Luz baixa, fotografia intimista e tons em preto e branco. É assim que se apresenta a mensagem do novo clipe da cantora Barbara Ohana, lançado ontem, dia 19. A narrativa traz à tona o questionamento que muitos provavelmente farão no decorrer das cenas: “Por que muitos homens que querem estar com uma trans/travesti acabam por machucá-las?”. As cenas são divididas pela cantora, pelo ator Cauã Reymond que interpreta a heroína do clipe, a travesti Clara, e pelo ator Júlio Machado, que é o homem hétero transfóbico da história.
A história é clara, direta, triste e REAL: Clara vai a um bar e troca olhares com o bonitão, enquanto os amigos dele fazem piadas e a ofendem. Ao saírem do local e entrarem em um elevador, o homem começa a tocar Clara demonstrando que queria mesmo tê-la em seus braços e, SURPRESA: do nada, joga-a contra a parede e a recepciona com fortes chutes.
Essa é a realidade enfrentada pela maioria esmagadora de transexuais e travestis no Brasil. Várias Claras enfrentam em maior e menor grau e em cada detalhe do seu dia a dia, um tipo de chute que, em casos extremos, viram cruéis assassinatos. No Brasil, os números desses “chutes” são lamentáveis. Segundo dados da Transgender Europe, somos o país que mais mata transexuais e travestis no mundo.
Não é comum vermos Claras em nosso dia a dia, andando no shopping de mãos dadas com seus namorados, nas filas dos supermercados fazendo compras ou até mesmo em um banco pagando boletos. O problema de enclausuramento de transexuais e travestis começa muito cedo, logo na escola, e também em suas famílias, ambientes em que muitas vezes as pessoas transexuais sofrem agressões psicológicas e físicas por causa do preconceito. E o que acontece com muitas delas?
Se de um lado temos a escola, que não está preparada para lidar e entender com a situação; do outro temos a casa familiar, que não quer ouvir “comentários dos vizinhos” ou são guiados por dogmas religiosos. De acordo com dados da Associação Nacional de Travestis e Transexuais do Brasil – Antra, 90% dessas meninas desamparadas caem na prostituição, reforçando a imagem de que toda mulher trans se prostitui, razões que para o imaginário social dão margem para a violência, o que reflete no comportamento geral da sociedade.
No clipe, as cenas deixam estereotipadas o que vemos todos os dias em nossa realidade: um grupo de amigos “tira uma onda” porque o amigo machão está de olho na travesti e ele reforça sua “macheza” indo atrás dela e machucando-a. Agora fica a pergunta: Por que isso?
O ator Cauã Reymond em entrevista para o site O Globo, conta sobre o compromisso social que a história da Clara quer passar: “Espero que a gente realmente consiga passar uma mensagem dessa luta contra a intolerância, porque infelizmente esse clipe está saindo num momento muito oportuno, o que só reforça a mensagem. As pessoas precisam aprender a respeitar as diferenças, independentemente da orientação sexual, religiosa, política. Precisamos respeitar o espaço alheio.”
Depois de ser agredida, Clara opta por se vingar. A mulher cis da história vivida pela cantora, arma um encontro entre o homem e Clara. A cena é bastante comovente, pois em vez de torturar o homem como possivelmente era de se esperar na narrativa, Clara demonstra sensibilidade e até mesmo amor quando mostra somente o quanto ele é covarde.
Num espaço tão pequeno e tão tocante, o clipe mostra que o problema da transfobia, além de estar inserido (infelizmente) nos nossos dias, também é um assunto de extrema importância que deve ser trazido à mesa todos os dias para ser discutido. Enquanto milhões de Claras estiverem sendo violentadas todos diariamente, a nossa realidade será tão triste e sem cor como essas cenas que o clipe nos apresentou.
Em tempo, nossos aplausos à atuação e coragem dos artistas em contribuir com a causa.
Vale o play!
