Era 16h20 (RÁ!) quando chegamos ao Tijucão Cultural 2016. Subi o Miguel nos meus ombros para que ele pudesse ver o show que começava naquele instante: “tio, é a Karol Conka em carne e osso?”, perguntou o curioso. Sim, era ela. A Boca Maldita estava lotada, bem daquele jeitinho que a gente gosta.
Ano passado levei o Miguel e a Júlia para visitar a Bienal Internacional de Curitiba 2015, mas dessa vez a Júlia não estava em casa, então o review aqui ficará exclusivamente por conta dele. Funciona assim: eu contarei como foi o evento, mas tudo a partir da curadoria do meu sobrinho. O motivo? Gente, as crianças são ótimas avaliadoras! Mais sinceras impossível.
Foi o que Miguel me disse ao sair de uma das instalações apresentadas ao público. “Ah, cara, é que arte nem sempre a gente tem de entender, às vezes é só para sentirmos e imaginarmos coisas”. Curioso mesmo ele ficou com o retroprojetor que fazia parte da obra. Me dei conta de que o garoto é novo, então realmente nunca tinha visto um daquele – me senti velho.
Subimos até o 21o andar de elevador, mas descemos até o térreo pelas escadas, porque não queríamos perder nada do que a programação do Tijucão reservava pelos corredores e salas do tradicional edifício. Nas escadas, se não me engano até o 11o andar, um barbante solto pelo chão e amarrado às portas e janelas cortava o caminho, nos obrigando a desviar dele para não tropeçarmos. Definitivamente, o Miguel se divertiu e gostou da proposta de ter “obstáculos” por um caminho que antes não teria nada.
Na sala ocupada com a exposição do artista Henrique Martins foi onde passamos mais tempo. Dei o celular na mão do Miguel e ele registrou essa foto aí abaixo, mas logo depois passou a maior parte do tempo folhando a publicação chove, também do artista anfitrião da sala. O Miguel ficou ali, de boa, tranquilo, sozinho, um bom tempo – felizmente esse livro tem na minha casa, notícia que deixou o garoto felizão! <3
Não adianta, as obras que permitem interação com certeza foram as que mais chamaram a atenção do Miguel – sim, ele quase enlouqueceu os presentes ao descobrir que cada botão da obra Entre Trânsitos, dos artistas Maya Weishof e Eduardo Amato, emitia o som de uma campainha diferente.
Sou um tio pentelho, daqueles que ficam perguntando coisas aleatórias para as crianças só para ouvir as respostas que o universo infantil é capaz de produzir. E, para a minha surpresa, quando questionado sobre o que ele mais gostou no evento inteiro, Miguel mostrou no meu celular a foto que ele tirou da obra mais bonita segundo ele. Tá aí, gente – e eu pensando que ele diria que tinha sido o lanche que fizemos depois do Tijucão. Calei a boca.
Crianças são sujeitos em desenvolvimento, que encontram em tudo o que é desconhecido uma curiosidade enorme e uma infinidade de abstrações que apenas o cérebro infantil é capaz de produzir. Estimule a curiosidade, a observação e a capacidade social das crianças que estão perto de você. Pergunte-se sempre: como você gostaria de ter sido criado? Depois disso, mãos à obra, garanto que é recompensador. Ah, e ao Tijucão Cultural só nos resta dizer: continue e obrigado!
Se vocês quiserem dar uma olhada no Tijucão do ano passado, escrevi sobre ele aqui.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Retrato de um Certo Oriente, dirigido por Marcelo Gomes e inspirado no romance de Milton Hatoum, vencedor do Prêmio Jabuti, explora a saga de imigrantes libaneses no Brasil e os desafios enfrentados na floresta amazônica. A história começa no Líbano de 1949, onde os irmãos católicos Emilie (Wafa’a Celine Halawi) e Emir (Zakaria Kaakour) decidem deixar sua terra natal, ameaçada pela guerra, em busca de uma vida melhor. Durante a travessia, Emilie conhece e se apaixona por Omar (Charbel Kamel), um comerciante muçulmano. Contudo, Emir, tomado por ciúmes e influenciado pelas diferenças religiosas, tenta separá-los, o que culmina em uma briga com Omar. Emir é gravemente ferido durante o conflito, e Emilie é forçada a interromper a jornada, buscando ajuda em uma aldeia indígena para salvar seu irmão. Após a recuperação de Emir, eles continuam rumo a Manaus, onde Emilie toma uma decisão que traz consequências trágicas e duradouras. O filme aborda temas como memória, paixão e preconceito, revelando as complexas relações familiares e culturais dos imigrantes libaneses em um Brasil desconhecido e repleto de desafios.
