Substantivo comum e, lamentavelmente, plural. No país que morre, queima, chora e sangra, sob o comando de um presidente minúsculo, uma em cada três pessoas ainda tem bolsonaro como primeira opção de voto nas eleições de 2022. Já aqui no Sul, a situação chama mais atenção do que a média nacional: mais de 35% dos eleitores se declaram bolsonaros.
Dicionário
bolsonaro
substantivo comum
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Entre um antiácido e uma passiflora, fico tentando entender o que se passa na cabeça e no coração de quem se identifica com isso, ou parte disso. Tento compreender para poder dialogar. Ah, mas religião, futebol e política não se discutem. Concordo que religião a gente deve respeitar e não discutir e que futebol, a gente pode lamentar, sem precisar brigar. Mas política não dá. Precisamos de muita conversa e discussão, sim. Sua igreja e seu time não afetam minha vida. Mas o seu voto pode mudar a minha história pra pior ou pra melhor. Então, tem que ser discutido.
Voltando à tentativa do entendimento. Observo os bolsonaros que conheço e arrisco ensaiar uma segmentação, para identificar com quais ainda vale a gastrite.
Tem aqueles que estão perdidos na pirâmide social. Completamente deslocados. São da classe média, estão mais perto da base, mas pensam que estão adentrando no topo. Executivos, concursados, proprietários de pequenas empresas, que acreditam que quando se fala de taxação das grandes fortunas, é sobre o carro zero que eles têm na garagem ou seu apartamento na praia. Não, amigos, não é. Essa turma é feita por trabalhadores e não magnatas. E é por isso que eles precisam entender que as políticas sociais são positivas não só para a base, mas para todo mundo que não está no topo.
Outra fatia de bolsonaros é formada pelos machões armados conservadores, que são casados com as femininas, modo como as antifeministas se autodenominam na sociedade quando militam sobre sovacos depilados, famílias Doriana e a escola sem partido. O diálogo com esse grupo é praticamente impossível, porque não está relacionado a divergência política, mas a aversão moral e ética.
Outros velhos conhecidos são aqueles que já foram collors e agora se tornaram bolsonaros pra fugir do comunismo. Simplesmente porque não trabalharam a vida toda para conseguir comprar uma chácara e ver seu suado patrimônio ser tomado pela reforma agrária. Com esses a gente não sabe se ri ou se chora. Mas, com certeza, vale o diálogo. Pois são movidos pelo desconhecimento e pelo medo, não pelo ódio.
Não posso deixar de citar outro aglomero curioso, que reúne aquelas tias do WhatsApp, cuja experiência de patriotismo mais forte que vivenciaram na vida foram as Copas do Mundo. E, do nada, com um simples smartphone na mão, puderam se filiar a uma manada e expressar sua opinião nas redes sociais, que se resumia a: mito. Quantos grupos de família não foram quebrados? Ausência total de argumentos e muita fake news sendo multiplicada. Era a turma que se orgulhava de ser chamada de robô. Hoje estão silenciosos. Não foram a nenhuma manifestação pró-governo. Mas ainda não da pra saber se é porque não têm moto ou porque mudaram de opinião. Ninguém da família toca no assunto. Melhor esperar.
E, para concluir, os negacionistas. Não têm medo da pandemia, são contra a vacina, estão em dúvida se a terra é plana e acreditam em tudo que o bolsonaro fala. Com esses, confesso que evito falar sobre política, porque as crenças são tão inacreditáveis (crenças inacreditáveis foi de propósito, pra ficar esquisito mesmo) que é mais saudável fingir demência para não ficar louca de verdade.
O alento é que contra esse capitão de nome impróprio, nosso Brasil, com B maiúsculo, segue ganhando força nas ruas, trazendo um aconchego para a alma e uma dose extra de resistência.
*Pesquisa realizada pelo Instituto Paraná Pesquisas, em 156 municípios dos 26 estados e do Distrito Federal, entre os dias 11 e 15 de junho de 2021.
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