Por Daniel D’Alessandro
Prestes a completar 35 anos de carreira, o músico Jards Macalé se apresenta no Psicodália 2015, festival que acontece de 13 a 18 de fevereiro, durante o Carnaval, em Rio Negrinho (SC). Seu show está marcado para acontecer no domingo (15) às 23h no Palco Lunar.
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Reconhecido como um dos mestres da música brasileira, o carioca já trabalhou com Maria Bethânia, Gal Costa, Naná Vasconcelos, Gilberto Gil e Caetano Veloso, mas agora toca com uma banda composta por músicos jovens. Em entrevista concedida por e-mail ao Curitiba Cult, ele fala sobre o show que fará no Psicodália e comenta temas emblemáticos de sua trajetória.
O Psicodália é frequentado predominantemente por jovens, marcado por um clima de cordialidade e cultura ‘paz e amor’, à semelhança de festivais antigos de música. Há algo especial que esteja sendo preparado para esta ocasião? Ou o show será parecido com os que você tem feito do ano passado para cá?
O show terá o formato dos que tenho feito com a Banda Let’s Play That, com acréscimo de outras musicas.
Você deve se apresentar no Psicodália acompanhado do grupo ‘Lets Play That’, formado por músicos relativamente jovens. Já no DVD gravado em 2014, a banda era marcada por instrumentistas de uma linha mais ‘clássica’ da música brasileira (Cristóvão Bastos, Jorge Helder, Jurim Moreira, Victor Biglione e outros). Para você, que diferença existe no trabalho com esses dois perfis de músicos? Ou as coisas acontecem de formas semelhantes em ambos os casos?
Todos os músicos que você citou são ótimos músicos. O que diferencia são os timbres e a concepção dos arranjos. Gosto de misturar o acústico com uma pegada mais pesada, elétrica. Para cada musica uma ideia instrumental.
Em sebos de várias cidades do Brasil e sites de venda de discos, o álbum ‘Jards Macalé’, de 1972, tem status de obra cult (talvez por influência da categorização ‘maldito’ em que você era incluído há alguns anos). Essa curiosidade de jovens em relação a discos como este é surpreendente para você?
Esse álbum foi gravado de forma livre. Entramos em estúdio e fizemos arranjos juntos. As ideias se somavam na hora em que tocávamos. Acho que ele chama atenção justamente por esse fato. Gravamos praticamente ao vivo. A formação violão acústico com cordas de nylon, violão acústico com cordas de metal, baixo elétrico e bateria deu um tipo de sonoridade especial. Vale também o repertório com canções fora do que se tinha como “normal” com meus parceiros Waly Salomão, Torquato Neto, Capinan e Duda.
Você também é envolvido com o famoso bloco carnavalesco Suvaco do Cristo, que tem juntado milhares de foliões na rua nos últimos anos. Como você vê esse renascimento do Carnaval de rua pelo Brasil (se é que você entende assim)? Passará o Carnaval inteiro longe do Rio?
Sou um dos fundadores do Suvaco do Cristo. Na época tinha a Banda de Ipanema e o Simpatia é Quase Amor na zona sul do Rio. Os blocos de rua geralmente nascem da reunião de amigos que moram próximos. O Suvaco nasceu entre amigos do bairro do Jardim Botânico.
Os blocos de rua espalham alegria por todo o Brasil, sejam pequenos ou grandes. É renascimento importante. O Suvaco sai um domingo antes do início do Carnaval. Sairei nele, me apresento no Psicodália domingo e volto ao Rio.
Depois de tantos anos de carreira e trânsito na música popular, música clássica, cinema, poesia, teatro, artes plásticas (e experiência em diferentes funções dentro de algumas dessas áreas), ainda há algo que você gostaria de fazer e não tenha realizado no mundo das artes?
Gostaria de continuar colaborando com todas as formas de arte, como sempre atuei.
