A última semana foi muito importante para o futuro de Britney Spears. A para sempre princesa do pop teve um capítulo importante de sua vida, no qual falou diretamente à Corte americana a respeito da tutela que coloca o pai de Spears como responsável por todos os aspectos da sua vida, trabalho e dinheiro. Em um depoimento chocante no qual ela revelou abusos de sua própria família, a cantora deu detalhes dos últimos 13 anos nos quais trabalhou intensamente, sem poder realizar qualquer escolha sobre sua vida.
Vamos começar a ouvir alguns clássicos da Britney enquanto lemos a coluna? Coloca para tocar “What It’s Like to Be Me”, do álbum Britney de 2001. Vai dar um tom legal para acompanhar o restante do texto.
Para quem está por fora, vamos a um breve resumo. Britney está desde 2008 sob os cuidados do pai Jamie Spears, que foi apontado como responsável legal da cantora. Ela passou por um momento conturbado no qual foi considerada inapta a cuidar de própria vida, o que resultou em uma internação psiquiátrica e a instauração da tutela.
Mais detalhes de toda a situação apareceram no documentário Framing Britney Spears (disponível no Globoplay). No documentário, percebe-se que muito do que aconteceu com Britney foi resultado de anos de abuso por parte de todos ao seu redor. Ela sofreu com a pior época dos paparazzi, lidou com o comportamento tóxico da imprensa, do ex-namorado Justin Timberlake, familiares e pessoas próximas. Muito do que ela viveu e passou foi totalmente justificado pelas circunstâncias, e coloca em xeque as condições nas quais ela foi tratada, perdendo acesso a direitos básicos de um ser humano.
Continuamos com “Piece of Me”, do Blackout de 2007. A letra dessa música faz ainda mais mais sentido com tudo o que desenrolou ao longo da última semana, infelizmente.
Ao assistir a esse documentário na época do lançamento meu sentimento em geral foi de tristeza. Ninguém deveria ter que passar por tudo o que a cantora passou, e ver que isso aconteceu aos olhos do público é ainda mais assustador. Mesmo sem apoio, ela já conquistou tanto. Imagina o quão longe poderia ter ido se tivesse uma base familiar, apoio, estrutura. De fato, há uma estrela que brilha muito forte em Britney Spears.
Vamos mudar o tom? Seguimos com “Born To Make You Happy”, do álbum de estreia da cantora, de 1999.
Vou assinar o meu atestado definitivo de millennial e contar que Britney Spears teve um papel importante na minha infância e adolescência. Foi um dos primeiros CDs que comprei. A capinha de …Baby One More Time já está desgastada de tanto que foi usada para aprender a cantar as letras das músicas. É uma pena que na época não tinha como assistir aos vídeos em slow motion no YouTube, acompanhar tutoriais ou espelhar vídeos para aprender as coreografias. Mesmo assim, aprendi muitas, e “Oops! I Did It Again” nunca foi esquecida (emoji de chorinho 😂 rs).
Podemos dizer facilmente que ela foi responsável por muito do que conhecemos da música pop. Hoje aos 39 anos, Britney trouxe ao longo de sua carreira videoclipes icônicos, apresentações incríveis, recordes com vendas de álbuns, entre tantos outros marcos. Aproveito aqui para destacar alguns favoritos da trajetória da cantora para celebrarmos essa personalidade que fez parte da história de tanta gente. Caso assim seja o desejo dela, que a gente ainda tenha chance de ver a cantora no palco, dançando e fazendo o que ela faz de melhor! Como Britney disse nessa semana – ela não é boa, ela é incrível!
O ano era 2003. Em mais uma edição do Video Music Awards da MTV, três ícones da música cantaram “Like a Virgin” na abertura da premiação – a própria Madonna, acompanhada de Britney Spears e Christina Aguilera. Vamos situar o contexto – Britney já tinha lançado três álbuns, …Baby One More Time, Oops!… I Did It Again e Britney; e havia recentemente terminado seu relacionamento com o então príncipe do pop, Justin Timberlake, que havia lançado no ano anterior o single-shade para Britney “Cry Me a River”. Assistir a essa apresentação hoje é também sinônimo de curtir toda a cultura da época. Enquanto Britney canta, a câmera foca em diversas personalidades – Beyoncé, Avril Lavigne, Mary J. Blige, Eminem – refletindo o que cada um estava achando da apresentação. Entra o momento épico em que Madonna beija Britney, e a câmera vai diretamente para a reação de Justin Timberlake. Christina, por sua vez, ficou até em segundo plano.
Antes da voz da Britney ser praticamente “forçada” a um formato que acreditava-se ser o mais vendável, não dá para esquecer que ela cantava de verdade, sim. Ao longo dos anos, ficou cada vez mais difícil identificar momentos em que ela canta ao vivo, mas dá para perceber nessa apresentação icônica dos anos 2000, ao menos na primeira parte, na qual ela interpreta sua versão da música dos Rolling Stones. Tudo aqui é perfeito. O figurino, o visual, a performance. Mais uma para a coleção de apresentações marcantes da cantora na MTV.
As duas músicas – Sometimes e Crazy – estão no meu top 10 de músicas favoritas da cantora. São do primeiro álbum, e marcaram muito a época do seu lançamento. Nessa apresentação temos o dance break icônico de Crazy com as cadeiras na primeira apresentação da música na televisão. Linda e brilhante!
Praticamente todas as apresentações desse especial gravado para o canal ABC, em apoio ao lançamento do quarto álbum de Britney, In the Zone, são incríveis. Nessa temos “Toxic”, música que rendeu um Grammy para a artista. Uma das canções mais reconhecidas de Britney, com coreografia e clipe icônicos (sei que usei muito essa palavra aqui, mas fazer o quê…).
