: “Vou mesmo escrever um texto sobre você, hein!”. “Legal! Escreva e, quando você ficar grávida, fazemos uma escultura da sua barriga”.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
As Crônicas de Uma Relação Passageira conta a história do romance entre Charlotte (Sandrine Kiberlain) e Simon (Vicenti Macaigne) que se conhecem em uma festa. Charlotte é uma mãe e solteira, já Simon é um homem casado e sua esposa está grávida. Eles se reencontram num bar e começam um relacionamento repleto de percalços. Ela é mais extrovertida, pouco preocupada com o que os outros pensam. Ele é mais tímido e retraído. A princípio, os opostos realmente se atraem e ambos concordaram em viver uma relação apenas de aventuras, mas tudo se complica quando os dois criam sentimentos um pelo outro e o que era para ser algo muito bom, acaba se tornando uma relação perturbadora.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Dirigido e roteirizado por Pat Boonnitipat, a trama dessa ficção emocionante, Como Ganhar Milhões Antes que a Vó Morra, acompanha a jornada do jovem When M (Putthipong Assaratanakul), que passa a cuidar de sua avó doente chamada Amah (Usha Seamkhum), instigado pela herança da idosa. O plano é conquistar a confiança de sua avó, assim será o dono de seus bens. Tendo interesse apenas no dinheiro que Amah tem guardado, When resolve largar o trabalho para ficar com a senhora. Movido, também, por sentimentos que ele não consegue processar, como a culpa, o arrependimento e a ambição por uma vida melhor, o jovem resolve planejar algo para conseguir o amor e a preferência da avó antes que a doença a leve de vez. Em meio à essa tentativa de encantar Amah, When descobre que o amor vem por vias inimagináveis.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Um aspirante a escritor utiliza um alter ego para desenvolver seu primeiro romance. Em Sebastian, Max é um jovem de 25 anos que vive como escritor freelancer em Londres trabalhando com artigos para uma revista. Ter um livro publicado fala alto na lista de desejos do rapaz e, então, ele encontra um tema para explorar: o trabalho sexual na internet. Se a vida é um veículo de inspiração para um artista, Max corre atrás das experiências necessárias para desenvolver a trama de seu livro. Com isso, durante a noite, Max vira Sebastian, um trabalhador sexual com um perfil em um site no qual se oferece pagamentos por uma noite de sexo. Com essa vida dupla, Max navega diferentes histórias, vulnerabilidades e os próprios dilemas. Será que esse pseudônimo é apenas um meio para um fim, ou há algo a mais?
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Uma comédia em que grandes segredos e humilhações se cruzam e vem à tona. Histórias Que é Melhor Não Contar apresenta situações com as quais nos identificamos e que preferimos não contar, ou melhor, que preferimos esquecer a todo custo. Encontros inesperados, momentos ridículos ou decisões sem sentido, o filme aborda cinco histórias com um olhar ácido e compassivo sobre a incapacidade de controlar nossas próprias emoções. Na primeira história, uma mulher casada se vê atraída por um rapaz que conheceu em um passeio com o cachorro. Em seguida, um homem desiludido com seu último relacionamento se vê numa situação desconfortável na festa de um amigo. Na terceira, um grupo de amigas atrizes escondem segredos uma da outra. Por último, um professor universitário toma uma decisão precipitada; e um homem casado acha que sua mulher descobriu um segredo seu do passado. Com uma estrutura episódica, as dinâmicas do amor, da amizade e de relacionamentos amorosos e profissionais estão no cerne desse novo filme de Cesc Gay.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Lee, dirigido pela premiada cineasta, Ellen Kuras, vai contar a história da correspondente de guerra da revista Vogue, durante a Segunda Guerra Mundial, Elizabeth Lee Miller. O filme vai abordar uma década crucial na vida dessa fotógrafa norte-americana, mostrando com afinco o talento singular e a tenacidade dela, o que resultou em algumas das imagens de guerra mais emblemáticas do século XX. Isso inclui a foto icônica que Miller tirou dela mesma na banheira particular de Hitler. Miller tinha uma profunda compreensão e empatia pelas mulheres e pelas vítimas sem voz da guerra. Suas imagens exibem tanto a fragilidade quanto a ferocidade da experiência humana. Acima de tudo, o filme mostra como Miller viveu sua vida a todo vapor em busca da verdade, pela qual ela pagou um alto preço pessoal, forçando-a a confrontar um segredo traumático e profundamente enterrado de sua infância.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Prólogo do live action de Rei Leão, produzido pela Disney e dirigido por Barry Jenkins, o longa contará a história de Mufasa e Scar antes de Simba. A trama tem a ajuda de Rafiki, Timão e Pumba, que juntos contam a lenda de Mufasa à jovem filhote de leão Kiara, filha de Simba e Nala. Narrado através de flashbacks, a história apresenta Mufasa como um filhote órfão, perdido e sozinho até que ele conhece um simpático leão chamado Taka – o herdeiro de uma linhagem real. O encontro ao acaso dá início a uma grande jornada de um grupo extraordinário de deslocados em busca de seu destino, além de revelar a ascensão de um dos maiores reis das Terras do Orgulho.