Sabe quando você não entende a referência e ridiculariza o interlocutor para não dar o braço a torcer? Tenho uma amiga que gosta de interromper cenas como essa dizendo assim: “Se você não entendeu, não era para você”. E a frase dela resume muita coisa. Inclusive o que pode te acontecer se você assistir “Será Que?“, o novo filme estrelado por Daniel Radcliffe que estreia nesta quinta-feira (25) nos cinemas brasileiros.
Não, não estou dizendo que o longa tem um roteiro complexo ou personagens difíceis. Pelo contrário, compreender o contexto da trama é extremamente fácil. Para engolir a estética e assimilar os rumos da narrativa, por outro lado, você precisa preencher certos requisitos. São eles: a) ter uma certa simpatia pela cultura indie, b) lembrar-se bem de como é ser um adolescente inseguro, c) aceitar a beleza ingênua de uma obra, sem maiores exigências.
Para que você possa se situar, vamos à história: Wallace (Daniel Radcliffe) é um perdedor, como os americanos gostam de rotular. Isolado em uma festa, ele conhece a bonitinha e desajeitada Chantry (Zoe Kazan). Os dois viram amigos, já que a moça tem namorado, e o que vem a seguir é bem familiar: eles se identificam em suas estranhezas e se questionam cada vez mais sobre o que sentem um pelo outro, mas sempre escondendo o jogo.
Que fique claro, eu nunca disse que se tratava de uma obra-prima. A história é, de fato, batida. A construção dos personagens não poderia ser mais clichê – e essa é a beleza de “Será que?”. Embora tenha seus exageros, representa bem o seu público. É só mais uma história de amor que poderia ter sido vivida em qualquer lugar. Um filme delicado para assistir numa tarde despretensiosa.
Pontos fortes
O papel é perfeito para o Daniel Radcliffe, já que ele é o próprio Wallace. Não deve decepcionar os fãs. Sua falta de traquejo no amor, que já conhecemos de Harry Potter, é bem carismática. Também vale a pena ressaltar que são vistos alguns rostos conhecidos no longa, como o de Adam Driver (Girls) e o de Megan Park (The Secret Life of the American Teenager).
Pontos fracos
Além de ser só mais um filme entre tantos outros do gênero, a química entre o Daniel Radcliffe e a Zoe Kazan (a nova musa dos alternativos) não é das maiores.
Nota: 7,5
Data de Lançamento: 21 de novembro
Retrato de um Certo Oriente, dirigido por Marcelo Gomes e inspirado no romance de Milton Hatoum, vencedor do Prêmio Jabuti, explora a saga de imigrantes libaneses no Brasil e os desafios enfrentados na floresta amazônica. A história começa no Líbano de 1949, onde os irmãos católicos Emilie (Wafa’a Celine Halawi) e Emir (Zakaria Kaakour) decidem deixar sua terra natal, ameaçada pela guerra, em busca de uma vida melhor. Durante a travessia, Emilie conhece e se apaixona por Omar (Charbel Kamel), um comerciante muçulmano. Contudo, Emir, tomado por ciúmes e influenciado pelas diferenças religiosas, tenta separá-los, o que culmina em uma briga com Omar. Emir é gravemente ferido durante o conflito, e Emilie é forçada a interromper a jornada, buscando ajuda em uma aldeia indígena para salvar seu irmão. Após a recuperação de Emir, eles continuam rumo a Manaus, onde Emilie toma uma decisão que traz consequências trágicas e duradouras. O filme aborda temas como memória, paixão e preconceito, revelando as complexas relações familiares e culturais dos imigrantes libaneses em um Brasil desconhecido e repleto de desafios.
Data de Lançamento: 21 de novembro
A Favorita do Rei é um drama histórico inspirado na vida de Jeanne Bécu, filha ilegítima de uma costureira humilde, que alcança o auge da corte francesa como amante oficial do rei Luís XV. Jeanne Vaubernier (interpretada por Maïwenn) é uma jovem ambiciosa que, determinada a ascender socialmente, utiliza seu charme para escapar da pobreza. Seu amante, o conde Du Barry (Melvil Poupaud), enriquece ao lado dela e, ambicionando colocá-la em um lugar de destaque, decide apresentá-la ao rei. Com a ajuda do poderoso duque de Richelieu (Pierre Richard), o encontro é orquestrado, e uma conexão intensa surge entre Jeanne e Luís XV (Johnny Depp). Fascinado por sua presença, o rei redescobre o prazer da vida e não consegue mais se imaginar sem ela, promovendo-a a sua favorita oficial na corte de Versailles. No entanto, esse relacionamento escandaloso atrai a atenção e o desagrado dos nobres, provocando intrigas e desafios que Jeanne terá de enfrentar para manter sua posição privilegiada ao lado do monarca.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Em A Linha da Extinção, do diretor Jorge Nolfi, nas desoladas Montanhas Rochosas pós-apocalípticas, um pai solteiro e duas mulheres corajosas se veem forçados a deixar a segurança de seus lares. Unidos por um objetivo comum, eles embarcam em uma jornada repleta de perigos, enfrentando criaturas monstruosas que habitam esse novo mundo hostil. Com o destino de um menino em suas mãos, eles lutam não apenas pela sobrevivência, mas também por redenção, descobrindo a força da amizade e o poder da esperança em meio ao caos. Essa aventura épica revela o que significa ser família em tempos de desespero.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Baseado no musical homônimo da Broadway, Wicked é o prelúdio da famosa história de Dorothy e do Mágico de Oz, onde conhecemos a história não contada da Bruxa Boa e da Bruxa Má do Oeste. Na trama, Elphaba (Cynthia Erivo) é uma jovem do Reino de Oz, mas incompreendida por causa de sua pele verde incomum e por ainda não ter descoberto seu verdadeiro poder. Sua rotina é tranquila e pouco interessante, mas ao iniciar seus estudos na Universidade de Shiz, seu destino encontra Glinda (Ariana Grande), uma jovem popular e ambiciosa, nascida em berço de ouro, que só quer garantir seus privilégios e ainda não conhece sua verdadeira alma. As duas iniciam uma inesperada amizade; no entanto, suas diferenças, como o desejo de Glinda pela popularidade e poder, e a determinação de Elphaba em permanecer fiel a si mesma, entram no caminho, o que pode perpetuar no futuro de cada uma e em como as pessoas de Oz as enxergam.
Data de Lançamento: 20 de novembro
No suspense Herege, Paxton (Chloe East) e Barnes (Sophie Thatcher) são duas jovens missionárias que dedicam seus dias a tentar atrair novos fiéis. No entanto, a tarefa se mostra difícil, pois o desinteresse da comunidade é evidente. Em uma de suas visitas, elas encontram o Sr. Reed (Hugh Grant), um homem aparentemente receptivo e até mesmo inclinado a converter-se. Contudo, a acolhida amistosa logo se revela um engano, transformando a missão das jovens em uma perigosa armadilha. Presas em uma casa isolada, Paxton e Barnes veem-se forçadas a recorrer à fé e à coragem para escapar de um intenso jogo de gato e rato. Em meio a essa luta desesperada, percebem que sua missão vai muito além de recrutar novos seguidores; agora, trata-se de uma batalha pela própria sobrevivência, na qual cada escolha e cada ato de coragem serão cruciais para escapar do perigo que as cerca.