Data de Lançamento: 21 de novembro
A Favorita do Rei é um drama histórico inspirado na vida de Jeanne Bécu, filha ilegítima de uma costureira humilde, que alcança o auge da corte francesa como amante oficial do rei Luís XV. Jeanne Vaubernier (interpretada por Maïwenn) é uma jovem ambiciosa que, determinada a ascender socialmente, utiliza seu charme para escapar da pobreza. Seu amante, o conde Du Barry (Melvil Poupaud), enriquece ao lado dela e, ambicionando colocá-la em um lugar de destaque, decide apresentá-la ao rei. Com a ajuda do poderoso duque de Richelieu (Pierre Richard), o encontro é orquestrado, e uma conexão intensa surge entre Jeanne e Luís XV (Johnny Depp). Fascinado por sua presença, o rei redescobre o prazer da vida e não consegue mais se imaginar sem ela, promovendo-a a sua favorita oficial na corte de Versailles. No entanto, esse relacionamento escandaloso atrai a atenção e o desagrado dos nobres, provocando intrigas e desafios que Jeanne terá de enfrentar para manter sua posição privilegiada ao lado do monarca.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Em A Linha da Extinção, do diretor Jorge Nolfi, nas desoladas Montanhas Rochosas pós-apocalípticas, um pai solteiro e duas mulheres corajosas se veem forçados a deixar a segurança de seus lares. Unidos por um objetivo comum, eles embarcam em uma jornada repleta de perigos, enfrentando criaturas monstruosas que habitam esse novo mundo hostil. Com o destino de um menino em suas mãos, eles lutam não apenas pela sobrevivência, mas também por redenção, descobrindo a força da amizade e o poder da esperança em meio ao caos. Essa aventura épica revela o que significa ser família em tempos de desespero.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Baseado no musical homônimo da Broadway, Wicked é o prelúdio da famosa história de Dorothy e do Mágico de Oz, onde conhecemos a história não contada da Bruxa Boa e da Bruxa Má do Oeste. Na trama, Elphaba (Cynthia Erivo) é uma jovem do Reino de Oz, mas incompreendida por causa de sua pele verde incomum e por ainda não ter descoberto seu verdadeiro poder. Sua rotina é tranquila e pouco interessante, mas ao iniciar seus estudos na Universidade de Shiz, seu destino encontra Glinda (Ariana Grande), uma jovem popular e ambiciosa, nascida em berço de ouro, que só quer garantir seus privilégios e ainda não conhece sua verdadeira alma. As duas iniciam uma inesperada amizade; no entanto, suas diferenças, como o desejo de Glinda pela popularidade e poder, e a determinação de Elphaba em permanecer fiel a si mesma, entram no caminho, o que pode perpetuar no futuro de cada uma e em como as pessoas de Oz as enxergam.
Data de Lançamento: 20 de novembro
No suspense Herege, Paxton (Chloe East) e Barnes (Sophie Thatcher) são duas jovens missionárias que dedicam seus dias a tentar atrair novos fiéis. No entanto, a tarefa se mostra difícil, pois o desinteresse da comunidade é evidente. Em uma de suas visitas, elas encontram o Sr. Reed (Hugh Grant), um homem aparentemente receptivo e até mesmo inclinado a converter-se. Contudo, a acolhida amistosa logo se revela um engano, transformando a missão das jovens em uma perigosa armadilha. Presas em uma casa isolada, Paxton e Barnes veem-se forçadas a recorrer à fé e à coragem para escapar de um intenso jogo de gato e rato. Em meio a essa luta desesperada, percebem que sua missão vai muito além de recrutar novos seguidores; agora, trata-se de uma batalha pela própria sobrevivência, na qual cada escolha e cada ato de coragem serão cruciais para escapar do perigo que as cerca.