*Foto: Felipe Diniz
Data de Lançamento: 21 de novembro
Retrato de um Certo Oriente, dirigido por Marcelo Gomes e inspirado no romance de Milton Hatoum, vencedor do Prêmio Jabuti, explora a saga de imigrantes libaneses no Brasil e os desafios enfrentados na floresta amazônica. A história começa no Líbano de 1949, onde os irmãos católicos Emilie (Wafa’a Celine Halawi) e Emir (Zakaria Kaakour) decidem deixar sua terra natal, ameaçada pela guerra, em busca de uma vida melhor. Durante a travessia, Emilie conhece e se apaixona por Omar (Charbel Kamel), um comerciante muçulmano. Contudo, Emir, tomado por ciúmes e influenciado pelas diferenças religiosas, tenta separá-los, o que culmina em uma briga com Omar. Emir é gravemente ferido durante o conflito, e Emilie é forçada a interromper a jornada, buscando ajuda em uma aldeia indígena para salvar seu irmão. Após a recuperação de Emir, eles continuam rumo a Manaus, onde Emilie toma uma decisão que traz consequências trágicas e duradouras. O filme aborda temas como memória, paixão e preconceito, revelando as complexas relações familiares e culturais dos imigrantes libaneses em um Brasil desconhecido e repleto de desafios.
Data de Lançamento: 21 de novembro
A Favorita do Rei é um drama histórico inspirado na vida de Jeanne Bécu, filha ilegítima de uma costureira humilde, que alcança o auge da corte francesa como amante oficial do rei Luís XV. Jeanne Vaubernier (interpretada por Maïwenn) é uma jovem ambiciosa que, determinada a ascender socialmente, utiliza seu charme para escapar da pobreza. Seu amante, o conde Du Barry (Melvil Poupaud), enriquece ao lado dela e, ambicionando colocá-la em um lugar de destaque, decide apresentá-la ao rei. Com a ajuda do poderoso duque de Richelieu (Pierre Richard), o encontro é orquestrado, e uma conexão intensa surge entre Jeanne e Luís XV (Johnny Depp). Fascinado por sua presença, o rei redescobre o prazer da vida e não consegue mais se imaginar sem ela, promovendo-a a sua favorita oficial na corte de Versailles. No entanto, esse relacionamento escandaloso atrai a atenção e o desagrado dos nobres, provocando intrigas e desafios que Jeanne terá de enfrentar para manter sua posição privilegiada ao lado do monarca.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Em A Linha da Extinção, do diretor Jorge Nolfi, nas desoladas Montanhas Rochosas pós-apocalípticas, um pai solteiro e duas mulheres corajosas se veem forçados a deixar a segurança de seus lares. Unidos por um objetivo comum, eles embarcam em uma jornada repleta de perigos, enfrentando criaturas monstruosas que habitam esse novo mundo hostil. Com o destino de um menino em suas mãos, eles lutam não apenas pela sobrevivência, mas também por redenção, descobrindo a força da amizade e o poder da esperança em meio ao caos. Essa aventura épica revela o que significa ser família em tempos de desespero.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Baseado no musical homônimo da Broadway, Wicked é o prelúdio da famosa história de Dorothy e do Mágico de Oz, onde conhecemos a história não contada da Bruxa Boa e da Bruxa Má do Oeste. Na trama, Elphaba (Cynthia Erivo) é uma jovem do Reino de Oz, mas incompreendida por causa de sua pele verde incomum e por ainda não ter descoberto seu verdadeiro poder. Sua rotina é tranquila e pouco interessante, mas ao iniciar seus estudos na Universidade de Shiz, seu destino encontra Glinda (Ariana Grande), uma jovem popular e ambiciosa, nascida em berço de ouro, que só quer garantir seus privilégios e ainda não conhece sua verdadeira alma. As duas iniciam uma inesperada amizade; no entanto, suas diferenças, como o desejo de Glinda pela popularidade e poder, e a determinação de Elphaba em permanecer fiel a si mesma, entram no caminho, o que pode perpetuar no futuro de cada uma e em como as pessoas de Oz as enxergam.
Data de Lançamento: 20 de novembro
No suspense Herege, Paxton (Chloe East) e Barnes (Sophie Thatcher) são duas jovens missionárias que dedicam seus dias a tentar atrair novos fiéis. No entanto, a tarefa se mostra difícil, pois o desinteresse da comunidade é evidente. Em uma de suas visitas, elas encontram o Sr. Reed (Hugh Grant), um homem aparentemente receptivo e até mesmo inclinado a converter-se. Contudo, a acolhida amistosa logo se revela um engano, transformando a missão das jovens em uma perigosa armadilha. Presas em uma casa isolada, Paxton e Barnes veem-se forçadas a recorrer à fé e à coragem para escapar de um intenso jogo de gato e rato. Em meio a essa luta desesperada, percebem que sua missão vai muito além de recrutar novos seguidores; agora, trata-se de uma batalha pela própria sobrevivência, na qual cada escolha e cada ato de coragem serão cruciais para escapar do perigo que as cerca.