O mundo cinematográfico está cheio de opções variadas para todos os tipos de gostos, isso é um fato. Existem gêneros e mais gêneros voltados a toda forma de espectador, e o intuito é geralmente atingir a maior massa possível. Volta e meia, porém, surgem alguns exemplares que vão contra tal fluxo e se arriscam ao tentar bater de frente com o próprio público. O cinema ganha nesta quinta (21) o maior exemplo disso aí, e ele atende pelo nome de Mãe!.
Desde a cogitação de seu lançamento e todos os fatores de produção que foram se desenrolando, uma estranheza sempre pairou. Com uma trama pouco reveladora, pôsteres suspeitos e um trailer beirando uma pegada de suspense psicológico. Nunca foi fácil entender e agora que Mãe! já está disponível à audiência, a tarefa parece mais difícil ainda.
A direção e roteiro vieram das mãos de Darren Aronofsky, e isso já significa muito. Ele é responsável por ‘Réquiem Para um Sonho’, ‘Cisne Negro’ e mais recentemente ‘Noé’. As duas primeiras obras são elogiadas pela forma nada usual de abordar distúrbios, tanto envolvendo drogas quanto mentais. Agora em Mãe! ele vai além, mas muito além mesmo, e produz algo que foge do “fácil” entendimento humano.
Temos na premissa inicial, e o que nos é divulgado em trailers e sinopse, algo bem simples. Nada mais do que o relacionamento de um casal, até então tranquilo e estável. Que é colocado em risco com a chegada e atitudes bem estranhas de visitas não convidadas. Os protagonistas são Jennifer Lawrence e Javier Bardem, premiados por ‘O Lado Bom da Vida’ e ‘Onde os Fracos Não Têm Vez’ respectivamente. O elenco ainda conta com Ed Harris e Michelle Pfeiffer.
Sinceramente, é muito difícil falar de Mãe! pela tamanha complexidade e abrangência que o filme representa. Nada é entregue de forma simples e é preciso uma ampla visão de mundo para captar o que está ali. É fácil reparar no show de atuações, não só de Lawrence que domina todo o filme para si, mas do “ressurgimento” de Pfeiffer e da frieza de Bardem. O modo seco como Aronofsky conduz tudo, sem usar trilha sonora e caprichando no efeito sonoro para causa impacto. O estilo de filmagem que migra de primeira pessoa para closes, tudo num plano bem fechado e com pouco brilho. Não há profundidade de roteiro, os personagens não tem nome e tudo acontece de forma abrupta que não deixa espaço para compreensões rápidas. E tudo isso tem um sentido brilhante, que na cabeça de Aronofsky funciona perfeitamente e se mostra poeticamente acertado.
Mãe! foi vendido muito mal, o que explica a má aceitação, baixo público e bilheteria, além da possível aparição em grandes premiações posta em cheque. Não é um suspense, não da forma usual pelo menos, e não é um filme para qualquer um. É o tipo de obra que atinge e agrada poucos, dá até para se dizer que não é filme para cinema.
Na tentativa suprema de não soltar spoilers, tudo em Mãe! trata de questões humanitárias e religiosas; e ninguém esperava por isso. Ninguém espera também por tanta linguagem metafórica e simbolismo exagerado, com o único intuito de chocar. Numa tentativa superficial de explicar o que está acontecendo ali, vos explico. É uma recriação cheia de liberdade poética para o início de tudo e o modo que a humanidade lida com o planeta conforme sequencias da Bíblia. Falar mais do que isso já pode arruinar a experiência que Mãe! proporciona, um experimento bem confuso e revelador; daquele que é impossível não debater a respeito.