Data de Lançamento: 21 de novembro
Retrato de um Certo Oriente, dirigido por Marcelo Gomes e inspirado no romance de Milton Hatoum, vencedor do Prêmio Jabuti, explora a saga de imigrantes libaneses no Brasil e os desafios enfrentados na floresta amazônica. A história começa no Líbano de 1949, onde os irmãos católicos Emilie (Wafa’a Celine Halawi) e Emir (Zakaria Kaakour) decidem deixar sua terra natal, ameaçada pela guerra, em busca de uma vida melhor. Durante a travessia, Emilie conhece e se apaixona por Omar (Charbel Kamel), um comerciante muçulmano. Contudo, Emir, tomado por ciúmes e influenciado pelas diferenças religiosas, tenta separá-los, o que culmina em uma briga com Omar. Emir é gravemente ferido durante o conflito, e Emilie é forçada a interromper a jornada, buscando ajuda em uma aldeia indígena para salvar seu irmão. Após a recuperação de Emir, eles continuam rumo a Manaus, onde Emilie toma uma decisão que traz consequências trágicas e duradouras. O filme aborda temas como memória, paixão e preconceito, revelando as complexas relações familiares e culturais dos imigrantes libaneses em um Brasil desconhecido e repleto de desafios.
Data de Lançamento: 21 de novembro
A Favorita do Rei é um drama histórico inspirado na vida de Jeanne Bécu, filha ilegítima de uma costureira humilde, que alcança o auge da corte francesa como amante oficial do rei Luís XV. Jeanne Vaubernier (interpretada por Maïwenn) é uma jovem ambiciosa que, determinada a ascender socialmente, utiliza seu charme para escapar da pobreza. Seu amante, o conde Du Barry (Melvil Poupaud), enriquece ao lado dela e, ambicionando colocá-la em um lugar de destaque, decide apresentá-la ao rei. Com a ajuda do poderoso duque de Richelieu (Pierre Richard), o encontro é orquestrado, e uma conexão intensa surge entre Jeanne e Luís XV (Johnny Depp). Fascinado por sua presença, o rei redescobre o prazer da vida e não consegue mais se imaginar sem ela, promovendo-a a sua favorita oficial na corte de Versailles. No entanto, esse relacionamento escandaloso atrai a atenção e o desagrado dos nobres, provocando intrigas e desafios que Jeanne terá de enfrentar para manter sua posição privilegiada ao lado do monarca.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Em A Linha da Extinção, do diretor Jorge Nolfi, nas desoladas Montanhas Rochosas pós-apocalípticas, um pai solteiro e duas mulheres corajosas se veem forçados a deixar a segurança de seus lares. Unidos por um objetivo comum, eles embarcam em uma jornada repleta de perigos, enfrentando criaturas monstruosas que habitam esse novo mundo hostil. Com o destino de um menino em suas mãos, eles lutam não apenas pela sobrevivência, mas também por redenção, descobrindo a força da amizade e o poder da esperança em meio ao caos. Essa aventura épica revela o que significa ser família em tempos de desespero.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Baseado no musical homônimo da Broadway, Wicked é o prelúdio da famosa história de Dorothy e do Mágico de Oz, onde conhecemos a história não contada da Bruxa Boa e da Bruxa Má do Oeste. Na trama, Elphaba (Cynthia Erivo) é uma jovem do Reino de Oz, mas incompreendida por causa de sua pele verde incomum e por ainda não ter descoberto seu verdadeiro poder. Sua rotina é tranquila e pouco interessante, mas ao iniciar seus estudos na Universidade de Shiz, seu destino encontra Glinda (Ariana Grande), uma jovem popular e ambiciosa, nascida em berço de ouro, que só quer garantir seus privilégios e ainda não conhece sua verdadeira alma. As duas iniciam uma inesperada amizade; no entanto, suas diferenças, como o desejo de Glinda pela popularidade e poder, e a determinação de Elphaba em permanecer fiel a si mesma, entram no caminho, o que pode perpetuar no futuro de cada uma e em como as pessoas de Oz as enxergam.
Data de Lançamento: 20 de novembro
No suspense Herege, Paxton (Chloe East) e Barnes (Sophie Thatcher) são duas jovens missionárias que dedicam seus dias a tentar atrair novos fiéis. No entanto, a tarefa se mostra difícil, pois o desinteresse da comunidade é evidente. Em uma de suas visitas, elas encontram o Sr. Reed (Hugh Grant), um homem aparentemente receptivo e até mesmo inclinado a converter-se. Contudo, a acolhida amistosa logo se revela um engano, transformando a missão das jovens em uma perigosa armadilha. Presas em uma casa isolada, Paxton e Barnes veem-se forçadas a recorrer à fé e à coragem para escapar de um intenso jogo de gato e rato. Em meio a essa luta desesperada, percebem que sua missão vai muito além de recrutar novos seguidores; agora, trata-se de uma batalha pela própria sobrevivência, na qual cada escolha e cada ato de coragem serão cruciais para escapar do perigo que as cerca.