Cinzenta, gelada e um tanto quanto reservada. São exatamente estas palavras que representam a cidade de Curitiba no imaginário social. No entanto, nem só de imaginário social viverá o homem (?).
E, para provar isso a você, na última sexta-feira pudemos acompanhar alguns projetos que, entre outras coisas, mostram: Curitiba é de um colorido de encher os olhos, o peito e, claro, a vida da gente.
É a arte que imita a vida ou o contrário? O que é arte? Quem pode dizer? O que sabemos é que tudo neste mundão é uma questão dialética, ou seja, é capaz de ser interpretado e compreendido de diferentes maneiras dependendo de qual ponto de vista utilizaremos como nossos óculos para enxergar – ou não enxergar – a realidade.
Neste contexto, muitos teóricos dirão que a arte imita a vida, e outros muitos dirão exatamente o contrário. No entanto, quando trabalhamos com a materialização da imaginação, da criatividade e das coisas tidas como “impossíveis” ou “intangíveis”, como os sentimentos, por exemplo, estamos falando de arte e, mais que isso, da capacidade que ela tem de tornar “físico” aquilo que vivia apenas no universo da singularidade humana.
A partir desta reflexão, será mesmo que podemos dizer que a arte imita a vida? Será que a representação da vida e do possível já não é feita pelos jornais? Ou ainda, uma terceira hipótese: será que a arte imita a vida, a transforma e depois devolve para o mundo uma realidade diferente? Enfim, questões filosóficas que estou utilizando para te dizer apenas uma coisa: a arte BOMBOU em Curitiba na última sexta-feira.
Possivelmente você já passou ali pela XV e deu uma olhadinha na Galeria Tijucas, localizada no antigo e histórico Edifício Tijucas. Entretanto, duvido que você tenha passado por ela em um dia tão especial como o da última sexta-feira, sim, a 13!
Com início às 19h, o Edifício Tijucas abriu as portas pela terceira vez para receber inúmeros artistas. Sim, o prédio de estrutura cimentada cinza, que vive um misto de experiências por causa de sua estrutura comercial e residencial, onde a vida se divide entre o público e o privado, num único corredor, encheu-se de energia, cultura, arte e gente!
A iniciativa é do SalveLab e do Das Nuvens, espaços cocriativos presentes no Tijucas e que estão dispostos a inovar diariamente. De acordo com Karla Keiko, uma das cabeças e corações à frente do Tijucão Cultural, a proposta vem de encontro à urgência que a cidade de Curitiba tem de proporcionar cultura, arte e diversão para a comunidade, ocupando espaços e descentralizando a produção artística local.
Chegamos às 19h e fomos recebidos com muita música na entrada da Cândido Lopes. Da esquina, o som dos músicos anunciava: sim, a cidade está diferente.
Teve exposição em um salão de beleza que ocupa uma das salas do Edifício Tijucas? Sim, teve! E ficou por conta das ilustrações coloridas e contagiantes do artista Marcelo Fiedler.
O quarto andar ficou por conta do Hambre Coletivo Artístico. Nas salas 409 e 424, os componentes do coletivo expuseram seus projetos de videoleituras, instalações e trabalhos individuais dos membros, além de uma performance vivenciada pelas atrizes curitibanas Andreia Porto e Sissa Stecanella.
Na sede do Das Nuvens, localizado literalmente nas nuvens (cobertura do Tijucão), o evento continuava com exposições de outros artistas locais, que incluíram um bazar maravilhoso e, claro, comidinhas deliciosas para garantir a energia dos participantes que visitavam o espaço.
E você sabe quanto custava o ingresso para ter acesso a tudo isso? Nadica de nada, apenas o seu interesse e sorriso sincero que, com certeza, ninguém conseguia segurar.
Paralelamente ao Tijucão acontecia a festa de encerramento do Festival Internacional de Cinema da Bienal Internacional de Curitiba (FICBIC 2015), no VOX Bar, e obviamente estivemos por lá também, porque somos assim, onipresentes (?).
De 5 a 14 de novembro, Curitiba também foi palco da sétima arte. Com apoio do Ministério da Cultura e financiamento da Petrobrás, o Festival trouxe mais de uma centena de filmes (curtas e longas) para diversos espaços curitibanos, viabilizando o contato do cinema com a população, e isso de uma maneira totalmente gratuita. Eu mesmo, sim, o redator que vos fala, assisti na faixola ao filme “Oh Boy” pelo Festival, uma produção alemã que esteve em cartaz no Paço da Liberdade — e indico.
Na sexta-feira o Festival premiou os ganhadores da Mostra Universitária Competitiva, que também fazia parte da programação do FICBIC 2015. Os jurados votaram nas seguintes categorias: documentário, experimental e ficção. Os ganhadores você pode conhecer neste vídeo aqui.
Ah, e teve bons drinks, claro, porque todo mundo gosta RISOS.
Definitivamente, quem não curte muito a ideia de espaços viabilizando arte e cultura possivelmente se assustou muito na última sexta-feira 13, não é mesmo? Enfim, esperamos de verdade te encontrar por aí compartilhando experiências como estas conosco. Fique atento aqui no site e não perca tudo o que rola na programação cultural de Curitiba. Nos vemos!
Data de Lançamento: 11 de abril de 2024
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Data de Lançamento: 11 de abril de 2024
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