Sinto essa apresentação como um certo renascimento para Britney. Depois de um dos seus melhores álbuns – Blackout, de 2007 – ela embarcou na fase mais crítica da sua vida aos olhos do público. No ano seguinte veio Circus, e com ele mais um álbum de sucesso e o primeiro hit a ficar em primeiro lugar na Billboard Hot 100 desde “…Baby One More Time”, com “Womanizer”. Nossa eterna princesa do pop que arrasa sempre que sobe aos palcos. Que venha mais por aí!
Data de Lançamento: 21 de novembro
Retrato de um Certo Oriente, dirigido por Marcelo Gomes e inspirado no romance de Milton Hatoum, vencedor do Prêmio Jabuti, explora a saga de imigrantes libaneses no Brasil e os desafios enfrentados na floresta amazônica. A história começa no Líbano de 1949, onde os irmãos católicos Emilie (Wafa’a Celine Halawi) e Emir (Zakaria Kaakour) decidem deixar sua terra natal, ameaçada pela guerra, em busca de uma vida melhor. Durante a travessia, Emilie conhece e se apaixona por Omar (Charbel Kamel), um comerciante muçulmano. Contudo, Emir, tomado por ciúmes e influenciado pelas diferenças religiosas, tenta separá-los, o que culmina em uma briga com Omar. Emir é gravemente ferido durante o conflito, e Emilie é forçada a interromper a jornada, buscando ajuda em uma aldeia indígena para salvar seu irmão. Após a recuperação de Emir, eles continuam rumo a Manaus, onde Emilie toma uma decisão que traz consequências trágicas e duradouras. O filme aborda temas como memória, paixão e preconceito, revelando as complexas relações familiares e culturais dos imigrantes libaneses em um Brasil desconhecido e repleto de desafios.
Data de Lançamento: 21 de novembro
A Favorita do Rei é um drama histórico inspirado na vida de Jeanne Bécu, filha ilegítima de uma costureira humilde, que alcança o auge da corte francesa como amante oficial do rei Luís XV. Jeanne Vaubernier (interpretada por Maïwenn) é uma jovem ambiciosa que, determinada a ascender socialmente, utiliza seu charme para escapar da pobreza. Seu amante, o conde Du Barry (Melvil Poupaud), enriquece ao lado dela e, ambicionando colocá-la em um lugar de destaque, decide apresentá-la ao rei. Com a ajuda do poderoso duque de Richelieu (Pierre Richard), o encontro é orquestrado, e uma conexão intensa surge entre Jeanne e Luís XV (Johnny Depp). Fascinado por sua presença, o rei redescobre o prazer da vida e não consegue mais se imaginar sem ela, promovendo-a a sua favorita oficial na corte de Versailles. No entanto, esse relacionamento escandaloso atrai a atenção e o desagrado dos nobres, provocando intrigas e desafios que Jeanne terá de enfrentar para manter sua posição privilegiada ao lado do monarca.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Em A Linha da Extinção, do diretor Jorge Nolfi, nas desoladas Montanhas Rochosas pós-apocalípticas, um pai solteiro e duas mulheres corajosas se veem forçados a deixar a segurança de seus lares. Unidos por um objetivo comum, eles embarcam em uma jornada repleta de perigos, enfrentando criaturas monstruosas que habitam esse novo mundo hostil. Com o destino de um menino em suas mãos, eles lutam não apenas pela sobrevivência, mas também por redenção, descobrindo a força da amizade e o poder da esperança em meio ao caos. Essa aventura épica revela o que significa ser família em tempos de desespero.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Baseado no musical homônimo da Broadway, Wicked é o prelúdio da famosa história de Dorothy e do Mágico de Oz, onde conhecemos a história não contada da Bruxa Boa e da Bruxa Má do Oeste. Na trama, Elphaba (Cynthia Erivo) é uma jovem do Reino de Oz, mas incompreendida por causa de sua pele verde incomum e por ainda não ter descoberto seu verdadeiro poder. Sua rotina é tranquila e pouco interessante, mas ao iniciar seus estudos na Universidade de Shiz, seu destino encontra Glinda (Ariana Grande), uma jovem popular e ambiciosa, nascida em berço de ouro, que só quer garantir seus privilégios e ainda não conhece sua verdadeira alma. As duas iniciam uma inesperada amizade; no entanto, suas diferenças, como o desejo de Glinda pela popularidade e poder, e a determinação de Elphaba em permanecer fiel a si mesma, entram no caminho, o que pode perpetuar no futuro de cada uma e em como as pessoas de Oz as enxergam.
Data de Lançamento: 20 de novembro
No suspense Herege, Paxton (Chloe East) e Barnes (Sophie Thatcher) são duas jovens missionárias que dedicam seus dias a tentar atrair novos fiéis. No entanto, a tarefa se mostra difícil, pois o desinteresse da comunidade é evidente. Em uma de suas visitas, elas encontram o Sr. Reed (Hugh Grant), um homem aparentemente receptivo e até mesmo inclinado a converter-se. Contudo, a acolhida amistosa logo se revela um engano, transformando a missão das jovens em uma perigosa armadilha. Presas em uma casa isolada, Paxton e Barnes veem-se forçadas a recorrer à fé e à coragem para escapar de um intenso jogo de gato e rato. Em meio a essa luta desesperada, percebem que sua missão vai muito além de recrutar novos seguidores; agora, trata-se de uma batalha pela própria sobrevivência, na qual cada escolha e cada ato de coragem serão cruciais para escapar do perigo que as cerca.