Nota: 8,0
Data de Lançamento: 19 de dezembro
As Crônicas de Uma Relação Passageira conta a história do romance entre Charlotte (Sandrine Kiberlain) e Simon (Vicenti Macaigne) que se conhecem em uma festa. Charlotte é uma mãe e solteira, já Simon é um homem casado e sua esposa está grávida. Eles se reencontram num bar e começam um relacionamento repleto de percalços. Ela é mais extrovertida, pouco preocupada com o que os outros pensam. Ele é mais tímido e retraído. A princípio, os opostos realmente se atraem e ambos concordaram em viver uma relação apenas de aventuras, mas tudo se complica quando os dois criam sentimentos um pelo outro e o que era para ser algo muito bom, acaba se tornando uma relação perturbadora.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Dirigido e roteirizado por Pat Boonnitipat, a trama dessa ficção emocionante, Como Ganhar Milhões Antes que a Vó Morra, acompanha a jornada do jovem When M (Putthipong Assaratanakul), que passa a cuidar de sua avó doente chamada Amah (Usha Seamkhum), instigado pela herança da idosa. O plano é conquistar a confiança de sua avó, assim será o dono de seus bens. Tendo interesse apenas no dinheiro que Amah tem guardado, When resolve largar o trabalho para ficar com a senhora. Movido, também, por sentimentos que ele não consegue processar, como a culpa, o arrependimento e a ambição por uma vida melhor, o jovem resolve planejar algo para conseguir o amor e a preferência da avó antes que a doença a leve de vez. Em meio à essa tentativa de encantar Amah, When descobre que o amor vem por vias inimagináveis.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Um aspirante a escritor utiliza um alter ego para desenvolver seu primeiro romance. Em Sebastian, Max é um jovem de 25 anos que vive como escritor freelancer em Londres trabalhando com artigos para uma revista. Ter um livro publicado fala alto na lista de desejos do rapaz e, então, ele encontra um tema para explorar: o trabalho sexual na internet. Se a vida é um veículo de inspiração para um artista, Max corre atrás das experiências necessárias para desenvolver a trama de seu livro. Com isso, durante a noite, Max vira Sebastian, um trabalhador sexual com um perfil em um site no qual se oferece pagamentos por uma noite de sexo. Com essa vida dupla, Max navega diferentes histórias, vulnerabilidades e os próprios dilemas. Será que esse pseudônimo é apenas um meio para um fim, ou há algo a mais?
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Uma comédia em que grandes segredos e humilhações se cruzam e vem à tona. Histórias Que é Melhor Não Contar apresenta situações com as quais nos identificamos e que preferimos não contar, ou melhor, que preferimos esquecer a todo custo. Encontros inesperados, momentos ridículos ou decisões sem sentido, o filme aborda cinco histórias com um olhar ácido e compassivo sobre a incapacidade de controlar nossas próprias emoções. Na primeira história, uma mulher casada se vê atraída por um rapaz que conheceu em um passeio com o cachorro. Em seguida, um homem desiludido com seu último relacionamento se vê numa situação desconfortável na festa de um amigo. Na terceira, um grupo de amigas atrizes escondem segredos uma da outra. Por último, um professor universitário toma uma decisão precipitada; e um homem casado acha que sua mulher descobriu um segredo seu do passado. Com uma estrutura episódica, as dinâmicas do amor, da amizade e de relacionamentos amorosos e profissionais estão no cerne desse novo filme de Cesc Gay.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Lee, dirigido pela premiada cineasta, Ellen Kuras, vai contar a história da correspondente de guerra da revista Vogue, durante a Segunda Guerra Mundial, Elizabeth Lee Miller. O filme vai abordar uma década crucial na vida dessa fotógrafa norte-americana, mostrando com afinco o talento singular e a tenacidade dela, o que resultou em algumas das imagens de guerra mais emblemáticas do século XX. Isso inclui a foto icônica que Miller tirou dela mesma na banheira particular de Hitler. Miller tinha uma profunda compreensão e empatia pelas mulheres e pelas vítimas sem voz da guerra. Suas imagens exibem tanto a fragilidade quanto a ferocidade da experiência humana. Acima de tudo, o filme mostra como Miller viveu sua vida a todo vapor em busca da verdade, pela qual ela pagou um alto preço pessoal, forçando-a a confrontar um segredo traumático e profundamente enterrado de sua infância.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Prólogo do live action de Rei Leão, produzido pela Disney e dirigido por Barry Jenkins, o longa contará a história de Mufasa e Scar antes de Simba. A trama tem a ajuda de Rafiki, Timão e Pumba, que juntos contam a lenda de Mufasa à jovem filhote de leão Kiara, filha de Simba e Nala. Narrado através de flashbacks, a história apresenta Mufasa como um filhote órfão, perdido e sozinho até que ele conhece um simpático leão chamado Taka – o herdeiro de uma linhagem real. O encontro ao acaso dá início a uma grande jornada de um grupo extraordinário de deslocados em busca de seu destino, além de revelar a ascensão de um dos maiores reis das Terras do Orgulho.